Verdade

A noite chega sutil como sempre.

Mas hoje tem algo diferente.

Abri a porta de minha mente,

Vi diante de meus olhos o doce natal.

Totalmente colorido, fantasiado de alegria.

Mas estou tão congelada quanto um iceberg.

As pessoas incrédulas vestem a máscara da solidariedade.

Escondem o que estão sentindo realmente

Na tentativa de fuga de sua própria essência.

Eu fico ali parada diante de tudo aquilo,

Questionando-me o porquê daquilo...

Quando ouvi os sinos tocarem nas nuvens do céu,

Lágrimas escorrem dos meus olhos...

As mortas lembranças que ocupam minha mente

Trazem-me um grito silencioso no escuro.

Ninguém poderá me ouvir?

Mesmo se eu me jogar do 10º andar?

Eu sei que ninguém sentirá minha falta.

Não que isto não significa que não sou amada.

Mas não costumam sentirem falta de alguém que retira a venda dos olhos.

A verdade para eles é tão dura quanto uma rocha.

Comigo se vão segredos que nunca foram revelados,

Nem mesmo a quem tanto amei.

Meus sacrifícios não foram em vão, eu sei.

Apenas não anseio viver para sempre em um mundo de hipocrisia.

Quando fecho meus olhos,

A porta de minha mente também se fecha.

Leva consigo a sensação de rancor,

Leva toda a verdade temida em mim.

Sou humana e sou covarde como todos.

Meu maior medo sou eu mesma.

Não sei até onde vai meu efeito sob ódio.

Não sei se tenho medo de ser feliz.

Mas sei que também me escondo da verdade.

E que ela é minha amiga.

Mas amiga que pode me destruir, quando revelada!

Taciane Lopes
Enviado por Taciane Lopes em 17/02/2009
Código do texto: T1443296
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