Festas de fim de ano

Prólogo:

Meus notáveis leitores: O ano de 2010 será lembrado por mim com muita luz. Tive as melhores atenções de pessoas importantes... Por exemplo, você! Fiz bons negócios e empreendimentos.

Escrevi devaneios e os publiquei no Recanto das Letras. Resolvi situações pendentes. Administrei com dignidade e ajuda da força Divina os momentos mais difíceis e quase impossíveis de suportar.

Tive sua compreensão, seu reconhecimento de meu esforço para suportar vicissitudes que não as desejei em momento algum. Em 2011 e anos seguintes continuarei minha caminhada rumo ao desconhecido, mas com a certeza de que evoluirei porque essa é a prova maior da benevolência do criador.

Final de ano... Festas, comemorações, presentes, família, amigos, ceia, ganhos e perdas, lembranças e pensamentos, alegrias e tristezas. O que você fará neste fim de ano? O que irá dizer a parentes, amigos e a si mesmo? Com quem estará? Com seus cachorros ou outros animais de estimação? Com sua família? Com seus amigos de repartição?

A quem você deseja fazer uma visita? Já parou para pensar, o que significa o Natal em seu coração e o que quer dizer o término de um ano... Vida Nova? Sei lá! Tentarei com este texto tentar responder.

Sem receio de errar afirmo: a vida se renova a cada instante! Não adianta fazer promessas mil e não realizá-las. Basta que deseje com a fé inabalável e persiga os propósitos fazendo o uso racional da boa razão.

O livre arbítrio será seu melhor guia e juízo de valores. Aqui quero lembrar a pergunta de um colega pouco ou nada dado ao melhor uso da comunicação social.

O melancólico misantropo perguntou-me cofiando a cabeleira rala, antes basta, com um misto de riso espontâneo e esgar intencional ou não:

– Onde você estará na passagem do ano? – Respondi solene e, talvez, da forma que ele menos esperava:

– Vou tirar o foco da comida e da bebida. O mais importante é estar com as pessoas, se confraternizar e até planejar em grupo, familiar ou não, uma mudança de padrão alimentar para o próximo ano.

Quero combinar para que nos próximos eventos (festejos natalinos e outros) possa fazer as preparações, pois as desejo que sejam mais saudáveis, sem excessos.

Já pude observar que as pessoas não mais se comunicam como dantes. Não querem ou não podem, por limitação econômica, falta de traquejo social ou rabugice sem controle, usar o telefone, o computador, os serviços dos correios para se comunicarem com seus afins. Isolam-se os párias!

Ora, se você tem um comportamento estritamente profissional o ano todo, por que não mantê-lo na festa de fim de ano? Por que não ligar para seu (sua) parceiro (parceira), esposa, amante, namorada, amiga ou responder a uma mensagem que ele (ela) carinhosamente lhe mandou?

Festas de fim de ano! Tai um evento que pode ser uma alegre reunião de companheiros que batalharam ou batalham lado a lado, dia após dia. Mas, também, as festas de fim de ano são uma ocasião com o poder bombástico de derrubar, em apenas algumas horas, o que você levou o ano todo ou uma vida inteira para construir.

Falo de imagem. E imagem, como se sabe, é tudo. Beba um pouco mais e saberá, no dia seguinte, do que estou falando (escrevendo).

A bebida deixa todo mundo meio descontraído. Quem bebe demais, seja qual for o combustível, transforma-se num chato, pois perde suas "travas" morais e éticas, e vem sempre com um papo inconveniente.

É capaz de chegar à secretária do diretor geral ou técnica judiciária do eminente juiz de tal ou qual Vara Cível ou Criminal e dizer para quem quiser ouvir: "Você é muito gostosa!".

Aqui cabe uma colocação oportuna e pertinente: Meu Deus! O tio Henrique Almeida (ele é ruim, talvez péssimo em comunicação social, por foro íntimo, embora seja um companheiro de lutas e vitórias, dedicado às causas beneméritas quase impossíveis), saberá do que estou escrevendo.

Refiro-me a uma estagiária em uma das Varas Civeis da Comarca de Campina Grande que nos faz pensar ser a mulher um ser indispensável à vida, aos prazeres, aos pecados e luxúria sem precedentes nesse mundo de expiação necessária.

Outro problema é o vídeo e as fotos, pois tem sempre alguém com uma filmadora indiscreta, celular ou uma máquina fotográfica que sem dúvida está lúcido o bastante para captar os melhores momentos (leiam-se: micos, vexames e constrangimentos).

Para as pessoas inteligentes, capazes de desfrutar com bom senso os prazeres do copo, da mesa e da companhia, será hora de recordar os bons momentos da noite anterior.

Para quem ultrapassou os limites existe a síndrome do dia seguinte, onde você implora a Deus pela chegada do fim do mundo, jura que NUNCA MAIS PORÁ UMA SÓ GOTA DE ÁLCOOL NA BOCA e fará com que chegue desconfiado ao ambiente de trabalho (Fórum, fábrica, empresa).

Essa “ressaca de lascar o cano” (como dizia meu saudoso tio Dudé) associada a uma enxaqueca homérica, igual a do brioso tio Henrique Almeida, sempre às segundas-feiras, fará do ridículo e grotesco um novo homem até a próxima carraspana (bebedeira). É nessa ocasião que deverá o festeiro ocasional fazer suas reflexões para fugir da síndrome do dia seguinte.

Washington Sorio é graduado em Administração de Empresas com MBA em Gestão de Recursos Humanos e diversos cursos de especialização, tanto no Brasil como no Exterior. Esse bem sucedido empresário dá algumas dicas para os festejos diversos, mormente os de fim de ano:

1) Fique longe o máximo possível da bebida. Não teste sua resistência exatamente neste dia. Se bebida em excesso é um problema, beber e comer exageradamente são um convite ao mal-estar. É imprescindível equilibrar as doses e porções. Isso vai evitar muita dor de cabeça;

2) Se você é formal com a maioria das pessoas, não pense que, tirando o paletó e a gravata, essa formalidade será esquecida. Não seja na festa quem você não é no dia-a-dia;

3) Mulheres têm mil opções de roupa, inclusive aquelas capazes de deixá-las sedutoras, poderosas e reveladoras. Esse tipo de roupa deve ficar no guarda-roupa no dia da festa. Não se deixe convencer do contrário;

4) Mesmo que a festa seja um luau, é só o ambiente de trabalho que mudou, a hierarquia continua a mesma e as relações profissionais não devem ser esquecidas. Portanto, nada de intimidades com chefes e subordinados. Converse com todos. Não se concentre em apenas um ou dois colegas, ou terá que aguentar as indiretas no dia seguinte;

5) Se o marido/esposa é ciumento (a) não o (a) leve à festa. Explique que é uma reunião informal de trabalho, uma comemoração, mas que os cônjuges não são exatamente bem-vindos. Uma mentirinha branca é perdoável se houver a possibilidade de um pequeno escândalo familiar caso aquela colega extrovertida (ou o estagiário atrevido) resolver fazer uma gracinha imprópria diante de seu acompanhante;

6) Chefe é chefe, o tempo todo. Há que se manter sóbrio e conservar o distanciamento profissional sempre. Camaradagem é uma coisa. Promiscuidade é outra. Não é no dia da festa que ele vai resolver dançar forró com as funcionárias só para mostrar que é um chefe "pé no chão" ou vai tomar todas as Bohemias e ficar "cantando" as funcionárias;

7) Em última análise, se algo sair errado, se você teve uma atitude não muito profissional, no dia seguinte escolha o momento adequado e peça desculpas. Afinal, errar é humano. E que fique a lição.

CONCLUSÃO

As confraternizações são ótimas para aproximar ou reaproximar as pessoas. Não devemos nos esquecer que as manifestações espontâneas de cordialidade e urbanidade são um elo forte para aumentar cada vez mais a confiança, a lealdade e o bom relacionamento entre os superiores, pares e subordinados.

A festa na empresa é um momento de descontração, de descobertas surpreendentes e uma boa ocasião para transformar aquele companheiro de trabalho no seu mais novo aliado ou amigo igual ao da infância. Eventos em locais abertos geralmente não pedem formalidade na vestimenta.

Mas por mais que o evento seja um churrasco em pleno domingão (mais informal do que isso, impossível), deixe a saiazinha curta, a blusinha decotada e aquela regata super confortável para quando você for para o clube com a sua família. Bermuda e camiseta (apenas se o evento for diurno) ou calça jeans e camiseta são ótimas opções para homens. E vamos deixar a camisa do time de futebol pro boteco com os amigos mais chegados.

Para as mulheres, vestidos ou saias na altura do joelho ou abaixo (nunca acima!), bermudas ou calças combinadas com blusas (nada de barriga de fora ou roupa muito justa ao corpo) são boas opções. Shorts ou saias curtas, nunca. Decote ou costas nuas, nem pensar.

Para eventos diurnos, tecidos mais leves. Para os eventos noturnos, vale apostar em um pouco (mas muito pouco) de brilho. Tome sempre cuidado para não exagerar nas jóias, bijuterias e maquiagem. Bom senso é a tônica do evento: SEMPRE!

Os eventos mais formais, como jantares e coquetéis, exigem formalidade na vestimenta. Para os homens, calça social e camisa. Dependendo da ocasião, o terno é válido (não gosto de terno. Os operadores do Direito e eu, quase sempre, fora do Fórum, adoramos vestir algo menos formal). Ah! Por ser um autêntico naturalista gosto de ficar despido. Isso mesmo: fico nu sempre que posso.

Para mulheres, roupas de alfaiataria, com cortes clássicos, também. O jeans fica em casa pro fim de semana, compreendeu? Dificilmente um evento de confraternização da empresa vai exigir aquele traje. Ademais, ninguém poderá negar que mulher de saia ou vestido é muito mais feminina, mais mulher. Estou certo ou estou errado?

Sobre as bebidas posso perguntar e responder: Gosta de beber? Excelente. Também gosto, mas com moderação. O pai de um amigo meu, alcoólatra “limpo” há mais de 20 anos, diz que quem sabe beber bebe a vida inteira. Quem não sabe morre quase sempre com um copo na mão.

Essa não vai ser a primeira nem a última oportunidade que você vai ter ao longo da sua vida para tomar cerveja, vinho, ou qualquer coisa que estejam servindo. Limite-se a poucos copos ou taças (dois a quatro, dependendo da sua tolerância). E que uma seja a do brinde da noite. Você não quer ser a piada da empresa (Fórum, Escritório, Faculdade, Escola, Clínica ou Fábrica) na segunda-feira, certo? Então nesse caso menos é sempre mais.

Se você estiver com MUITA VONTADE de beber e não quiser passar a noite em branco nesse quesito, faça-o depois da confraternização, em outro lugar, com seus amigos (amigas) mais íntimos, de inteira confiança e discretos.

Eles (elas) certamente não vão lhe filmar ou fotografar ou gravar as tolices que disser no auge da efervescência etílica e quando estiver entendendo ser o “rei da cocada preta” querendo dançar com o mesmo rebolado do Léo Santana ou do Ricky Martin.

Depois dessas dicas só me resta desejar, escrever e dizer em alto e bom som: Sigamos em paz com nossas provações justas e necessárias! Boas festas de fim de ano! Que sejam essas tertúlias e comemorações sem arrependimentos ou lamentações, prejuizos de ordem moral, familiar ou material.