Nostalgia Natalina

Os duendes cansaram, o bom velhinho está gripado, o serviço de correspondência em greve, as renas morrendo e os trenós enferrujados.

Falta pouco para o Natal ou “não Natal”, não se sabe o que há de ser.

As cartas com pedidos continuarão a serem escritas, a esperança há de brilhar nos rostos juvenis; tanto de crianças como de os adultos... De maneira mecânica, pobres e ricos compram presentes.

A magia se apagou, talvez nunca reascenda... Nem era tão mágico mesmo...

Os pequeninos, símbolo de inocência, ainda são o foco principal. Tanto dos pais como dos comerciantes.

Para os pobres, inspiradores dos “especiais televisivos” de fim-de-ano, o Natal será igual. Jamais tivera significado.

Para os ricos também; lembrar do nascimento de Cristo, cear com os familiares e entregar os presentes. Liturgia verborrágica.

Queria eu viver a magia de outros tempos, bem remotos. Conhecer São Nicolau e viajar à Lapônia; separar os brinquedos e ajudar a distribuí-los.

Tomara Deus que os duendes se recuperem e que haja remédios para o velho Noel. Que os mecanismos que fazem existir o Natal se restaurem, falo dos mágicos não dos comerciais.

Que ao amanhecer, a bota que deixastes na janela seja substituída por seu pedido e dada aos pobres, os descalços.

Para que acreditem que Natal de fato existe, até mesmo o Noel, que de tão velho, caducou no “mundo globalizado”.

Sócrates Simões Ramos
Enviado por Sócrates Simões Ramos em 10/11/2006
Reeditado em 10/11/2006
Código do texto: T287909