O Poder da Oração

Há um episódio narrado no capítulo doze do livro Atos dos Apóstolos que diz que Pedro estava na prisão e os judeus alegravam-se com isso. Esperavam que se desse com ele o mesmo ocorrido a Tiago, irmão de João. A intenção de Herodes era apresenta-lo ao povo depois da Páscoa, entretanto, a Igreja orava continuamente por ele a Deus. E o que aconteceu? Um anjo do Senhor foi enviado com a missão de libertar o apóstolo.

Pois é, isso aconteceu a fim de que Deus pudesse manifestar todo o seu poder, mas ele contou com a oração de muitos intercedendo em favor do apóstolo.

Talvez, imaginamos que isso só acontecia naquela época e que hoje em dia a oração nada pode fazer.

Ledo engano.

Da população carcerária de hoje, 8% são ateus e a maioria absoluta passaram ao longo de um determinado tempo implorando e pedindo a Deus por meio de rezas bravas e orações, uma janelinha para a liberdade.

E não é que as preces desses bandidos serão atendidas !

O "anjo dos bandidos" o presidente da República assinará o decreto para perdoar ou comutar as penas de milhares de criminosos condenados pelo Brasil afora (o Indulto de Natal será instituído através de decreto do presidente da República).

Esse indulto natalino, como os demais, páscoa, dia das mães, dia dos pais e o escambau, são verdadeiros sinônimos de impunidade.

Um facínora quando preso recebe mais amparo e dedicação estatal do que qualquer operário ou camponês e ainda, criam mais e mais benesses para bandidos.

Uma velha reminiscência dos tempos do poder absoluto que os reis tinham que perdoar, os indultos não tem nada a ver com justiça, é apenas uma modalidade completiva - o sujeito que cumpriu um determinado período de pena tem o direito de ser premiado - do ponto de vista do direito, o instrumento do indulto não tem nenhuma justificativa - não há uma fiscalização, não há controle e muito menos acompanhamento do que faz nas ruas o preso premiado com indulto, sendo que, ao final do indulto, 20% dos presos não volta aos presídios.

Com mais esse insulto-indulto e trágico fardo imposto à sociedade, o indulto de natal contemplará centenas de bandidos com a liberdade, colocando em risco a vida de cidadãos honestos e ordeiros pagadores de impostos.

Aos bons cidadãos ateus e aos que enxergam a vida como a areia da ampulheta que escorre inexoravelmente pela fenda, restam apenas torcer para a boa sorte.

Aos bons cristãos cidadãos que crêem na promessa da vida eterna, restam, a exemplo dos bandidos, a oração, pedindo graças ao céus que seu natal e de toda a sua família seja de muita paz e alegria.

Nesse Natal, com milhares de bandidos soltos e andando por aí, desejo que instinto de sobrevivência que temos não precise apelar para a violência.

Boas Festas...