"Além do Tempo": emocionou com inovação

Chegou ao fim nesta sexta-feira (15), a novela Além do Tempo (Rede Globo). Sem dúvida, uma história bem contada e bem amarrada. O início se passava no século 19 com belos cenários e uma dramaturgia forte. Emoção não faltava e com direito a um "fim" no meio da história. Sim. Na metade da novela, desfecho trágico dos mocinhos Felipe e Lívia. Porém, a novela estava recomeçando. Começava a nova fase, a história agora se passava no nosso século.

Mesmos atores, com seus respectivos personagens e nomes, uma forma didática e dramatúrgica para não confundir o público. Eles voltavam para viver uma nova vida, no qual teriam a oportunidade de evoluir espiritualmente. A linha dorsal de Além do Tempo era o amor de duas pessoas que procurou várias vidas para, finalmente, unir os dois corações.

A base espiritualista convidou o público para pensar sobre os carmas que conquistamos na vida ( ou em outras). Mas, a mensagem principal era a transformação de nossos atos para que alcançássemos a evolução espiritual.

Era um enredo arriscado, mas também inovador, Além do Tempo teve ótima audiência para o horário, apresentando, basicamente, duas novelas. E a autora Elizabeth Jhin ( escrevendo sua terceira novela espiritualista), conseguiu segurar o público e o emocionar em cada diálogo e em cada cena. A direção de Rogério Gomes e a trilha sonora ajudaram na contextualização de cada época e manter a mesma emoção.

Enfim, Além do Tempo poderia não ter feito sucesso. Poderia. Mas, felizmente, Elizabeth Jhin sabe contar uma bela história e o risco da rejeição da segunda fase já foi descartada na marcante cena de passagem do tempo. Enquanto Lívia e Felipe morriam no rio abraçados no final da primeira fase, eles estavam se vendo pela primeira vez no metrô do Rio de Janeiro, em pleno século 21. Se reconheceram, sem saber.

Depois de duas histórias inovadoras no horário das seis ( Sete Vidas e Além do Tempo), vamos aguardar que o Eta Mundo Bom, do Walcyr Carrasco, surpreenda na história e mantenha a ótima audiência do horário.

Alexandre Lana Lins
Enviado por Alexandre Lana Lins em 16/01/2016
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