A tragédia Carnavalesca – O primeiro Ato

Nesse Carnaval não vou Márcia

Terei dramas para escrever

Folhetins para renascer

Terei dias a mais para envelhecer

Ah ! meu trio é tão grande que não cabe na Avenida

E todas as columbinas já nascem prometidas a seus pierrots

E todos os palhaços e mágicos recebem melhor do que os políticos ávidos

Olha ! A obscenidade da cerveja requentada

No mijo que lançam no povo

Para a quarta-feira de cinzas

E esse catador de latas sub-humano

Tão crente em Deus e nos valores da Democracia

Tão sóbria e segura essa forma de Alegria

Tantas pessoas pra nascer com microcefalia

Não sei se teria dinheiro no bolso

E celular do bom pra me roubarem

Ah esse malandros

Se todos os problemas do mundo fossem os malandros

E somente esses que aproveitam bem todos os Carnavais

A masculinidade gritante e ignorância de Vadinho

De peito aberto e utilizando as alfazemas de Gandhi

Beijando as mulheres mais feias e agonizantes

Como um sopro de loucura

Que não foi possível extravasar no sistema seguro

Na Eternidade não existe Carnaval

Não existe o sopro de vida

Quando a vida é integral

Na visão da totalidade cósmica

As tempestades de areia desérticas

E os tsunamis que abalaram a costa Leste

Deixaram marcas atrozes

Abalos sísmicos que catalisam suspiros

Bem assim é a festa

Que deixará o sabor agridoce de sangue

A descontinuidade do que não foi resolvido

A política catastrófica

A desigualdade do camarote

Onde bebem whisky de

Passárgada e das Ilhas Canárias

Onde falam e acordam sobre os Cassinos

Das próximas Ilhas colonizadas

Das mulhreres subjugadas

Da cólera masculina

Selvagem, moderna e Rosseauniana

Vinicius Santana
Enviado por Vinicius Santana em 04/02/2016
Reeditado em 04/02/2016
Código do texto: T5533325
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