TEACHER - CARONA - CAP. 12

CARONA – Capítulo 12

No dia seguinte, Rupert estava sentado ao lado de Tereza para a aula de Laura e a moça falou baixinho no ouvido dele:

- Vitória feminina outra vez? Iupi!!

- Fica quieta, garota. Alguém pode ouvir, ele disse.

- Todo mundo já ouviu. A Laura foi genial!

- E pode até perder o emprego. Grande vantagem...

Ela abriu um sorriso, olhando para a porta da sala.

- Mas não perdeu o emprego ainda. Olha ela aí.

Laura estava entrando na sala e sorriu para os dois, antes de fechar a porta. Rupert respirou fundo e Tereza até ouviu.

- Cachorro! – ela sussurrou. – Por mim você não faz isso.

- Psiu! – fez ele, abrindo o caderno na matéria de Língua Inglesa.

A aula começou. A prova também e ele a fez o tempo inteiro com um sorriso sutil no rosto.

Na ida para casa, Rupert estava com Tereza na garupa da moto quando passaram frente ao ponto de ônibus e viram Laura parada lá.

- Era a Laura, não era? – ela perguntou.

Ele parou a moto logo mais adiante e olhou para trás.

- É, é ela sim. No ponto de ônibus?

- Deve estar sem carro. Volta e pega ela.

- Não cabem três aqui, Teca.

- Eu vou de ônibus. Vou até pro outro ponto pra ela não desconfiar. Vai, leva ela pra casa.

Ela desceu da moto e ele falou:

- Já te disse que eu te amo?

- Eu te odeio, mas tudo bem. Corre lá. Tchau.

Tereza beijou o rosto dele e Rupert desceu da moto e aproximou-se de Laura.

- Oi.

- Oi, ela falou, voltando-se, surpresa.

- Sem carro hoje?

- É, está na oficina. Estou esperando um táxi, mas está complicado...

- Quer carona?

Ela olhou para a moto parada ali adiante e perguntou:

- Ali?

- É... É seguro, ele disse rindo. – Vem.

Ele subiu na moto. Ela subiu também, bastante nervosa.

- Segura em mim, ele pediu.

Ela obedeceu, sem jeito e quase arrependida. Ele partiu.

Já no caminho, ele perguntou:

- Está com medo?

- É a primeira vez que eu ando nisso.

- Que honra a minha. Não tem perigo. Eu não corro muito.

- Que bom, ela falou, gelada e fechando os olhos; escondendo o rosto nas costas dele.

Foram o resto do caminho em silêncio. Ela só abriu os olhos quando ele parou diante do prédio dela.

- Chegamos, ele disse.

Ela desceu da moto e respirou aliviada. Depois sorriu.

- Obrigada. Você dirige muito bem essa coisa. Obrigada pela carona.

- Disponha. Eu… quero te pedir desculpas por toda essa... confusão que eu causei. Acho que não tinha mesmo nada a ver essa coisa de faltar na sua aula por... uma coisa tão simples.

- Você acha que o que você sente é simples?

- Agora acho.

- Que bom...

Ficaram olhando um para o outro por um momento e Rupert segurou a mão dela.

- Tchau.

- Tchau, Rupert. Obrigada de novo.

Ele deu a partida na moto, deu a volta e foi embora.

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Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 12

Velucy
Enviado por Velucy em 27/10/2017
Reeditado em 11/11/2018
Código do texto: T6154325
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