TEACHER V - ANIVERSÁRIO - CAPÍTULO 10

ANIVERSÁRIO – Capítulo 10

Rupert passou a ficar mais tempo com Laura em seu apartamento e numa noite de maio, início do mês, Rupert chegou do trabalho na oficina já tarde da noite e viu tudo escuro e silencioso. Trancou a porta e chamou:

- Laura!

Não houve resposta. Ele ficou preocupado e correu para o quarto. Ela também não estava lá. Voltou à sala e foi até a cozinha. Quando entrou e acendeu a luz, deu de cara com um bolo lindo sobre a mesa e Laura dizendo:

- Surpresa! Feliz aniversário, futuro daddy!

Ele colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça, rindo.

- Como... Como você descobriu? Eu nunca te falei nada!

- Adivinha!

- Meu pai?

- Não.

- Tereza? Décio?

- Pela sua ficha na faculdade. Desde sempre eu soube. Ano passado não deu pra te falar abertamente porque eu não podia, mas esse ano não podia passar. Gostou?

Ele se aproximou dela e olhou para o bolo, coberto de chocolate com um vinte e dois feito com velas acesas sobre ele.

- Lá se vai minha cara lisinha pro espaço... Você não gosta de mim assim, bonitinho, quer me encher de espinhas, é?

- Você não gosta?

- Adoro! – falou ele, beijando-a muitas vezes no rosto. – Eu te amo! Obrigado.

- Sopra logo, quero ver quantas vezes elas vão acender de novo.

- Não quero saber disso não, detesto essas velas! Vou apagar jogando água nelas!

- Não, maluco! – Laura disse, rindo. - Vai estragar o bolo todo.

- Tá bom, vamos lá...

- Primeiro o desejo.

- Claro…

Ele sentou-se diante do bolo e pensou; depois olhou para a barriguinha dela já bem saliente em seus quase cinco meses e disse, com a mão sobre ela:

- Que meu filho tenha tudo, mas tudo mesmo que eu não pude ter e puder dar... e se for menina... seja tão maravilhosa quanto a mãe.

Laura o abraçou. Ele apagou as velas, depois a beijou novamente. Uma vela reacendeu e ele a pegou com a ponta dos dedos e a apagou na marra. Depois pegou as outras e jogou uma a uma na pia molhada.

- Rupert! Malvado!

- A gente faz isso no aniversário do bebê, ano que vem. Agora eu vou tomar um banho. Não coma tudo, antes de eu voltar, hein?

- Apresse-se!

Enquanto ele tomava banho, Laura levou o bolo, pratos, copos e vinho branco para o quarto. Apagou todas as luzes do apartamento e esperou por ele lá.

Quando Rupert voltou e entrou no quarto, enxugando os cabelos, disse:

- É a primeira vez que eu tenho uma festa de aniversário em onze anos.

Ela tirou um caixa debaixo das cobertas e estendeu a ele.

- Que é isso?

- Seu presente!

Rupert foi sentar-se junto dela e apanhou o pacote.

- Desde quando eu liberei verba pra você fazer despesa comigo, senhora Lauter? Nós estamos na pendura, sabia? – ele falou, balançando a caixa para ouvir o barulho do que tinha dentro. Era grande e ele não tinha ideia do que fosse.

Laura riu, dizendo:

- Prometo que não vou mais gastar com cabeleireiro nem com massagista esse mês.

Ele riu gostoso.

- Massagista é bom.

Começou a abrir a caixa pelo laço e ao tirar a tampa, viu dentro dela um smoking de um branco que parecia neve como nunca tinha visto. Acompanhava a faixa de cetim e a gravata borboleta pretas. Rupert ficou sem fala.

- Gostou? – ela perguntou.

Ele tirou o smoking da caixa e o ergueu diante dos olhos.

- Laura...

- Soube que é a roupa que vocês vão usar no baile de formatura, não é?

- Eu não ia participar do baile...

- Mas vai sim.

- Vai ser em janeiro e você não vai poder ir por causa do bebê...

- Mas você vai e eu vou ficar torcendo por você aqui.

- Amor... Não precisava fazer isso...

- Por favor, Rupert. É um sonho seu... e meu agora.

Ele a abraçou apertado, beijando seu rosto.

- Eu não te mereço.

- Está reprovado por isso, meu jovem, ela falou com ar de zanga.

Rupert sorriu e olhou novamente para o smoking.

- É lindo!

- Pra combinar com você.

- Não vai ter graça sem você lá. Queria que você fosse minha madrinha, dançasse a valsa comigo...

- Convide a Carla! Ela é minha amiga. Vai adorar ser madrinha do meu marido, ainda mais comigo ausente. Ela te acha... uma gracinha! – falou ela, imitando a colega. – Pena que é tão novinho!

Rupert riu a valer.

- Você não presta, Laura! Que maldade!

Ela riu também. Depois colocou o smoking novamente na caixa, colocou-a de lado e entregou a faca para ele.

- Corta logo esse bolo que eu estou morta de fome. Aliás, estamos, falou ela colocando a mão na barriga.

- Eu mereço, disse ele, cortando o bolo.

********************************************

Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 10

Velucy
Enviado por Velucy em 12/11/2017
Reeditado em 13/11/2017
Código do texto: T6169423
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.