Interceptada - 4

No mesmo momento em que seu coração diminuiu de tamanho pelo medo, Idalina se virou. Porém, antes disso reconheceu o toque asqueroso de Aluisios.

Sem perder tempo, fechou a mão direita e avançou em Aluisios. Seu cruzado, entretanto, não era mais um elemento surpresa, e o homem a sua frente, tranquilamente, deteu-a.

Com um sorriso nos lábios, Aluisios a imobilizou e disse: - Meu bem... Parece que eu peguei você.

- Não sou seu bem. E com um olhar de gelo, tentando não transparecer o medo que sentia, completou: - Parece que você não entendeu meu recado na noite passada. - o recado que ela estava morrendo de medo, certamente - Vai me soltar ou terei que te persuadir com uma navalha? - Navalha! Qual navalha? Idalina não conseguia acreditar no quanto era estúpida as vezes.

Aluisios soltou uma gargalhada asquerosa, dando à Idalina a esplêndida oportunidade de contemplar seus três, e únicos, dentes: Adoraria ver sua navalha, menina.

Em uma última tentativa desesperada Idalina gritou. Gritou tão alto e tanto que pensou que seus pulmões fossem pegar fogo.

Era ridícula, uma nórdica, com sangue dos mais valentes guerreiros que já pisaram na Finlândia, apelando a gritos, como as damas deveriam fazer, em uma situação como aquela. Mas que inútil era...

Como uma pena, em meio a seus devaneios, foi lançada contra uma árvore, bem parecia, porém, que a árvore tivesse sido arremessada em sua cabeça, tamanho foi o impacto.

Sentiu os sentidos se esvaindo e só pode notar uma terceira figura no local, movendo-se rápido.