RP - ALBERTO - PARTE 4

ALBERTO

PARTE 4

Wagner ri também e vai sair do quarto, quando dá de encontro com Tânia entrando.

- Espero que não esteja interrompendo, ela diz.

- Não, já acabamos. Eu já vou indo. Ah, ia esquecendo... a mamãe pediu pra convidar vocês dois pra almoçar amanhã lá na fazenda. Seu pai e seu tio também vão, Tânia.

- Eu pensei que a festa fosse só no Natal...

- E vai ser, diz Cláudio. – Amanhã é só um almoço pra comemorar o aniversário da Elis.

- Você sabia desse almoço? – ela pergunta.

- Sabia. A Magda já tinha me falado.

- É, a pirralhinha faz cinco anos, completa Wagner. – Cláudio, a Magda pediu que você pedisse pra Bárbara levar umas crianças do orfanato pra fazenda também. O papai manda a caminhonete buscar todo mundo. Só pra fazer companhia pra Elis, já que lá não tem muita criança. A Carolina está grávida, mas essa criança ainda não faz muito volume em festa...

- Quem é Carolina? - ela pergunta.

- A mulher do Lopes, administrador da fazenda, Cláudio explica.

- Nem parece que é da família há oito anos... diz Wagner, sutilmente em voz baixa.

- O quê? - ela pergunta.

- Nada, ele disfarça, pigarreando. - Bem... já que vocês estão por dentro do convite, eu vou me mandando. Tchau, mano.

Ele beija o irmão.

- Cuidado da estrada. Você corre demais com aquela moto.

- Certo, chefe. Tchau, Tânia.

Ele sai. Tânia vai até o espelho e começa a arrumar os cabelos diante dele.

- Posso saber o que vocês estavam conversando?

- Nada demais. Ele veio me pedir pra ir com ele até Poços.

- Fazer o quê?

- Ele quer comprar um presente pra Elis.

- E precisa de você pra fazer isso?

- Você há de concordar que de criança eu entendo. E entendo um pouco de economia também. Ele é um exímio gastador. É capaz de ele comprar um computador de última geração pra uma menina de cinco anos.

- Já estava na hora dele aprender a se virar sozinho. Se tornar um adulto.

- Não acho. Não acredito que eu vou dizer isso, mas ele não ganharia nada se tornando um adulto, embora tenha idade pra isso. Muito pelo contrário, só perderia.

- Você prega, mas não segue. Por que não faz como ele, já que acha que ele é mais feliz, sendo como é.

Ele se levanta e se aproxima dela por trás, colocando as mãos sobre seus ombros e encostando o corpo bem junto ao dela, olhando-a pelo espelho. Afasta os cabelos dela e beija seu pescoço de forma provocativa. Tânia fecha aos olhos ao senti-lo tão perto e carinhoso.

- Porque meu tempo de adolescente já passou, infelizmente, e, no cartório de Casa Branca, meu nome está assinado ao lado do seu num livro de ata, junto com os de mais algumas testemunhas, comprovando que eu sou um homem sério: doutor Cláudio Valle. Imagino a honra que deve ser pra você ser casada comigo. Eu entendo agora por que você não quer me dar o desquite. Os homens responsáveis e de caráter estão muito raros hoje em dia.

- Quem é que está provocando agora? - ela pergunta, erguendo o braço e passando a mão em volta do pescoço dele.

- Tem razão... Desculpe. Depois de uma noite como a que nós tivemos ontem, é até uma incoerência eu ficar falando assim agora.

Cláudio beija seu pescoço de novo e ela se volta e tenta beijá-lo, mas Cláudio se afasta rapidamente.

- Você não vai fazer isso comigo de novo.

- Cláudio...

- Eu vou tomar um banho.

Ele se afasta dela de costas e sai do quarto. Tânia se joga na cama, chorando, esmurrando um travesseiro, com raiva.

- Eu te odeio!

RETORNO AO PARAÍSO – ALBERTO

PARTE 4

OBRIGADA E BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

BOA PÁSCOA COM JESUS!

Velucy
Enviado por Velucy em 31/03/2018
Reeditado em 31/03/2018
Código do texto: T6295904
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