RP - IVAN, O TERRÍVEL - PARTE 11

IVAN, O TERRÍVEL

PARTE XI

Leo se afasta com sua moto na direção do pasto. Dina, Janete, Sandra e Guto vão andando na direção da represa. Beto fica com Wagner que se senta no primeiro degrau da escada da varanda, emburrado.

- Está perdendo a esportiva, parceiro? Você nunca ligou que ninguém fizesse uma insinuação desse tipo a seu respeito. Ainda mais o Leo, aquele sem noção. A menos que... a garota tenha mexido mesmo com você. Mexeu?

- Não começa, Beto.

- E o que é que tem se tiver mexido? Ela é noiva, não é casada e o cara está lá do outro lado do oceano Atlântico. Não vejo crime nisso.

- Ela não é noiva também. Eu falei só pra tirar o Leo do meu pé. Eles terminaram, antes de ela vir comigo pra cá.

- Melhor ainda. Campo livre. Por que essa cara, então? É gamação mesmo?

Wagner se levanta e encosta-se à coluna.

- Eu não sei... Ainda não sei... mas eu não posso me apaixonar por ela.

- Por que, não?

- Porque o Gart gosta dela.

- E daí? Vence o mais forte e... charmoso. Afinal... ela não é nenhuma dívida de jogo entre vocês, é? Você vai ficar com pena dele e ficar aí se roendo?

- Mas eu não estou me roendo, Beto. Não exagera. Eu só não tenho certeza se gosto dela. Nós somos muito amigos. O Gart é muito legal e é meu tio. E não está nos meus planos me envolver com a Linda.

- E se ela esquecer o noivo e se apaixonar por você?

- Aí... eu cavo um buraco bem fundo na boçoroca e me escondo lá dentro.

Beto ri.

- Grande!

- Você não vai pra represa? O tempo está bom. Aproveita enquanto não chove.

- Você não vai?

- A casa está sozinha, já disse. Só posso sair daqui depois que meu pai voltar. Quando ele chegar, eu vou.

- Ok.

- Avisa o pessoal pra não nadar muito longe da margem. Pode ser perigoso.

- Digo sim. Ah, quem está lá com a Carolina? O doutor Miguel?

- Não, meu irmão. O Miguel não pôde vir.

- Seu irmão? Mas ele não é pediatra?

- É... deu um rolo e ele teve que segurar essa, mas ele já tem alguma experiência. Você sabe que ele fez o parto da Elisinha...

- É, lembro disso. E ele vai fazer tudo sozinho?

- Não, minha mãe e a Mônica estão lá pra ajudar?

- A Mônica está lá?

- É, por que o espanto? Ela é enfermeira. Não é formada, mas entende de tudo sobre isso.

- Eu sei, não... Não é nada...

Beto fica parado olhando na direção da casa de Lopes e Wagner estranha.

- Que foi, cara?

- Nada. Nada não. Tchau.

Beto se afasta e Wagner acha aquela reação do amigo muito estranha.

Vai para dentro da casa e se deita no sofá da sala, já preocupado com a demora dos amigos ingleses. Gart e Linda chegam às cinco e um quarto. Wagner está sentado numa poltrona, quando eles entram na sala.

- Poxa, gostaram do passeio, hein?

- Nós fomos a outras cidades também, diz Linda, se jogando no sofá, cansada.

- Até Santa Cruz não sei da quantas, também? - ele pergunta, se lembrando da expressão que ela usou no dia em que o sequestrou.

Linda sorri e se lembra da expressão.

- Também... Fomos até Poços de Caldas também. É uma gracinha!

- Existem fazendas muito bonitas por aqui, diz Gart.

- O clima ajuda muito.

- Os seus amigos estão aí? - Linda pergunta. – Eu vi as motos aí fora.

- Estão na represa. Inclusive já era para terem voltado. O tempo está ficando com jeito de chuva.

- Nós notamos. Voltamos por isso, ela diz.

- Onde está seu pai? - Gart pergunta.

- Temos novidades por aqui. O administrador da fazenda talvez se torne pai hoje. Meu pai, minha mãe e meu irmão estão lá na casa dele. Por isso, eu estou de molho aqui.

Tânia aparece, vindo da copa.

- Boa tarde, ela cumprimenta aos dois, educada, mas séria.

Wagner apresenta a cunhada a Linda e Gart.

- Meninos, essa é minha cunhada Tânia.

- Prazer, dizem os dois.

- Eles vieram da Inglaterra comigo, Tânia.

- Que bom... Espero que estejam gostando daqui.

- Estamos, Linda responde.

- Wagner, eu vou voltar pra cidade. Vou pegar o carro do Cláudio.

- Mas vai chover. Espera mais um pouco. O tempo vai ficar ruim. De repente é chuva de verão e passa logo.

- Não tem importância. Em dez minutos, eu estou na cidade. Diga ao seu irmão que eu vou estar na casa da minha mãe. Amanhã, eu volto com ela e meu pai.

- Você é quem sabe.

- Até amanhã a todos, ela diz com um sorriso. – Você sabe onde estão as chaves do Mercedes, Wagner?

- Na ignição. Ele nunca tira do carro, quando vem pra cá.

- Então, tchau.

- Tchau.

Tânia sai.

RETORNO AO PARAÍSO – IVAN, O TERRÍVEL

PARTE 11

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 08/04/2018
Código do texto: T6302677
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.