RP - IVAN, O TERRÍVEL - PARTE 21

IVAN, O TERRÍVEL

PARTE XXI

Jairo fica desarmado depois daquela afirmação de Miguel.

- O senhor tem mais alguma pergunta pra mim, doutor Arnaldo? Eu preciso ir trabalhar.

- Não, doutor Miguel. Se precisar de mais algum esclarecimento, eu o aviso.

- Então... se me dão licença...

Miguel se afasta. Jairo quer ir atrás dele, mas Jorge não deixa.

- Calma, mano.

- Se eu não tivesse certeza de que ele esteve aqui no hospital desde cedo, até dele eu suspeitaria. Minha filha não quer se casar com ele, doutor Arnaldo. Eu tinha muita confiança nesse rapaz, mas acho que ele se aproveitou da minha confiança pra... abusar da minha filha.

- E o senhor sabe por que ela não quer se casar com ele... se está grávida dele?

- Não, ao certo... Ela diz que não gosta dele... pra ser marido... o senhor entende, não é? Essas coisas de jovens... Mas eles sempre se deram bem. Trabalhavam juntos e tudo...

- Sei... E ele? Qual a opinião dele a respeito do casamento.

- Ele diz que gosta dela e vai fazer tudo para vê-la feliz. Que só não se casou antes, porque ela não quis.

- Eu realmente não entendi porque Mônica fez uma coisa dessas, diz Jorge. – Sempre foi uma menina correta, estudiosa, inteligente... Nem a bailes e a essas festinhas de jovens, ela ia. Nunca gostou desse tipo de farra. Era uma garota exemplar. E é ainda, coitadinha. Se não fosse esse... desmiolado.

- De qualquer forma, eu tenho que agradecer a ele por ter salvado a vida da minha filha. Foi ele quem a operou.

- Eu pensei que tivesse sido o Cláudio, diz Jorge.

- Ele não estava trabalhando hoje. Tinha acabado de chegar. Ele foi pra sua casa, não foi, Jorge?

- Estava lá com a minha filha. Já deve estar de volta.

- Bem, eu vou voltar para a delegacia, diz Arnaldo. - Começarei as investigações do caso da sua filha, amanhã na primeira hora, doutor Jairo. É bom não perder tempo. Por falar nisso, como as investigações vão começar na sua rua, doutor Jorge, o senhor não ouviu nada diferente nas últimas duas horas? O tiro foi praticamente na frente da sua casa. O senhor não ouviu nada?

- Não, eu estava dormindo. Tinha chegado do jornal e fui pra cama cedo. E quando eu caio na cama... nem o sino da matriz me acorda. Não ouvimos nada, nem eu nem a Bárbara.

- Está bem, então. Até amanhã, senhores. Melhoras a sua filha, doutor Jairo.

- Obrigado, doutor. Até amanhã.

Arnaldo se afasta. Bárbara sai do quarto e diz a Jairo:

- A Mônica quer falar com você Jairo. A sós.

Jairo entra no quarto. Como Bárbara parece tensa, Jorge pergunta:

- O que foi? Ela está bem? O que vocês duas conversaram?

- Algumas coisas... Ela disse que ficou mais apreensiva pelo bebê do que por ela mesma, quando viu o que tinha acontecido. Chorou muito conversando comigo... Eu acho que seu irmão vai sair daí de dentro muito, muito aborrecido, Jorge.

- Por quê?

- Depois ele vai te contar... tenho certeza.

Bárbara respira fundo e se senta numa cadeira no corredor. Cláudio aparece e se aproxima dos dois.

- Onde está o doutor Jairo, Jorge?

- Acabou de entrar pra falar com a filha. O que foi? Você parece aflito.

- Não, não estou.

Cláudio olha para Bárbara e ela olha para ele também, com um ar de tristeza e reprovação no olhar. Cláudio percebe que ela já sabe de alguma coisa e se abaixa perto dela, segurando sua mão.

- Me perdoa...

Ela não consegue dizer nada e retira a mão de dentro da dele. Cláudio se ergue e entra no quarto. Jairo olha para ele e estranha seu ar assustado.

- Eu acho que quem precisa falar com o senhor, sou eu, doutor.

- Eu não estou entendendo. O que está acontecendo, Mônica?

Ela está com os olhos vermelhos e olha para Cláudio, sem dizer nada.

- Nós podemos ir até o meu consultório, doutor? - Cláudio pergunta.

- Cláudio... Mônica o chama.

- A obrigação é minha, Mônica. Confie em mim.

Ela sorri e concorda. Cláudio abre a porta e olha para Jairo.

- Doutor...

Jairo passa pela porta, confuso. Ao saírem do quarto, Cláudio olha para os sogros e diz:

- Eu quero que vocês dois venham comigo, por favor. O assunto interessa a vocês também.

RETORNO AO PARAÍSO – IVAN, O TERRÍVEL

PARTE 21

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 12/04/2018
Código do texto: T6306169
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