RP - EXÍLIO - PARTE 7

EXÍLIO

PARTE 7

Cláudio entra no carro e parte. Beto, Leo e Guto se aproximam de Wagner.

- O que você vai fazer agora, Wagner? - Linda pergunta.

- Primeiro, eu queria tentar provar que foi a Tânia quem atirou na Mônica. O Cláudio não tem arma de fogo em casa, mas talvez o pai da Tânia tenha. Se isso ficar provado, as suspeitas contra meu irmão se acabam. Em Casa Branca, a única pessoa que teria interesse na morte da Mônica era ela. O tiro foi de longe e está na cara que não foi assalto. Foi tentativa de assassinato e só a Tânia podia ter feito isso.

- É uma acusação muito séria, diz Gart.

- Foi o que o Arnaldo falou, mas eu não tenho medo de arriscar. Essa mulher tem que pagar por tudo que fez pro meu irmão.

Volta-se para os rapazes e pergunta:

- Posso contar com vocês?

- Desde anteontem, diz Leo, esfregando as mãos.

- Então é aquilo que a gente combinou. Se quiserem, podem começar agora.

- Certo, chefe!

Beto e Leo pegam suas motos e seguem na direção da cidade. Guto fica, já que está com a perna engessada e vai sentar-se perto de Dina num banquinho junto à parede da casinha. Linda pergunta:

- Wagner, você disse que, se descobrirem que a sua cunhada atirou na Mônica, isso inocenta o seu irmão. Como?

- Eu disse sem querer pro delegado que a Tânia pode ter atirado em si mesma. Na hora da raiva e pelo ciúme doentio que ela sente pelo meu irmão, ela é capaz de fazer qualquer coisa. O Arnaldo não vai tirar isso da cabeça e espero que ele examine as duas balas. A que feriu a Mônica e a que saiu do braço da Tânia. Eu aposto que as duas saíram da mesma arma.

- Como você pode ter tanta certeza disso? Ela não pode ter pegado duas armas diferentes?

- Não pode. Os únicos lugares onde ela poderia achar uma arma em tão pouco tempo são a casa dela ou a casa do pai, mas o Cláudio nunca teve arma de fogo. O Jorge deve ter e foi pra casa dele que ela foi quando saiu daqui ontem. Se os meus astros não me enganam, esse caso já está mais do que resolvido. Essa mulher pode até não ir pra cadeia, porque o pai da vítima é o tio dela, mas que nunca mais ela vai se meter a querer prejudicar meu irmão, eu tenho certeza. Se ela fizer isso, quem vai espancá-la sou eu!

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No hospital, Mônica fica sabendo do que aconteceu com Tânia e da acusação que ela e Jorge fizeram contra Cláudio de que ele a teria espancado e, mesmo sem permissão, descobre o quarto em que a prima está e vai até lá.

Ao vê-la entrar, Tânia se assusta e vai tocar a campainha para chamar uma enfermeira, mas Mônica diz:

- Se você não deve nada, não faça isso. Eu vim só te ver e conversar. Não precisa ter medo de mim.

Tânia não aperta o interruptor, mas continua com a mão próxima a ele. Olha para a prima de cima a baixo e chega a sentir inveja ao perceber a pequena barriga que já se faz notar debaixo da camisola do hospital.

- O que você quer?

- Eu vim só te pergunta uma coisa... O que você vai ganhar fazendo isso com o Cláudio?

- Fazendo o quê?

- Eu sei que tudo isso é uma mentira muito grande e que ele não fez nada do que você fez o tio Jorge acreditar. Meu tio está sendo enganado por você.

- Quem está sendo enganada é você. Está tão cega quanto eu, quando me casei com ele. Ele atirou em você também.

Mônica sorri, triste.

- Você está querendo envenenar todo mundo contra ele, é isso. Deixa o Cláudio em paz. Ele é a pessoa mais doce e justa que eu já conheci e nunca te fez mal nenhum.

- Você é que pensa... e é bom você abrir os olhos também. Ele matou meu filho e, se você não se cuidar, ele vai fazer com você, o mesmo que fez comigo. Foi bom que tudo isso tivesse acontecido agora. Todo mundo vai descobrir quem é o inocente doutor Cláudio.

- Você não está bem, Tânia...

- Vá com seu pai pra Europa, Mônica. Tenha essa criança por lá e a deixe em algum orfanato. Não fique com ela. Ele vai fazer da sua vida um inferno por causa dela, se não conseguir matá-la antes. Ouça o que eu estou dizendo. Ele é um vigarista... mas ainda vai me pagar por tudo.

Mônica fica estarrecida e penalizada diante de tudo que ouve a prima dizer. Tânia está completamente desorientada e ela percebe que o amor exagerado que sentia pelo marido a fez ficar assim.

A porta se abre e Miguel aparece, aflito. Ele respira, aliviado, ao ver Mônica ali.

RETORNO AO PARAÍSO – EXÍLIO

PARTE 7

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 16/04/2018
Reeditado em 05/11/2020
Código do texto: T6309846
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