RP - SÃO PAULO - PARTE 7

SÃO PAULO

PARTE VII

Duas lágrimas caem teimosas do rosto de Cláudio.

- Oi, filha... Oi, meu amor... Eu estou aqui...

Ele ergue o corpo, afasta o cobertor e beija a barriga várias vezes. Depois beija Mônica também. Em seguida, ele volta a cobri-la e a faz recostar em seu peito, abraçando-a com carinho.

- Procura descansar. Dorme um pouco.

- Não estou cansada.

- Está sim. O jeito que você dormiu no carro me diz que está. Aproveita.

- Eu dormi lá porque me senti segura como nunca, depois de muito tempo. Senti a sua energia. É disso que eu estou precisando há muito tempo... Não sai de perto de mim?

Ele a beija de novo e responde:

- Não...

Mônica se aconchega no peito dele e fecha os olhos, segurando sua mão. Cláudio começa a acariciar seu braço e Mônica se arrepia de novo e aos poucos se entrega ao sono e adormece.

Quando ele percebe que o sono dela já é profundo, faz com que ela recoste a cabeça no travesseiro e se deita do lado dela. Fica algum tempo olhando para ela e finalmente adormece também.

Ele não dorme muito, acorda minutos depois e ela ainda está profundamente adormecida, deitada a seu lado.

Cláudio sai da cama com muito cuidado para não acordá-la e se veste. Vai até o banheiro lavar o rosto para acordar de vez. Volta ao quarto e se senta na beira da cama. Coloca outro cobertor sobre ela para cobri-la melhor e fica olhando para ela. Em seguida se levanta e arruma em cima da cama, roupas que ela vai poder vestir logo que acordar. Desce até a recepção e pede o serviço de quarto pessoalmente, para que eles tenham o que comer à noite, quando ela acordar.

Volta ao quarto e pega no frigobar duas garrafas pequenas de água, colocando-as fora dele para que degelem e fiquem na temperatura ambiente. Depois, senta-se numa cadeira e começa a pensar no que vai fazer no dia seguinte, agora que eles estão juntos.

Mônica dorme por uma hora. Quando abre os olhos e o vê sentado olhando para ela, sorri.

- Por que você está tão longe?

Cláudio apenas sorri.

- Não me diga que você ficou o tempo todo aí olhando pra mim?

- Eu precisava me certificar de uma coisa...

- Do quê?

- Queria saber se você não ronca.

Ela ri.

- E a que conclusão chegou?

Ele se aproxima e se senta na cama ao lado dela.

- Do jeito que você dorme, eu vou ter que comprar um despertador bem potente. Parece um anjo dormindo...

Cláudio a beija.

- Que horas são? - ela pergunta.

Ele olha no relógio.

- Quase sete.

Mônica se ergue e se senta encostada no travesseiro, na cabeceira da cama.

- Nossa! Não pensei que fosse dormir tanto.

- Não tem problema, não é contra a lei. E o ombro?

- Normal...

- Dói?

- Não...

- Está com fome?

- Um pouquinho...

Ela olha para as roupas bem colocadas nos pés da cama e pergunta:

- Está com tanta pressa de me ver vestida? Estou tão feia assim?

Cláudio sorri e abaixa devagar o cobertor que ela ergueu diante do corpo para se cobrir. Seus seios ficam a mostra e ele acaricia e beija cada um deles.

- Não diz bobagem. Você é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida... Já era há quatro meses e ainda é... mesmo grávida. Acho que é ainda mais agora.

Mônica coloca a mão no rosto dele.

- Você não acha que eu estou em desvantagem? Não acha que está vestido demais.

Cláudio ri.

- Não quer jantar primeiro? Eu tive todo o trabalho de pedir o serviço de quarto enquanto você estava dormindo. A comida está esfriando. Se eu tirar a roupa agora, ela vai congelar.

Ela olha para o carrinho com duas bandejas.

- Oh, dúvida cruel...

- Se veste logo, garota. Eu não quero que a minha filha nasça desnutrida. Pensa nela pelo menos.

- Tem razão.

Mônica se veste e eles vão jantar.

RETORNO AO PARAÍSO – SÃO PAULO

PARTE 7

OBRIGADA E TENHA UM ÓTIMO DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 02/05/2018
Código do texto: T6324780
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.