RP - SÃO PAULO - PARTE 8

SÃO PAULO

PARTE VIII

Mônica se veste e os dois vão jantar.

- Gostei desse hotel. O quarto é bem grande.

- Nos próximos dias, quando eu tiver retirado algum dinheiro do banco, vou alugar um apartamento pequeno, mas que caiba nós dois. Você não pode ficar vivendo em um quarto de hotel.

- Eu posso ficar em qualquer lugar, desde que eu esteja com você...

- Nada disso. Eu não arrumei toda essa confusão pra depois morar com você debaixo do viaduto do Chá. Que espécie de rato você acha que eu sou?

- Morar onde?

- Viaduto do Chá é um lugar que tem aqui perto. Estou brincando.

- Não estou te pedindo nada. Você já renunciou a tanta coisa por minha causa. Não posso te pedir mais nada.

- Renúncia não enche barriga. Eu quero fazer por você tudo que eu gostaria de ter feito nesses oito anos pra uma esposa de verdade, já que eu não posso te dar meu nome ainda. Se seu pai continuar teimando em ficar contra mim, nós só vamos poder nos casar quando você fizer vinte e um anos e ainda tem chão até lá.

- Nossa bebê já vai ter quatro anos... - ela diz, num suspiro.

- Espero que ela faça um milagre até lá e derreta o coração dele.

- Eu também acredito nisso, ela diz, sorrindo. – É só ter fé.

Cláudio segura sua mão.

- Falando na nossa filha, você já pensou no nome que vai dar pra ela?

- Não tenho feito outra coisa desde aquele ultrassom. É tão complicado dar um nome a uma criança. Ela vai carregá-lo pelo resto da vida. Tem que ser escolhido com muito cuidado... por nós dois.

- Isso é verdade...

- Eu só pensei que... seria bom se o nome dela tivesse alguma coisa de nós dois, pra que ela nunca se esquecesse que a amamos muito pra vida toda, mesmo depois de muitos anos.

- O quê, por exemplo?

- Ah, não sei... nossas iniciais por exemplo.

- M e C... ou C e M... Maria é um nome bonito.

- É sim... com C...? Cecília... Era o nome da minha avó, mãe do meu pai e do tio Jorge.

- Maria Cecília... É lindo e vai derreter o coração do seu pai, com certeza. Se isso não fizer...

- Maria Cecília... ela repete lentamente. Adorei!

Ela olha para a barriga e a toca, acariciando-a.

- Você gostou filha?

Sente a filha se mexer dentro dela.

- Ela se mexeu de novo, amor! Gostou no nome.

Cláudio se apressa em tocar a barriga dela e também sente a pequena se mexer.

- Não acredito que essa menina vai mandar na minha vida antes de nascer... Eu estou frito.

Mônica ri.

- Isso foi praga do Wagner, ele diz.

- Como assim?

- Quando eu contei pra ele sobre nós, a gente conversou muito e quando a conversa terminou, ele colocou fones nos ouvidos pra ouvir músicas do Queen. Pra encher o saco dele, eu aumentei o volume do aparelho de som, antes de sair do quarto, e ele gritou zangado que a minha filha ia fazer o mesmo comigo no futuro também, ouvindo música alta pra me aborrecer.

- Ele já sabia que ia ser menina?

- Não, nem eu sabia.

- Ele tem que ser o primeiro a saber o nome dela.

- Com certeza, já que é ele que vai batizá-la.

- É verdade... ela diz, sorrindo. - Boa ideia.

- Amanhã, eu vou ter que sair...

- Sair... sozinho?

- Não sei, se você quiser ir junto... mas como o Wagner vai vir até aqui, eu pensei que seria bom você estar no apartamento para recebê-lo e a Diana. Ela também vem.

- Aonde você vai?

- Eu preciso ir até um hospital daqui. Tenho um amigo que trabalha lá. O Valter. Ele é um ex-colega de faculdade. É geriatra na Santa Casa e Infectologista no Emílio Ribas. Eu liguei pra ele ontem e ele me pediu pra ir até lá, hoje, mas... como você veio...

- Atrapalhei seu compromisso...

- Não! Não é isso... Não era um compromisso... O Emílio Ribas fica pertinho daqui, dá pra ir a pé. Dependendo do que a gente converse, eu volto em menos de uma hora.

- Está certo.

- Eu vou tomar um banho agora. Pode deixar o carrinho ali perto da porta que amanhã a gente coloca lá fora e eles pegam. Eu não demoro.

Cláudio se levanta e a beija, indo para o banheiro.

RETORNO AO PARAÍSO – SÃO PAULO

PARTE 8

OBRIGADA E TENHA UMA BOA NOITE!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 02/05/2018
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