RP - SÃO PAULO - PARTE 27

SÃO PAULO

PARTE XXVII

- Você vai arrumar briga com seu irmão, sem necessidade, diz Linda.

- Eu vou esperar só uns dias. Se ela não entrar em contato com ele, eu vou ao hospital ou na casa da Karen. É até providencial que a Karen esteja aqui no Brasil.

- Por quê? O Cláudio disse que as duas não sabem uma da outra. Não sabem da importância que têm pra ele individualmente. Você não vai querer contar, vai? Vai arrumar mais confusão. Vale a pena isso? Vocês são tão unidos.

- Não, não é isso... Eu só acho... que essa coisa da Mônica, grávida, ficar morando em hotel, não vai fazer bem pra ela. Tenho certeza que ela poderia ficar na casa da Karen por um tempo. Ela adora o Cláudio e adoraria cuidar da mulher que espera um filho dele. Seria uma mão na roda!

- Calma, Wagner, você pensa tudo ao mesmo tempo. Essa também é uma decisão que ele tem que tomar.

- Então você acha que eu tenho que desistir de tudo? Voltar pra Casa Branca e ficar esperando lá de braços cruzados?

- Não, desistir não, mas esperar. Talvez você encontre outro jeito de ajudar dona Lucila, sem entrar em conflito com seu irmão. Você às vezes tem ideias boas. Trazer a Mônica pra cá foi uma. Pensa um pouco.

- Está certo... mas eu ainda vou ficar esperando que ele me peça desculpas pela bronca que me deu lá no hospital. Isso não vai ficar barato não. Eu não sou mais criança.

Linda sorri.

- Às vezes, parece...

Wagner olha para ela.

- Ah, é? Vou te mostrar que é criança.

Ele passa o braço em volta da cintura dela e a puxa para perto dele lhe dando um longo beijo. Surpresa e sem fôlego, Linda diz:

- Você não regula bem...

Ele ri.

- Agora que você percebeu? Vamos voltar pro hotel. Preciso ver o que aqueles malucos estão aprontando na cidade. Preciso ligar pro meu pai também. Prometi que ia dar notícias pra ele sobre o Cláudio.

- Você não vai contar que seu irmão encontrou a mãe, vai?

- Claro que não! Eu posso não regular bem, mas ainda não estou rasgando dinheiro.

Wagner e Linda voltam ao hotel e se encontram com os outros. Quando sobem aos quartos, Leo, Guto, Laura, Dina e Janete estão todos juntos no quarto dos rapazes assistindo televisão deitados nas camas.

- Poxa, até que enfim, hein! - diz Guto. – A gente pensou que vocês tivessem sido abduzidos.

- Eu não vim pra São Paulo passear, vocês sabiam disso. Já almoçaram?

- Claro que sim. Já fomos a um monte de lugares, mas tudo aqui é muito longe pra se ver. Se a gente não estivesse de moto, não sei como ia ser.

- Quando é que a gente vai embora? - pergunta Janete. – Eu quero ir pra casa, amanhã cedo. Cansei de ficar aqui sozinha segurando vela.

Wagner se senta ao lado dela no sofá.

- Desculpa, Jane, eu devia ter levado você comigo, mas quando a gente saiu você estava dormindo. Não quisemos te incomodar. Vamos fazer o seguinte, eu e a Linda ainda não almoçamos. A gente sai e almoça em um restaurante gostosinho que tem aí na frente do hotel.

- Eu, você e ela? Nem pensar.

- Ela tem razão, Wagner, diz Linda. – Vão vocês dois. Eu fico aqui. Não estou com fome e estou um bocado cansada. Vou dormir um pouco no outro quarto.

- Tem certeza?

- Absoluta. Quando vocês voltarem, saímos todos pra tomar um sorvete juntos.

- A ideia é boa, diz Leo. – Mas, Wagner, você não disse como está o seu irmão, a Mônica...

- Estão bem, na medida do possível, mas eles precisam arranjar urgentemente um lugar decente pra ficar. Ela está grávida e não pode ficar na instabilidade de um hotel por muito tempo. O Cláudio precisa de dinheiro e eu vou almoçar e depois passar num banco aqui e tirar algum pra ele. Também vou ligar pro meu pai e avisar que a gente já está voltando amanhã cedo. Vou levar a Diana de volta pra casa. Isso não foi uma excursão da escola.

- Então, a gente volta amanhã mesmo.

- É, mas eu vou só pra levar a Diana pra casa. Volto no mesmo dia e pra esse hotel mesmo. Adorei a cama deles. Vamos, Jane? Comportem-se, crianças.

Ele estende a mão que ela segura sorrindo e se levanta. Os dois saem. Linda olha para Leo e Laura e diz:

- Ainda não cumprimentei vocês pelo noivado. Meus parabéns!

- Obrigada, diz Laura, acariciando o braço do noivo, fazendo questão de mostrar a aliança brilhando no dedo da mão direita.

- Aliás... aos quatro, não é? Parabéns a vocês dois também, ela diz a Dina e Guto.

Os dois sorriem.

- Só falta a Janete fisgar o Wagner e a turma fica completamente amarrada, diz Leo, com segundas intenções.

- Pois é... ela diz, entendendo a indireta. – Tomara que isso aconteça. Bom, eu vou me deitar um pouco. Quando eles voltarem, me acordem, por favor.

- Pode deixar, diz Laura.

Linda sai.

- Dá vontade de não avisar e deixar ela dormindo pra sentir o que a Janete sentiu quando ele saiu e esqueceu ela aqui sozinha, diz Laura.

- Rancor é pecado, Laurinha, diz Guto.

- Olho por olho, dente por dente.

- Ela não tem culpa se o Wagner gosta dela, diz Leo.

- Fica quieto você. Você não sabe de nada.

Leo sorri e beija seu pescoço.

- Calma, noivinha...

RETORNO AO PARAÍSO – SÃO PAULO

PARTE 27

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 09/05/2018
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