RP - SÃO PAULO - PARTE 28

SÃO PAULO

PARTE XXVIII

QUINTA-FEIRA

Cláudio acorda cedo no dia seguinte e continua sentindo a cabeça doer. Inicialmente imagina que tenha sido por ter dormido no sofá, mas sente que não é uma dor de cabeça comum, pois ela está lhe incomodando desde o dia anterior e ele sente náuseas também. Senta no sofá e apoia o rosto nas mãos ficando assim por alguns minutos.

Mônica sai do quarto e ao vê-lo naquela posição, se preocupa. Vai sentar-se ao seu lado. Coloca a mão no ombro dele.

- Bom dia, amor.

Ele ergue a cabeça e olha para ela. Sorri.

- Oi, bom dia.

- A cabeça ainda está incomodando?

- Um pouquinho... ele diz, beijando-a. - Dormiu bem?

- Não... Você não estava lá, ela diz, sorrindo e acariciando seus cabelos.

Ele também sorri.

- Você dormiu a vida inteira sem mim. Está sentindo falta do quê?

- Quer mesmo que eu responda?

Cláudio a beija de novo, mais longamente.

- Acho que a minha dor de cabeça é por isso também. E a Diana?

- Dormindo ainda. Ela dormiu gostoso. Uma cama diferente da nossa, às vezes, faz milagres.

- Temos que acordar essa dorminhoca. O Wagner, daqui a pouco, está aí para buscá-la, mas eu vou aproveitar que ela está dormindo e te fazer uma proposta...

- Proposta? - ela diz, sorrindo.

- Eu quero te levar pra conhecer a Karen.

- A sua amiga?

- É... Minha melhor amiga e meu anjo da guarda. Você quer?

- Muito. Quando?

- Hoje.

- Vou adorar.

- E... eu vou pedir uma coisa a ela que eu sei que ela não vai me negar. Eu quero que você vá morar na casa dela aqui em São Paulo... por enquanto.

- Mas... a sua... a Lucila mora lá também.

- É... Isso é um problema pra você?

- Pra mim, não, mas... eu pensei que fosse um problema pra você.

Ele segura as mãos dela e continua:

- Você não pode ficar morando num hotel. Não, no seu estado. Eu não estou me sentindo confortável com essa situação. Não é justo eu ter tirado você da sua casa pra viver essa vida.

- Você não me tirou de casa. Fui eu que vim atrás de você.

- Mesmo assim. Você merece tudo que eu puder te dar, mas eu ainda não posso te dar nada agora... Então, se você ficar na casa da Karen, vai ter conforto, segurança e alguém que me ama perto de você e tenho certeza de que ela vai te amar também.

- Mas ela não está internada?

- Mas vai sair logo. A úlcera dela é de origem nervosa. Enquanto isso, você fica lá.

- Sem você? Você vai também, não é?

- Vou, claro que vou, ele diz, passando a mão pelos cabelos dela com carinho. - Não quero ficar mais longe de você.

- Mesmo... com a Lucila lá?

Cláudio respira fundo, segurando a mão dela na sua e responde:

- Ela é amiga da Karen. Se eu tenho que conviver com ela... que seja.

Mônica o abraça forte e o beija, feliz.

- Estou tão orgulhosa de você, ainda mais do que antes. Eu te amo. Te amo demais!

- Mas eu quero te dizer que... estou fazendo isso por você e pela Karen ser quem ela é. São os únicos motivos...

- Por mim, está perfeito. Eu já gosto da Karen antes mesmo de conhecê-la, só de ouvir você falar dela. E tenho certeza que vou gostar da Lucila também.

- Não pensa em mais nada. E não espere muita coisa de mim. Só... confia em mim.

- Eu confio. Confio tanto que estou aqui, não estou? Só não quero te causar nenhum constrangimento...

Ele a beija e a impede de continuar falando.

- Eu vou acordar a Diana. Pede o café pra gente?

RETORNO AO PARAÍSO – SÃO PAULO

PARTE 28

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 09/05/2018
Código do texto: T6331284
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