RP - GILBERTO - PARTE 28

GILBERTO

PARTE XXVIII

Mônica sai da casa e vai ficar perto de Cláudio, segurando sua mão. Os olhos de Jairo a cobrem de ternura.

- Filha... Minha filhinha.

- Oi, pai... Vá embora, por favor. Eu não vou com você.

- É isso que você quer pra sua vida, Mônica? Você era feliz comigo.

- A gente não tem só uma felicidade à disposição da gente, pai. Eu fui feliz com você... mas eu estou feliz agora também. Queria tanto que você entendesse isso e participasse da minha felicidade agora...

Tânia se aproxima deles e cobre Mônica com um olhar de ódio mortal.

- Pronto, tio, ela já está aí. Vamos embora?

- Vem comigo, filha. Vamos voltar pra casa. A gente pode criar seu bebê juntos. Eu prometo que ele vai ter tudo que uma criança merece ter. Eu te dou minha palavra de pai.

As mãos de Mônica se agarram ao braço de Cláudio e ele sente essa pressão.

- Não, pai. Por favor, não insista mais.

Os olhos dela se enchem de água.

- O senhor não percebe que está fazendo mal a sua filha? – diz Cláudio. - Vão embora. Deixem a gente em paz. Será que ainda não deu pra entender que nós somos felizes juntos?

- Vocês não podem separar a gente mais, pai. Vão embora, pelo amor de Deus.

- Você tem noção do que fez com a sua família e com a minha vida, Mônica? - Jairo pergunta.

- Tenho... mas eu sinto muito, muito mesmo. E embora você não acredite, eu te amo... muito...

Jairo sente que vai começar a chorar e não quer fazer isso ali. Afasta-se e volta para o carro. Tânia, furiosa, encara os dois e diz:

- Ele pode ter desistido, mas eu não. Escrevam isso. Vocês não vão ser felizes juntos.

Afasta-se também. Cláudio passa o braço em volta do ombro de Mônica e Arnaldo, que até aquele momento não havia pronunciado uma palavra, diz:

- Não levem a atitude do doutor Jairo como ignorância. Ele é só um pai desesperado. Perdoe seu pai, Mônica.

- Como vocês conseguiram chegar até aqui? – Cláudio pergunta.

- Tem gente em Casa Branca que não é tão fiel assim a vocês.

- Quem?

- A enfermeira Leda da Santa Casa. O porquê, vocês vão ter que deduzir sozinhos ou perguntar a ela mesma.

Mônica esconde o rosto no peito de Cláudio e começa a chorar.

- Até logo aos dois e... Feliz Ano Novo. Sinceramente desejo que vocês consigam ser felizes.

Arnaldo se afasta também e entra na viatura. Os dois carros se afastam. Mônica sente as pernas fraquejarem e se apoia em Cláudio que a faz sentar no sofá.

- Você não devia ter saído, Mônica.

- Eu não estou me sentindo bem, ela diz. – Está tudo rodando.

Cláudio sente que ela vai desmaiar e a ergue nos braços. Lucila aparece e ajuda Cláudio a levá-la para o sofá da sala. Karen, que estava deitada, vendo movimento na casa, vai até a sala e ao ver Mônica deitada, preocupada pergunta:

- O que foi que houve? O que é que ela tem?

- Eu ainda não sei... ele diz. – Mônica... fala comigo, amor.

- Vamos levá-la ao pronto socorro agora. Vem. Eu dirijo.

Rapidamente, Mônica é levada ao hospital mais próximo e medicada. Cláudio fica na sala de espera com Karen e coloca o rosto entre as mãos. A cabeça ainda dói muito.

- Você não acha bom aproveitar que está num pronto socorro e pedir alguma coisa pra essa cabeça, filho?

- Isso não é importante, agora, Karen.

- Como não é importante? Se você não estiver bem, não vai poder cuidar dela, filho? Não seja teimoso.

- Já está passando, diz ele, levantando a cabeça.

O médico que cuidou de Mônica na emergência se aproxima deles com uma ficha na mão.

- Foram vocês que trouxeram a paciente Mônica Martinelli Telles?

- Fomos nós, diz Karen.

- Ela já está medicada e está estável, mas vai ter que passar a noite em observação.

- Por quê? - Cláudio pergunta.

- A pressão dela subiu muito e a gente tem que ter certeza de que vai se estabilizar.

- E o bebê? Ela está grávida...

- Por isso mesmo. Se isso não acontecer, pode prejudicar o bebê. Ela tem que ficar pra podermos monitorar isso...

Cláudio não consegue ouvir o resto da explicação. Sente tudo ficar escuro e desmaia.

RETORNO AO PARAÍSO – GILBERTO

PARTE 28

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 01/06/2018
Código do texto: T6352416
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.