RP - O CASAMENTO DE BETO LAGE - PARTE 18

O CASAMENTO DE BETO LAGE

PARTE XVIII

Cláudio coloca a mão sobre a mão da mãe e sorri.

- Dona Lucila... é minha mãe biológica.

Karen olha para Lucila e se levanta lentamente.

- O quê?!

- É isso mesmo. Eu sou filho dela.

- Eu não acredito...

Karen vai se afastar, mas Cláudio se levanta e a segura pelo braço.

- Karen, não faz isso. Ouve primeiro.

- Vocês estão mentindo pra mim todo esse tempo? Ela mentiu pra mim? Eu não acredito! Você é filho de Christy Russel, minha melhor amiga...

- Não sou. Depois, quando você estiver mais calma, eu conto toda a história pra você, mas eu não sou filho dela. Eu fui levado pelo meu avô pra fazenda ainda bebê pra ser criado pelo papai e pela Christy, mas na verdade... minha mãe é ela, dona Lucila.

Karen olha para Lucila que mal consegue erguer os olhos.

- Você mentiu pra mim...

- Ela não mentiu, Karen, Cláudio defende. – Dona Lucila só não te contou, porque...

- Não tive coragem... se adianda Lucila, ainda com lágrimas nos olhos. – Me perdoe, senhora Johnson. Eu nunca quis abusar da sua generosidade.

- Mas foi isso que você fez!

Cláudio intervém.

- Karen... por favor...

- E eu não vejo surpresa no rosto de ninguém aqui. Wagner... Mônica... Vocês também sabiam disso?

- Foi uma sucessão de acontecimentos, Karen, diz Wagner. – Eu fui o primeiro a saber.

- Como assim?

- Eu conheci o meu bisavô, avô da mamãe, em Londres, no final do ano passado. Ele me levou pra lá meio de surpresa. Ele queria me conhecer e tinha também a intenção de se vingar do papai por tudo que ele tinha feito com a minha mãe. Foi ele que me contou a história toda, inclusive que o Cláudio era filho do meu pai com outra mulher. Foi ele também que me deu o endereço dela aqui. O seu endereço. O endereço desta casa. Eu voltei pro Brasil com a missão de encontrar dona Lucila e ajudá-la de alguma forma, fazer o que meu pai não tinha feito.

Lucila olha para ele com admiração.

- Eu e a Linda encontramos a casa, viemos até aqui, mas quando perguntamos por ela pra moça que mora aí do lado, ela disse pra gente no dia que a dona Lucila estava no Emílio Ribas com a patroa, você, que estava doente.

- Isso parece brincadeira... Karen diz, balançando a cabeça.

- Não é. É a mais pura verdade. A gente foi até o hospital, mas coincidiu do Cláudio já estar lá com vocês duas e ele não me deixou entrar pra falar com ela. Ele encontrou a mãe primeiro que eu.

- E na verdade nós acabamos descobrindo até a origem da ligação do seo Leonardo com a senhora, dona Lucila, diz Mônica. – Foi o seu pai quem contou a estória toda. Salomão.

Lucila coloca as mãos sobre a boca, tentando conter o choro, sem sucesso.

- Foi ele quem me incentivou ainda mais a vir procurar pela senhora, continua Wagner.

- Todo mundo sabia de tudo. E eu passando por idiota esse tempo todo, desabafa Karen.

- Ninguém tinha intenção de te fazer passar por idiota, Karen, diz Cláudio. – Se ninguém contou foi porque eu pedi. Eu sabia do receio da dona Lucila em revelar isso a você e respeitei isso. Você ia se doer pela Christy...

- E não devia? Seu pai traiu Christy com ela!

- Não traiu. Quando meu pai se casou com a sua amiga, ela já estava grávida... Ninguém foi mais traída que ela nessa história.

- Isso não está mais em questão, diz Lucila, levantando-se. – A senhora Johnson tem razão. Eu traí a confiança dela.

Ela sai da sala.

- Dona Lucila... Cláudio chama, mas ela não para e vai para seu quarto.

Ele quer segui-la, mas Mônica segura seu braço.

- Deixa, Cláudio. Eu vou falar com ela. Fica.

Mônica vai atrás de Lucila. Cláudio fica e senta ao lado de Karen que está com o rosto escondido nas mãos.

- Você devia ter me contado... ela diz, ainda na mesma posição.

- E você ia fazer o quê? Mandá-la embora?

- Ah... Não sei... Eu convivo há quatro anos com ela e era meu direito saber que ela era sua mãe...

- Mas ela só ficou sabendo que você me conhecia quando eu fui ao hospital e encontrei você, Karen. Nem eu sabia que você estava lá. Ela não tinha ideia que você tinha alguma ligação comigo.

- Eu não sei o que pensar.

- Não pense, ou melhor, pense só que ela é sua amiga de quatro anos e que é minha mãe. É só isso que você tem que pensar.

- Sua mãe...

Karen olha para ele e subitamente consegue ver Lucila nos olhos dele.

RETORNO AO PARAÍSO – O CASAMENTO DE BETO LAGE

PARTE 18

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 14/06/2018
Código do texto: T6363815
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