RP - MARIA CECÍLIA - PARTE 4

MARIA CECÍLIA

PARTE IV

Jairo toca a barriga de Mônica, emocionado.

- Se você veio pra ficar, a gente vai cuidar muito bem dela. Eu te prometo que essa criança vai ter a melhor criação que uma criança pode ter. Ela vai ter todo amor do mundo. Você vai ver. Nossa família vai ser feliz de novo.

Mônica sente uma vontade muito grande de chorar, mas se segura.

- Pai... eu não vim aqui pra falar disso. Eu preciso de você como médico. Como dono desse hospital.

Jairo franze a testa sem entender.

- Como médico? Não estou entendendo, Mônica.

- Eu não vim pra ficar... com você. Eu estou aqui pra internar o Cláudio no seu hospital. Ele está doente e precisa dos serviços do Santa Mônica pra se curar.

A expressão de Jairo muda completamente. Ele se levanta e se afasta dela bem devagar, indo para trás da mesa, sentando-se em sua cadeira. Une as mãos sobre a mesa e pergunta:

- Repita isso, filha, por favor...

- Você entendeu... Eu preciso internar o Cláudio aqui no Santa Mônica pra se tratar. Ele está... com câncer. E eu tenho certeza que, se ele começar a fazer o tratamento aqui, vai se curar rapidamente. Você tem aqui a maior equipe médica de oncologistas do Estado. Doutor Kairan, doutor Henrique, doutora Joice... Eles podem cuidar dele e ele vai sair dessa e se curar dessa doença... com a ajuda deles.

Jairo não consegue se controlar e começa a rir, mas para rapidamente. Mônica fica chocada com aquela reação. Ele olha para ela com mágoa.

- Seu... Cláudio... tem câncer? Eu pensei que Deus não estivesse me ouvindo...

- Pai!

- Eu sabia que ele ia voltar aqui e ia precisar de mim.

- Você não pode estar feliz com isso!

- Não estou feliz. Eu estou vingado. Ele tirou minha vida de mim... Agora depende de mim pra eu devolver a vida dele.

- Papai, não diga isso. É cruel demais.

- Cruel foi o que ele fez comigo! - ele diz, batendo na mesa com o punho fechado.

Mônica se assusta.

- Cruel foi ele me trair seduzindo minha filha e levando ela embora de mim. Eu não estou sentindo nenhuma alegria por ele estar doente. Eu sou médico! Não quero negar nem trair meu juramento, mas ele negou o dele. Ele é pediatra e seduziu uma criança. A minha criança! Minha criança! – Jairo grita.

- Ele não seduziu ninguém, pai! Eu sou apaixonada por ele desde que o conheci!

- Não quero saber! Não quero mais ouvir isso. Ele é casado e isso já bastava pra ele não fazer o que fez com você, Mônica. Ele não podia nem te tocar!

Ela se levanta.

- Essa é sua última palavra?

- Eu não respondi ao seu pedido ainda... Não disse que não vou aceitá-lo.

Um raio de esperança surge no coração de Mônica.

- Eu construí esse hospital com sacrifício com a ajuda do meu irmão pra ajudar pessoas que realmente precisem de ajuda. Construí primeiro em homenagem ao meu pai, que morreu do coração e depois por sua mãe, que sofreu muito antes de morrer de câncer. Não seria justo negar ajuda a quem quer que fosse. Sou capaz até de não cobrar um centavo por isso. Ele ajudou muitas crianças aqui nos dois anos que passou conosco... devo admitir, mas, no caso dele, eu não posso deixar de exigir um preço. Ele me deve muito...

- Que preço?

- Volte pra casa. Volte a morar comigo... e ele será tratado pela nossa equipe com todo zelo que o Santa Mônica habitualmente pratica e eu te garanto que ele ficará curado. Nós faremos o possível.

- Você está pedindo... pra eu deixá-lo?

- Não... Estou pedindo pra você voltar pra casa, de onde nunca devia ter saído.

Mônica olha para o pai com tristeza.

RETORNO AO PARAÍSO – MARIA CECÍLIA

PARTE 4

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 26/06/2018
Código do texto: T6374084
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