RP - MARIA CECÍLIA - PARTE 5

MARIA CECÍLIA

PARTE V

Mônica olha para o pai com tristeza.

- Eu não posso fazer isso...

- Pode sim. Eu já disse que aceito sua filha e terei o maior prazer em criá-la com você, mas longe dele.

Mônica balança a cabeça, negando.

- Você não precisa responder agora, filha. Não conheço o caso dele, nem quanto tempo ele tem. Vamos precisar examiná-lo primeiro. Está em suas mãos, meu anjo. A vida dele está em suas mãos. Eu vou estar aqui esperando por você, como estive todo esse tempo.

Mônica dá as costas e vai sair, mas Jairo a chama:

- Filha...

Ela para sem se voltar para ele.

- Eu ainda te amo demais e estou disposto a te perdoar por tudo que eu passei nesses dias, desde que descobri que você estava grávida. E ainda digo mais, sou capaz até de perdoá-lo também e retirar a queixa que ainda está valendo na delegacia de Casa Branca contra ele... se você voltar pra casa. É só o que eu quero.

As lágrimas rolam pelo rosto dela, enquanto sai da sala. Depois que a porta se fecha, ela encosta-se a ela e coloca a mão sobre a boca, chorando copiosamente.

Sai dali apressada e desce, indo diretamente para o carro, sem falar com ninguém. Dentro do carro, Mônica esconde o rosto nos braços apoiados no volante e chora mais ainda. De repente ouve uma voz conhecida chamar o nome dela:

- Mônica?

Levanta o rosto e olha para a janela do carro. Henrique está ali, olhando para ela, assustado.

- Oi, você está bem?

- Estou... ela diz, ajeitando os cabelos e dando a partida no carro, querendo sair dali, mas ele a faz parar.

- Não, não parece estar. O que aconteceu? Você foi falar com seu pai?

- Me deixa, Henrique. Eu já estou indo embora.

Ela arranca com o carro, dando ré e saindo dali em velocidade. Henrique estranha e fica preocupado. Volta rapidamente para dentro do hospital.

Na fazenda Quatro Estrelas, depois da discussão tida com Cláudio, Leonardo quer subir atrás dele, mas Magda não deixa porque certamente eles discutiriam novamente. Ele então vai para a biblioteca, visivelmente nervoso. Ela sobe e vai falar com o enteado. Quando chega diante da porta do quarto dele, ela bate levemente.

- Cláudio... posso entrar, filho?

Segundos se passam e a porta se abre. Cláudio olha para ela e vai sentar-se de novo na cama. Magda entra e se senta ao lado dele.

- Eu sei que você não quer conversar... e eu te entendo, mas tenha paciência com seu pai. Ele está destruído por dentro com todas essas notícias...

Cláudio abre a gaveta do criado ao lado da cama e retira de lá uma caixa de comprimidos. Destaca dois deles, apanha o copo de água que já está sobre o criado e toma.

- O que é isso? - ela pergunta.

- São pra dor... Um médico de São Paulo me receitou... Magda... minha cabeça está estourando... Eu queria... deitar um pouco... Só deixei você entrar... porque sabia que você entenderia. Eu não quero mesmo falar sobre isso. A dor de cabeça vai passar e quando passar, eu desço pra conversar com vocês, ok?

- Promete?

- Prometo... Cadê a Mônica?

- Saiu...

- Saiu? Sozinha?

- Pegou seu carro e... acho que foi pra cidade.

- Foi pra cidade? Fazer o quê?

- Não sei... A última coisa que ela disse é que ia resolver isso de uma vez por todas.

Cláudio olha para ela assustado e coloca as mãos na cabeça, fechando os olhos com força. Ele se deita no travesseiro. Magda se assusta e coloca a mão em sua testa, sentindo-a muito quente.

RETORNO AO PARAÍSO – MARIA CECÍLIA

PARTE 5

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 26/06/2018
Código do texto: T6374157
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