RP - MORRE UM ANJO... - PARTE 8

MORRE UM ANJO...

PARTE VIII

Wagner sorri, ao ver que os velhos hábitos são difíceis de serem deixados, pois Julian não consegue chamá-lo pelo nome. E percebe que vai ser complicado tirar Julian daquela casa.

- Julian, você quer ir pro Brasil comigo?

- (Ir pro Brasil... com... você?).

Wagner ri.

- Conseguiu! Viu como não é difícil?

O mordomo sorri timidamente.

- Você quer? A gente tem uma casa na fazenda que não é habitada por ninguém. É pequenininha, mas é muito legal. Você moraria lá e a gente ia cuidar de você.

- (Eu não falo muito bem o português... Entendo alguma coisa, mas...).

- Isso é o de menos. Convivendo com as pessoas, você aprende rapidinho.

Julian pensa por um momento.

- (Acho que não seria uma boa ideia... Eu estou muito velho pra me arriscar em morar num outro país, com outros hábitos... outra cultura... outra temperatura... Acredito que não daria certo, mas obrigado pelo convite.).

- Tudo bem... Acho que eu estou pedindo demais de você. E se a gente arranjasse um lugar pra você, aqui na Inglaterra mesmo? Uma casa, um sítio em algum lugar tranquilo... Tem algum lugar aqui em Londres ou no interior do país que você goste, com que você se identifique?

Julian para e pensa outra vez.

- (A família da minha mulher é de uma cidade, o condado de Lincolnshire, no norte da Inglaterra. Eu a conheci lá. Era um lugarzinho muito sossegado e acolhedor. Eu gostava muito desse lugar quando era mais jovem.)

- Lincolnshire... É, pode ser... Eu vou pedir pro Bartley procurar alguma casinha pra você por lá. Acho que não deve ser complicado. Enquanto isso, ele vai adiantando os papéis pra sua aposentadoria. A gente vai fazer alguma coisa pra você ficar sossegado pro resto da sua vida. Você merece por tudo que fez pelo meu avô. Você só vai seguir ordens ou servir os outros depois, se você quiser.

- Thank you...

Julian se levanta e, antes de voltar para seus afazeres, diz:

- (Eu já sinto muita falta da senhorita Linda nessa casa... A impressão que eu tenho é que ela vai descer aquelas escadas e me dizer o que fazer para o almoço...).

Wagner não diz nada. As palavras não conseguem sair da garganta. Fica olhando para o mordomo afastar e olha para o telefone, lembrando que tem que ligar para a fazenda para contar à família o que aconteceu. Só não encontra coragem.

CASA BRANCA

Cláudio tem alta do hospital e volta com Mônica e o pai para a fazenda. Ele chega à conclusão de que não vai conseguir cuidar de si e de Mônica ao mesmo tempo e, estando ali, perto da família, terá o apoio de todos e muita gente para cuidar dela.

Logo que chegam à fazenda, Magda, as meninas e Matilde vêm recebê-lo. Os adultos entram na casa. As meninas ficam no terreiro e continuam brincando. Matilde volta para a cozinha.

A pedido de Cláudio, eles se sentam na sala para conversar, pois ele tem um pedido a fazer ao pai. Leonardo já espera que o filho vá brigar com ele e dizer que vai embora, por isso tenta mais uma vez tocar o coração de Cláudio.

- Eu estou muito feliz por você ter voltado pra cá, filho.

- Eu não tinha escolha, tinha? Eu não pude nem dirigir meu carro até aqui.

Todos riem.

- O que você queria nos dizer, filho? - Magda pergunta.

Cláudio respira fundo e começa:

- Eu... decidi continuar o tratamento aqui mesmo. Nós não vamos voltar mais pra São Paulo... por enquanto.

Todos ficam muito felizes e Magda e Leonardo ficam particularmente aliviados.

RETORNO AO PARAÍSO – MORRE UM ANJO...

PARTE 8

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOA TARDE!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 05/07/2018
Código do texto: T6382217
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