RP - MORRE UM ANJO...- PARTE 16

MORRE UM ANJO...

PARTE XVI

Tânia mal consegue pensar naquela hipótese. Sente o peito doer.

- Eu nunca quis isso... Eu te amo. Eu não consigo te fazer acreditar que eu ainda te amo, Cláudio. Eu não consigo nem pensar na minha vida sem você aqui. Eu te amo demais...

- Eu lamento tanto não ter feito você feliz como você merecia. A gente foi vítima de um grande engano dos nossos pais. Eu já te pedi desculpas por isso várias vezes e ainda espero que você me perdoe... por tudo.

Ela se abraça com ele e chora muito.

- Eu não sei se consigo... ela diz.

- Tenta... ele fala, retribuindo seu abraço com carinho. – Se você diz que ainda me ama... tenta. Só vai te fazer bem.

Tânia não resiste àquela proximidade entre eles e o beija. Cláudio não retribui, mas não recusa o beijo. Quando ela afasta o rosto do dele, percebe que essa distância entre eles está maior que antes e não tem mais volta. Ela se afasta, ajeita os cabelos, enxuga o rosto.

- Você não é mais meu... não é?

Ele não responde. Ela consegue dizer.

- Eu... te perdôo. Só não me peça pra aceitar você vivendo com ela. A sua amante... eu nunca vou perdoar.

- Ela não é minha amante. É a mulher que eu amo e mãe da minha filha. Nunca quis tirar nada de você, Tânia.

- Mas tirou... seu amor por mim...

- Meu amor por você era diferente... Existia... mas era diferente. Eu não espero nem posso exigir que você entenda, mas essa é a verdade. Eu ainda tenho muito carinho por você e te respeito muito, mas... não é amor.

- Não importa mais...

Ela vai até a porta, se volta e termina:

- Seja feliz... pelo tempo que você tem de vida.

Ela sai. Cláudio se senta e respira fundo, aliviado, mal acreditando em tudo que se passou ali. Bárbara volta à sala e vai sentar-se atrás de sua mesa.

- Vi que vocês conseguiram conversar civilizadamente.

Ele sorri e se volta para ela.

- Pois é... Agora não interessa mais pra ela ficar me jogando pedras. Sua filha me perdoou...

- Eu estou feliz por você. E você, está feliz?

- Estou mais leve.

- Você já se perdoou?

Ele se levanta, vai até a janela e olha para a igreja do Desterro há poucos metros dali.

- É por isso que está acontecendo tudo isso comigo, Bárbara... Eu não me perdôo... porque eu não me arrependo de nada. Se eu pudesse viver minha vida de novo... faria tudo pra não magoar ninguém. Você, ela, Jorge, doutor Jairo... mas, se não tivesse outro jeito... eu faria tudo de novo... do mesmo modo.

- Você ainda quer trabalhar aqui?

Cláudio olha para ela.

- Quero.

- De graça, sem salário?

- Do jeito que você quiser.

- Com o risco de encontrar minha filha e meu cunhado de vez em quando? Você está em condições de passar por esse estresse?

- Quero arriscar. Eu já saí demais da minha zona de conforto.

- Então venha. Vai me ajudar muito.

Ele sorri e se aproxima dela, pegando sua mão e beijando-a.

- Obrigado.

Quando volta à fazenda, ao passar pela alameda em direção à casa grande, Cláudio vê Mônica saindo da capela. Para o carro, sai dele e espera por ela, encostado no veículo. Ela também o vê e se aproxima devagar, sorrindo. Cláudio a abraça.

- E aí, garota? Tudo bem?

- Eu é que pergunto... Tudo bem? Eu estava aqui agoniada, preocupada com você. Como foi com a tia Bárbara?

- Começo a trabalhar amanhã, duas vezes por semana. Terças e quintas.

- Que bom! Eu sabia que a tia Bárbara ia aceitar.

Ele desliza a mão por seu braço.

- Eu encontrei a Tânia lá.

Mônica olha para ele, preocupada.

- Calma, a gente só conversou. Pela primeira vez em anos, eu conversei com ela sem brigar.

- Verdade?

- Verdade. Ela... até me deu o divórcio.

Mônica encosta o rosto no peito dele e fica em silêncio.

- Não vai dizer nada? – ele diz, beijando o alto de sua cabeça.

- Eu não tenho nenhum interesse nisso.

- Você não quer se casar comigo, digo, legalmente?

Ela ergue a mão esquerda e olha o anel.

- Eu já estou casada com você, lembra? A gente se casou nessa capelinha outro dia.

Cláudio beija o anel e a mão dela. Depois a faz olhar para ele e desliza a mão por seu rosto, beijando-a.

- Foi o que eu disse pra ela. Mas eu quero perguntar a sério agora. Você não faz questão disso, mesmo?

- Não... Primeiro que eu precisaria da autorização do meu pai e acho que isso vai ser mais difícil conseguir. Ele relaxou a pressão sobre nós dois, mas acho que nunca me deixaria casar com você. Não vale mais a pena ficar pensando nisso.

- Tem razão. A gente já conseguiu muito até agora. Pra que mexer nisso?

- Esse assunto já devia estar encerrado.

- E está, ele diz, beijando-a. – Vamos pra casa?

Ela concorda. Cláudio abre a porta do carro e ela entra. Voltam juntos para a casa grande.

RETORNO AO PARAÍSO – MORRE UM ANJO...

PARTE 16

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOA TARDE!

ACABEI DE CHEGAR DE CASA BRANCA.

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 09/07/2018
Código do texto: T6385463
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