CADA DETALHE - cap. III

Nada para trás ficou, só as recordações de coisas boas entre dias de Sol e dias de chuva, para molhar a vida com as lágrimas do amor, mas também enxugá-la com o brilho do amor e o seu calor. Tudo isso faz bem ao coração. Tudo isso é um sentimento bom que surge devagar, de passo em passo no coração de que sabe amar.

O amor faz parte e a paixão é a arte de quem sabe viver no melhor caminho entre os detalhes. Vida e amor, paixão e sabor para se saber andar nos trilhos da vida sem se perder. Só o amor para sanar a dor que abraça sem se querer, é o ser a ausência de outro alguém tão mais intenso no coração. É o ter a ausência quando não se queria. Mas paciência, a hora da verdade chega.

As lembranças corroem a nossa memória e varrem, a cada dia, a nossa infância, muitas vezes solitária. Quer a presença tão mais perto e intensa. Lembranças boas, isso é o que ela queria por todos os dias de sua vida. Lembranças trazem à memória o querer de um tempo bom que se viverá pelos dias seguintes.

Os dias belos, as coisas belas se vivem com grande degustação, que prova o gosto pelo paladar do desejo. Entre as opções de amor e paixão, a melhor de todas era abraçar esse sentimento bom para sempre e ser feliz. A arte da vida é exatamente isso, viver para ser feliz. Mediante esse preceito, encerra-se tudo.

E quanto mais se conhece, mais se quer conhecer; em especial, o coração adolescente no caminho da curiosidade e da descoberta, dos significados e das significações. Cada detalhe cravado em cada percurso de seu caminho e redigido na arte de viver os seus dias futuros. Vivendo e aprendendo o princípio verídico do querer em todo tempo estar em ascensão.

Vitória aprendeu tão cedo a aproveitar cada passo, cada percurso vivido de maneira sólida e consciente. Aprendeu e apreendeu esse princípio. Sabendo ela que muitas coisas viriam para lhe redirigir ou redirecionar algum ponto fixo que teria ficado em falso.

Mas a razão implícita estava cravada no seu futuro destino. Ela só teria ao certo que descobrir em que ponto fixo do tempo estava estacionado o seu eixo giratório. Em certo momento do tempo tudo aconteceria e ela teria paciência para ver isso ser realidade.

Cada amigo era uma oportunidade de crescer, aprender e amar. E ela valorizava cada princípio de amizade atado entre os trâmites de cada acordo bom. Crescer como se crescem as boas amizades veteranas. Aprender e apreender com os princípios de uma amizade solidificada na confiança e inteireza de corações amáveis. E amar por toda a vida o princípio verdadeiro da construção cotidiana entre afetos e sentimentos para com o próximo, tão amável quanto a si.

Ela sabia cativar com os detalhes do amor. Ela sabia ser, com o calor da paixão verdadeira, de um afeto inteiriço pela vida. Ela colhia cada detalhe e, com o feixe desses detalhes, seguia construindo a sua escala em direção ao centro da felicidade. Ela colhia, peneirava e armava no princípio do amor intenso, para se dizer posteriormente: a melhor parte é amar. Subia as vidas da aprendizagem e apaixonava ainda mais. Assim era a menina Vitória caminhando na arte de cada detalhe pelo caminho bom dos desejos entre descobertas apaixonantes pela vida.

Do romance infanto juvenil VITORIANA: o início de tudo, de Hertrh Alessantrus.