MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS) - PARTE 3

MI – UMA GAROTA MUITO ESPECIAL

PARTE III

Alguém bate à porta e Matilde vai abrir. É Lucila, que entra com ela. Magda se ergue e vai recebê-la, abismada, sem saber se é uma coincidência com o que a menina disse ou não.

- Bom dia, Magda, diz Lucila. – Eu sei que vocês já estão almoçando, mas tomei a liberdade de trazer uns bolinhos de aipim que eu fiz. Eu sei que a Maria Cecília adora...

- Ah, obrigada, Lucila. É muito gentil da sua parte. Quer almoçar conosco?

- Não, obrigada, já almocei.

- Dona Lucila, a Maria Cecília esteve na sua casa hoje? - Wagner pergunta.

- Não, hoje não. Faz uma semana que eu não a vejo. Estou até com saudades. Trouxe os bolinhos como desculpa mesmo para vê-la. Eu sei que ela não pode ir até lá sozinha e nem eu quero que vá. Por quê?

- Não... por nada.

- Mas você sabe que sempre que quiser vê-la, pode vir até aqui. Não precisa de desculpas pra isso, diz Leonardo.

- Eu sei...

- Vó Lucila!

Maria Cecília desce as escadas correndo, muito contente ao ver a avó na sala e se joga em seus braços, abraçando-se a ela.

- Que saudade, minha princesa, diz Lucila, beijando sua testa e acariciando seus cabelos.

- Me leva na sua casa? Eu posso ir, mãe?

- Pode, filha, mas eu preciso conversar com você antes, pode ser?

- Conversar o quê? O que foi que eu fiz? - pergunta a menina, preocupada.

- Você não fez nada. Vem comigo até a biblioteca, meu amor. É só um minutinho.

- Eu volto já, vó.

- Eu espero você aqui, meu anjo.

- Vem aqui na cozinha comigo, Lucila, me dar a receita desses bolinhos que eu acho que a Matilde perdeu.

As duas vão para a cozinha, Mônica vai com a filha para a biblioteca. Leonardo fica com Wagner na mesa, ambos intrigados com o que aconteceu.

- O que você acha disso, pai? A Mi não é de mentir. Será verdade que ela fala com o pai mesmo?

- Não sei... Vamos esperar que a Mônica fale com ela. De qualquer modo, a gente sabe que ela tinha uma ligação muito forte com Cláudio desde antes de nascer.

- Mas você acredita nisso? Que ele apareceria pra ela com essa facilidade que ela diz? Eu sempre soube que meu irmão tinha um pé na terra e outro no céu, mas... a esse ponto... É surreal demais.

- Não me surpreenderia nada se isso for verdade. Ele amava demais essa menina, muito antes de ela nascer.

Na biblioteca, Mônica coloca a filha sentada na cadeira atrás da mesa e fica em pé diante dela.

- Filha, você disse lá na sala que seu pai disse pra você que sua avó viria até aqui... Quando isso aconteceu?

- Hoje cedo, mãe. Ele sentou na cadeira do vô como sempre faz e me disse. Eu estava lendo.

Mônica olha para a cadeira de espaldar alto no canto do aposento e fica sem saber o que dizer.

- Isso acontece sempre, mamãe. Depois eu fui pegar o Diamante pra passear com ele um pouco e ele foi me ajudar.

- Seu pai... foi te ajudar...

- Ele sempre aparece, quando eu estou sozinha.

Mônica olha para o quadro com o retrato de Cláudio na parede à sua frente e sente um arrepio percorrer seus braços.

- Desde quando? Quando foi a primeira vez que você o viu?

- Ah, eu tinha... uns cinco anos. Eu lembro de ter contado isso pra você, mas acho que você não acreditou muito.

- Conta de novo, filha?

RP – MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS...)

PARTE 3

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 02/08/2018
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