MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS) - PARTE 11

MI – UMA GAROTA MUITO ESPECIAL

PARTE XI

Os olhos de Wagner brilham e ele balança a cabeça confirmando. Ela pega a mão do padrinho.

- Meu pai disse... que a Linda está bem. Ele não a vê muito, mas ela está numa vibração muito boa e está feliz. Quando ele morreu, ela já tinha morrido e eles demoraram um tempo até se encontrarem, mas logo ele começou a trabalhar como médico lá onde eles estão e...

- Onde eles estão?

- No céu, dindo, não me peça pra explicar. É simples e... meio complicado. Meu pai sabe explicar melhor...

- Continua... Depois...?

- Ele cuidou por um tempo dela. Ela estava bem triste. Sofreu bastante quando desen... desenca...

- Desencarnou...

- Isso. Quando morreu daquele jeito triste. Estava sentindo muita falta de você, mas que se recuperou aos pouquinhos e agora está bem. Ainda sente sua falta também, mas não quer que você sofra por causa dela, porque nada do que aconteceu com ela foi sua culpa.

Wagner começa a chorar e beija a sobrinha.

- Como ela morreu, tio?

- Não interessa mais, amor. Só interessa isso que seu pai te disse. Que ela está feliz.

- Meu pai gostaria que você refizesse sua vida. Esquecesse a Linda e olhasse pra outras pessoas, tentando encontrar em outra garota o que via nela. Ele diz que tem alguém nesse mundo já esperando por todo esse amor que você tem dentro de você e que você perdeu muito tempo, sofrendo por nada.

- Por nada... Ele não está dentro de mim pra saber o que significou a morte dela pra mim... Até morto ele quer me criticar, me dar ordens, caramba... ele fala em voz baixa, enxugando o rosto, aborrecido.

Maria Cecília sorri.

- Ele disse que é por isso que não aparece e não fala com você. Você é muito cabeça dura.

- Ah, ele disse isso, é?

Wagner olha para o céu.

- Não precisa se preocupar comigo. A minha vida é muito mais tranquila sem você pegando no meu pé... egoísta.

Maria Cecília ri e se abraça ao padrinho, que se abraça com ela também, chorando de novo. Chico se aproxima deles e fala, ofegante.

- Meu Deus! Graças a Deus vocês estão aqui. A dona Magda ficou muito preocupada quando a gente foi avisar que o Apache e o Diamante chegaram na fazenda sozinhos sem vocês. Ela está esperando vocês pra jantar, seo Wagner.

Os dois se levantam, limpam as roupas e riem.

- Acho melhor a gente correr. Se não nós dois vamos apanhar da vó!

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Três dias depois, Wagner vai até a cidade para pagar contas da casa e da fazenda no banco. Ao sair da agência, ele entra no carro e desce a José Júlio com intenção de parar no restaurante Barão para comprar uma garrafa de água, pois o calor está insuportável.

Estaciona o carro diante do restaurante e quando está prestes a entrar, vê, virando a esquina, uma pessoa que ele reconhece, mas que não vê há muitos anos: Janete.

Ela vem subindo a rua tendo um garoto de mais ou menos dez anos pela mão. Ao vê-lo, ela também para, devido à surpresa e ao susto. O garoto quer continuar, mas ao ver que ela parou reclama:

- Vamos logo, mãe, estou com fome!

Ela não ouve suas reclamações, pois não consegue dar mais nenhum passo. Fica parada. Wagner se aproxima dela devagar.

- Janete?

Ela não responde. O menino se solta da mão dela e diz:

- Eu vou na frente e peço o almoço pra gente. Digo pro Gerson que você já está indo, posso?

- Pode, ela diz, sem tirar os olhos de Wagner.

Ele também está surpreso diante dela.

- É você mesmo?

- Wagner...

- Você voltou? Você... está morando aqui de novo?

- Não... Vim visitar minha avó. Ela está muito doente.

- Você está tão... diferente. Está mais bonita...

Janete baixa os olhos, mas respira fundo e ajeita os cabelos, voltando a encará-lo.

RP – MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS...)

PARTE 11

OBRIGADA!BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 04/08/2018
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