MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS) - PARTE 21

MI – UMA GAROTA MUITO ESPECIAL

PARTE XXI

Cláudio ri quando a filha diz que nunca vai querer se apaixonar na vida.

- Não diga isso. Você me lembra sua tia Diana quando tinha sua idade. Ela dizia a mesma coisa. Graças a Deus, o tempo a fez mudar de ideia e ela está feliz com o namorado. Eu peço que Ele não dê importância a esse seu pensamento. O amor é o primeiro e o único sentimento que as pessoas têm que se orgulhar em sentir. Você é muito jovem pra saber disso, mas vai ver no futuro que vale muito a pena amar. Você existe... porque eu amei sua mãe demais.

- Amou?

- Ainda amo... como amo você.

- Mas está longe dela...

- Não preciso estar perto dela pra amá-la. Já te expliquei isso. A Janete também amou muito seu padrinho. Infelizmente ele não estava com a cabeça e o coração voltados pra ela, mas de uma forma ou de outra, toda criança é gerada com algum tipo de amor. Inclusive esse filho que eles têm. Independente do relacionamento dos dois, ele os amou muito. Amou tanto a ponto de nascer deles.

Uma ruga aparece na testa da menina.

- Você está confundindo minha cabeça...

- Não se preocupe. Eu explico tudo no tempo certo, quando você estiver pronta pra receber a explicação. Mas eu acho que você vai entender sozinha... no devido tempo. Por agora, não se preocupe, seu padrinho vai conseguir se aproximar do filho dele.

- E vai demorar?

- Paciência, garota... Eu já falei demais...

- Estou muito curiosa pra conhecer meu primo. Ele tem a mesma idade que eu, não tem?

- Um pouquinho mais novo. Ele é de setembro.

- Cinco meses só.

- E você já sabe... Nenhuma palavra sobre isso com seu dindo. Posso confiar em você?

- Vai ser difícil, mas eu consigo.

- Se surgir aquela... vontade de dizer alguma coisa pra ele, quando ele estiver desanimado ou triste, como você estava agora a pouco, só... seja positiva e diga que vai dar tudo certo, se ele seguir o coração dele.

- É a regra de ouro. Seguir o coração, ela diz, sorrindo.

- Essa é minha garota.

Maria Cecília vê Matilde vir se aproximando.

- Maria Cecília! Cadê você, menina! Sua avó está chamando!

Ela ia olhar para o lado pra dizer ao pai que tinha que ir, mas ele não está mais lá. Só murmura.

- Tchau, pai, te amo.

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Wagner não se contentou só com a visita que a madrasta fez para dona Joana e resolveu ele mesmo voltar até a casa dela para tentar falar com Janete pessoalmente, para resolver de uma vez o impasse sobre seu filho.

O carro para um pouco distante da casa, na esquina, e ele vai a pé até lá. Chega à frente do portão e não bate. Entra e toca a campainha, já na porta. Quem vem abrir é justamente André, que ao vê-lo, se surpreende e olha para dentro da casa, temendo que a mãe apareça.

- Oi.

- Oi, André. Tudo bem?

- Minha mãe está ocupada, ele diz em voz baixa, meio assustado.

- Eu posso falar com você então? Aqui fora.

O menino continua com a mão na maçaneta da porta e não a abre totalmente.

- Acho melhor não...

- Por quê?

- Ela não quer mais que eu fale com você. E se eu falar... vai sobrar pra mim.

- Sobrar como?

- Ela prometeu me arrancar o couro se eu teimasse. Não estou a fim de apanhar.

- Ela te bate aqui?

- Aqui não, porque a bisa não deixa. Mas...

Wagner coloca a mão na porta e não força sua entrada, mas segura o braço do menino e o puxa para fora.

MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS...)

PARTE 21

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 08/08/2018
Código do texto: T6412737
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