MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS) - PARTE 59

MI – UMA GAROTA MUITO ESPECIAL

PARTE LIX

Mônica coloca as mãos no rosto e procura se controlar e acordar daquela emoção. A porta se abre e Maria Cecília entra por ela.

- Bom dia, mamãe!

- Bom dia, meu raio de sol!

As duas se abraçam e Mônica a beija longamente. Quando se afastam, a menina vê a carta em sua mão e pergunta:

- O que é isso?

- Uma carta, o que parece?

- Uma carta? De quem?

- Do seu pai... pra você, amor.

Maria Cecília olha para a mãe, sem acreditar.

- Carta do meu pai, pra mim? Como assim?

Ela pega o envelope e fica olhando para ele.

- Você já leu?

Mônica balança a cabeça afirmando.

- Eu tive que ler. Encontrei na sua gaveta e não resisti. Seu pai esteve aqui comigo... agora.

A menina olha para a mãe, abismada e feliz.

- Ele veio falar com você também?

- Veio.

- E o que ele disse?

- Isso não importa, amor. Ele disse o que você já sabe: ele te ama demais e vai amar a nós duas pra sempre. Eu só queria que você não contasse isso pra ninguém ainda. Não hoje.

- Não digo pra ninguém. Segredo nosso, meu, seu e dele. Estou tão feliz, mãe!

Maria Cecília abraça a mãe.

- Posso abrir a carta?

- É sua, minha princesa, mas você não quer ir tomar seu banho primeiro pra começar a se arrumar pra sua festa?

- Não, quero ler agora. Deixa?

- Tudo bem... Ela não é muito extensa, mas é muito linda.

Maria Cecília retira a carta do envelope, senta-se ao lado da mãe e começa a ler apenas com os olhos. Enquanto isso, Mônica acaricia os cabelos da filha, beijando sua cabeça, abraçada a ela.

Quando termina de ler a carta, Maria Cecília se abraça à mãe e não consegue dizer nada. Chora em silêncio. Passada a emoção, ela pega a carta e diz:

- Eu tenho vontade de mostrar essa carta pra todo mundo, principalmente pro dindo que eu sei que ainda duvida que eu converso... conversava com meu pai.

- E se mesmo assim ele ainda não acreditar? Essa carta é real e foi escrita no dia em que você nasceu...

- Mas como você explica ela ter ficado na minha gaveta por treze anos e ninguém ter encontrado, mãe? Isso não é demais pra cabeça? É claro que meu pai sabia dela e quis que ela ficasse escondida de mim até agora. Aí ele mesmo deu o jeito dele e veio colocar no mesmo lugar que ele deixou pra eu encontrar... Eu não, você! Ele já tinha intenção de falar com você, como falava comigo, hoje, no dia no meu aniversário de treze anos.

- Tudo bem, mas como eu disse, não conta nada pra ninguém hoje. Vamos só comemorar seu aniversário com traquilidade, sem emoções fortes. Combinado?

- Está bem. Guarda pra mim? – ela diz, entregando a carta para a mãe. – Eu vou tomar meu banho e me trocar.

- Guardo, Mônica concorda, segurando e colocando a carta junto ao peito. – Filha...

- Quê?

- Feliz aniversário, meu tesouro!

Mônica a abraça forte. Maria Cecília vai tomar seu banho. Mônica vai colocar a carta no mesmo lugar onde a achou e começa a arrumar as roupas da filha sobre a cama.

Enquanto faz isso, sorri sozinha, sentindo a alegria de ter visto Cláudio mais uma vez.

- Está rindo do quê?

É Wagner que pergunta. Ele entrou pela porta aberta e a viu distraída. Mônica se assusta e se volta para ele. Quando o vê, continua sorrindo.

- Oi, compadre! Bom dia!

- Interrompo alguma recordação feliz?

Ela passa as duas mãos pelo rosto.

- Eu resolvi que não vou pensar em coisas tristes hoje. Minha filha está fazendo treze anos!

- Treze vivas a isso! Vamos tomar café? Eu vou até Ribeirão Preto buscar o André depois.

- Tomara que a Janete não seja contra...

- Treze tomaras a isso também!

Mônica ri.

MI - UMA GAROTA MUITO ESPECIAL (DOZE ANOS DEPOIS...)

PARTE 59

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/08/2018
Código do texto: T6426246
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