AMANDA II - NINHO (1989) I - PARTE 3

III – NINHO (1989)

Amanda também olhava para o namorado. Marco deslizou os dedos pelo rosto dela e a beijou, suave e ternamente.

- Eu dou o fogão! - falou Teo, erguendo o dedo indicador, percebendo que a coisa estava ficando romântica demais, o que o deixava meio nervoso.

Marco olhou para ele e sorriu, voltando a expressão de moleque de sempre.

- Oba! Falou, padrinho!

E bateu na mão que Teo ergueu no ar.

- Bom, pombinhos, eu vou nessa. Marcão, parabéns... de verdade.

- Marco! - ele estrilou, pois não gostava quando o amigo o chamava assim.

- Desculpe... Marco, consertou ele, apertando a mão do amigo.

- A gente vai sair hoje à noite? Não quer vir junto?

- Nós três?

- Nós três e mais a turma da faculdade.

Teo fez uma careta e balançou a cabeça, não aceitando o convite.

- Por que não?

- Turminha da faculdade, outra realidade, meu...

- Está com ciúme... Amanda falou, sorrindo.

- Frescura! - disse Marco. – Você tem que parar de colocar barreiras entre você e a minha turma. São meus colegas também. Eu não tenho culpa se você parou de tentar. Eu aceito isso, se é a sua vontade, mas não me exclui da sua vida, por causa disso. Eu corto relações de novo, hein!

Teo olhou para Amanda.

- Que cara mais radical, credo! Com ele agora é tudo ou nada. Culpa sua, viu, boneca? - ele falou, beijando Amanda no rosto

Ela riu, divertindo-se com o humor característico dele.

- Vai ou não vai? - Marco perguntou, sério.

- Eu vou! Pronto! Passa em casa às sete.

- Legal!

Teo beijou Amanda novamente, bateu no ombro no amigo e foi para a porta. Quando chegou lá, voltou-se e falou:

- Juízo, hein! Não façam nada que eu não fizesse, sozinhos aqui dentro.

Os dois riram e ele também, indo embora em seguida.

Amanda olhou para Marco e ele para ela, beijando várias vezes seu rosto.

- É nosso mesmo? - ela perguntou.

Ele balançou a cabeça, confirmando.

- Eu nem acredito...

Marco a beijou na boca, doce e longamente. Depois disse, baixinho.

- Vou te contar um segredo...

- O que é? - ela perguntou, sorrindo.

- Eu fui falar com o padre que casou a gente no hospital.

Ela olhou para ele rapidamente.

- E...?

- Eu marquei nosso casamento... de novo... pra sete de outubro...

Amanda ficou olhando para ele, sem acreditar, imaginando que ele estivesse brincando.

- Sete de outubro... do ano que vem?

- Sete de outubro desse ano.

- Mas isso é daqui a... sete meses!

- Muito cedo? Se você não quiser, eu vou lá e cancelo tudo...

- Não!... Não cancela nada, mas... é loucura! Só que... nossos pais não vão concordar com isso!

- Seu pai vai se casar também com a Rita em abril e ela dobra ele, que eu sei.

- Ela sabe?

- Ninguém sabe, só eu, você e o padre. Vamos ter problema com meu pai, mas, até lá ele já vai ser papai de novo e vai ter outras preocupações bem diferentes.

- Mas por que você fez isso sem me dizer?

- Eu tive medo que você tivesse medo... como eu tinha....

- Se você estava com medo, por que fez?

Ele respirou fundo e respondeu apertando-a nos braços com mais força.

- Porque o medo de perder você era bem maior. A gente já está casado. Isso ninguém muda mais. E eu acho que não vou conseguir ficar mais um ou dois anos fingindo que ainda sou solteiro e ficar nessa de... namoro, por mais tempo. Eu quero você comigo, sempre... e logo...

- O padre não falou nada? Não deu contra?

- Não. Ele é mais romântico que eu. Sabe que a cerimônia que fez foi séria e pra valer. Só precisa que você vá lá depois e confirme que também quer se casar comigo de novo. E desta vez vai ter o lance do cartório, assinatura de papéis na igreja... essas coisas... Só depende de você dizer que quer.

- Eu quero, ela disse, olhando nos olhos dele.

Marco a beijou.

- Isso é um segredo, não esquece.

- Mas eles vão ficar sabendo, mais cedo ou mais tarde.

- Vão, claro que vão. Nas férias de julho, depois que o meu irmão nascer, eu conto tudo pro meu pai e pro seu.

- Você acha que o apartamento já vai estar mobiliado até lá?

- A gente dá um jeito. Eu vou começar a estagiar na agência da Rita no mês que vem. Ela vai me pagar até que bem pro começo e eu coloco todo o dinheiro na mobília.

- Ela pode me arranjar outro comercial pra fazer. Aí, é uma ajuda a mais.

- Pode ser...

Amanda afastou-se um pouco dele e começou a olhar em volta.

NINHO (1989)

PARTE III

DEUS ESTÁ EM TODAS AS COISAS

OBRIGADA E QUE ELE LHES DÊ UM BOM DIA!

SONHAR FAZ PARTE DO CRESCER E AINDA É DE GRAÇA!

Velucy
Enviado por Velucy em 10/10/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6472156
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