AMANDA II - DÚVIDA VII-PARTE 5

V – DÚVIDA

Amanda respirou fundo.

- Se é assim que você pensa...

Amanda ia se afastar e ele a segurou pelo braço.

- Eu não vou ficar zangado e você também não.

- Cada um com o seu motivo, ela disse, séria.

- Amanda...

Ela começou a chorar e Marco a abraçou.

- Não anule nada, não! Eu quero me casar com você.

- Não assim, Mandy!

- Eu quero me casar com você! Se você anular, eu conto tudo pro meu pai!

Marco riu, apertando-a nos braços.

- E depois não é imatura.

Ela olhou para ele, com os olhos molhados.

- Vou te mostrar que é imatura!

Amanda o beijou com intensidade, como se fosse a última vez.

- Eu quero ter cinco filhos seus!

- Cinco! - ele exclamou. – Eu pensei em dez, pelo menos!

Amanda abraçou-se a ele com mais força e chorava muito.

- Calma, está tudo bem, desculpa.

Dalva apareceu na janela e assustou-se ao vê-la chorando.

- O que foi que houve? - ela perguntou.

- Nada não, Dalva. Está tudo bem.

Amanda afastou-se dele, enxugando o rosto e disse:

- É melhor você ir. Seu pai já deve estar preocupado. Não fala com o padre, não. A gente se casa mesmo em outubro.

Ela o beijou rapidamente e entrou na casa. Passou por Dalva na sala e foi para o quarto, jogou a mochila no chão e se atirou na cama chorando. Dalva, preocupada, entrou no quarto atrás dela.

- O que foi, filha?

- Nada! Está tudo bem.

- Como pode ser nada? Você está chorando!

A governanta sentou ao lado dela e passou a mão em sua cabeça.

- Você brigou com o Marco, foi isso?

- Não... Eu preciso ficar um pouco sozinha, Dalva. Por favor.

- Tudo bem, mas... se você não me disser o que houve, eu vou ter que contar pro seu pai que você chegou chorando da escola.

- Não! - ela disse, erguendo-se rapidamente, enxugando o rosto. – Não diz nada pra ele, por favor, Dalva. Não conta nada pro meu pai...

- Mas, filha...

- Por favor!...

Dalva olhou para ela desconfiada.

- Amanda, você e o Marco não fizeram nenhuma bobagem, fizeram?

- Não... ainda não...

- Ainda não? Como assim?

- Está tudo bem comigo e com ele, Dalva. Juro!

- Não precisa jurar, basta dizer que não, disse ela, passando a mão por seu rosto, sorrindo.

- E se a gente tivesse feito, o que você diria?

Dalva segurou sua mão e respondeu:

- Eu não queria interferir nisso, filha.

- Você é quase minha mãe. Cuida de mim como de uma filha. Tem todo o direito de opinar.

- É que, às vezes, minha opinião pode ser diferente da do seu pai e eu não quero entrar em conflito com ele.

- Eu juro que não conto, Amanda disse, sorrindo.

- Quer saber mesmo o que eu acho?

- Quero, quero muito.

- Vocês já estão casados diante de Deus. Não teriam feito nada de errado.

Amanda abriu um sorriso de satisfação e abraçou a governanta.

- Mas não leve isso como última palavra, hein? Seu pai me mata se souber que eu te falei isso.

- Eu sei, não vou dizer nada, mas obrigada pela força.

- Mas vocês não fizeram nada mesmo.

- Não...

- Nem pensam em fazer, não é?

- Aí, você já exige demais, Dalva.

- Menina!

Amanda riu.

- Eu vou me casar de branco, Dalva, pode ficar sossegada.

- É meu sonho, ver você vestida de noiva ao lado daquele bonequinho de olhos verdes.

A garota riu de novo.

- Quer me contar agora o que houve?

- Não, quero almoçar. Estou com fome. Está tudo bem, acredite.

- Certo, troque-se que eu vou colocar seu almoço.

DÚVIDA

PARTE V

UM EXCELENTE DIA A TODOS

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/10/2018
Reeditado em 22/10/2018
Código do texto: T6482788
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