AMANDA IV - RETORNO AO LAR IV - PARTE 3

III – RETORNO AO LAR

Depois de ter certeza de que tudo estava bem na casa dos pais e de fazer Benê prometer que iria até o apartamento deles em breve, Marco e Amanda voltaram para casa. Era um pouco mais de quatro horas.

Ao entrarem no apartamento, Marco colocou as chaves do carro sobre a estante e foi se jogar no sofá, fechando os olhos, sentindo o corpo todo dolorido.

- Está com sono? - ela perguntou, tão cansada quanto ele.

- Muito... Quero dormir a tarde inteira, na nossa cama. Mas antes, eu quero tomar um banho quente... com você...

Amanda ficou olhando para ele e apenas sorriu. Ele se levantou e foi até ela, erguendo-a nos braços. Foram tirando as roupas um do outro enquanto iam para o banheiro, se beijando e rindo muito. Tomaram banho juntos e foram se deitar e era tanto o cansaço que não foi difícil dormir logo, aninhados nos braços um do outro.

Eram quase dez horas da noite, quando Marco acordou com o barulho de chuva lá fora. Ele saiu da cama com cuidado para não acordar Amanda e foi ver se tinha esquecido alguma coisa fora do lugar no apartamento. Apanhou as roupas que estavam pelo chão, levou-as para a lavanderia e foi para a cozinha. Pegou o leite na geladeira, colocou um pouco num copo, gelado mesmo, e voltou para o quarto, bebendo o leite. Ligou o abajur e sentou-se na cama do lado dela, olhando-a dormir.

Começou a pensar em Rita e no que faria para evitar que Roni atrapalhasse sua vida e a vida da prima com a mentira que tinha planejado jogar sobre a vida deles. Tinha a consciência tranquila de que não tinha feito nada de errado, mas o fato de ter transado com a prima no início do ano o deixava com a mente pesada.

Aquilo tinha sido só uma aventura passageira, mas tudo tinha sido muito intenso e tinha acontecido. Ele amava Rita de várias formas, mas não como Roni planejava colocar no conhecimento de Amanda. Marco tinha vontade de contar tudo para a mulher e explicar sua versão dos fatos, para que isso ficasse como uma verdade vazia, se por acaso saísse da boca do rapaz. Ele só não tinha como saber como Amanda reagiria a essa verdade e isso lhe dava medo. Podia também interferir na relação dela com Rita e com o pai, que definitivamente não merecia uma decepção daquele tipo.

Amanda se mexeu e começou a acordar. Abriu os olhos e olhou para ele, sorriu, sonolenta.

- Que horas são?

- Dez e meia. Continua dormindo.

- Estava com tanta saudade da nossa cama... ela disse, abraçando o travesseiro e fechando os olhos.

- Eu também.

- Por que você se levantou?

- Fui ajeitar a bagunça que a gente deixou depois que chegou. Tinha roupa pela casa inteira... toalha molhada no chão... uma zona.

- Está chovendo? - ela perguntou, sorrindo ainda de olhos fechados.

- Está. Chovendo gostoso. Está gostoso pra dormir.

- Então por que você não deita?

Marco colocou o copo sobre o criado e se deitou a seu lado. Ela aproximou o corpo do dele e colocou a perna esquerda sobre as pernas dele. Marco sentiu sua pele macia e quente na pele dele e fechou os olhos. Ele colocou a mão por baixo do cobertor e a deslizou por seu seio, baixando até sua cintura, aconchegando seu corpo contra o dela.

- Você me deixa maluco, cada vez que me toca assim, sabia? - murmurou.

Amanda não disse nada. Tocou o rosto dele e o beijou apaixonada.

- Eu te amo...

Depois do beijo, ele afastou o rosto do dela e ficou olhando-a nos olhos.

- Que foi? - ela perguntou.

- Você tem gravação amanhã, não tem?

- Tenho, do comercial da Coca-Cola, mas a gente tem que falar sobre isso agora? - Amanda perguntou, beijando o marido, novamente, ansiosa.

O corpo dela se encostava ao dele, pedindo amor. Marco sentiu a garganta seca e percebeu que não ia dar para resistir. A pele dela, quente e macia, queimava a sua.

- Você se lembra que eu fiquei... muito tempo sem isso, depois que a gente começou a namorar?

Amanda sorriu e balançou a cabeça, devagar, beijando seu rosto.

- Agora você tem todo dia se quiser...

- E se eu tivesse... achado um jeito de satisfazer meu... desejo por você... com outra pessoa?

Ela parou de beijá-lo e olhou para ele.

- Como assim?

- Se eu tivesse transado com outra... garota, pra satisfazer minha vontade de você?

- Marco, do que você está falando? - ela perguntou, ficando séria.

Ele sorriu e acariciou o corpo dela. Amanda fechou os olhos, sentindo a mão macia dele e se arrepiando com seu toque.

- Nada... Estava só te testando, ele respondeu, beijando-a e começando aquilo que não devia nem ter parado para ter aquela conversa.

Ele fez amor com ela, como se fosse a última vez.

Quando terminaram, Amanda ficou olhando para ele que estava de olhos fechados, cansado, deitado de frente para ela. O sexto sentido de Amanda pedia que ela continuasse na linha de pensamento que Marco tinha deixado em aberto.

- Você só teve a Bete, não foi, Marco? Antes de mim... Como namorada e... na cama quero dizer...

Ele abriu os olhos, mas não respondeu à pergunta dela de imediato.

- Amanda...

- Não foi? - ela insistiu.

Ele piscou duas vezes, apertou os lábios e mentiu:

- Só...

Ela se abraçou a ele, respirando fundo, e Marco a envolveu nos braços, olhando para a janela, pensando que ia ser difícil contar sobre Rita, não só pelo fato de ser outra mulher na vida dele, mas pelo fato de ser mulher do pai dela, mesmo que ainda não fosse, na ocasião.

- Acho melhor a gente dormir, ele disse.

Ela concordou e continuou aninhada nos braços dele, ficando em silêncio. Marco percebeu que contar a verdade para Amanda poderia significar o fim de seu casamento, por mais injusto de isso pudesse parecer.

Ele fechou os olhos e tentou relaxar, ouvindo a chuva que caía lá fora.

RETORNO AO LAR

PARTE III

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS

SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!

OBRIGADA SEMPRE

Velucy
Enviado por Velucy em 30/11/2018
Código do texto: T6515419
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