[Romance LGBTQ+] AMOR DE PESO - 01X07 - ESPERANÇA

Pai e Mãe,

Apesar de todo o meu corpo doer, estou feliz. Porque ao meu lado dorme o homem mais lindo do mundo, ele é perfeito. Estou passando por todo esse pesadelo ao lado de quem eu amo e isso me dá forças para continuar.

Naquela noite, quando a gente terminou de transar, ficamos calados. Os sons da floresta eram as únicas coisas que quebravam o silêncio. O Zedu estava deitado no meu peito, em silêncio, eu aproveitava o momento e fazia carinho em seus cabelos. De repente a chuva começou a cair e o frio se intensificou.

Zedu: - Você está tremendo.

Yuri: - Estou com frio.

Zedu: - Porque você tá calado? Eu fiz algo... eu... eu... te machuquei?

Yuri: - Não é isso. É que... você....

Zedu: - Eu?

Yuri: - Desde sempre eu quis ficar com você. Mas parecia tão impossível.

Zedu: - O que?

Yuri: - O fato de nós dois ficarmos juntos.

Zedu: - Bem... eu... eu... confesso que tenho culpa. Tenho vergonha de ser...

Yuri: - De ser?

Zedu: - Tenho vergonha de ser gay.

Yuri: - Não é fácil, mas eu prefiro ser bulinado todos os dias pelo Lucas, Vando e os outros, do que esconder quem que realmente sou. Aprendi isso de um jeito difícil.

Zedu: - Entendi. Eu ainda não estou preparado. Tem meu pai, a minha mãe e meus irmãos... eles... acho... nunca aceitariam.

Yuri: - Você não sabe disso...

(trovão forte)

Yuri e Zedu: (se abraçam)

Zedu: - Se você gostava de mim, porquê... porquê você tá com o Diogo?

Yuri: - Porque ele me aceitou... ele é mais próximo da minha realidade.

Zedu: - Como assim?

Yuri: - Zedu. Olha para mim, olha para você. Eu sou gordo e feio. Você é bonito e atlético. Acho que se a gente namorasse, as pessoas iam pensar que você é louco.

Zedu: (pegando no rosto de Zedu) – Você é lindo. O peso é apenas uma questão de gosto. Eu gosto de gordinhos. O Diogo também. Muitas pessoas se atraem por gordinhos.

Yuri: - Você fala do Diogo, mas você tem a Alicia.

Zedu: - Verdade. Eu não sou sincero com ela, mas ao mesmo tempo ela é a última que me preocupa em relação a eu contar que sou gay.

Yuri: - Eu não gosto dela. Ela sempre te afasta da gente.

Zedu: - Ela diz que é possessiva.

Yuri: - Ao extremo. (tremendo)

Zedu: - Nossa. Você tá com frio mesmo. (beijando Yuri) – Ainda tem mais alguma camisinha?

Yuri: - Só mais uma.

A minha tia desmaiou e passou parte da madrugada desacordada. Ela despertou e estranhou estar no hospital. Carlos dormia em uma cadeira ao seu lado e acordou quando percebeu que a minha tia estava consciente.

Carlos: - Ei. Você está bem?

Olivia: - Tem como ficar? Eu apaguei por quanto tempo?

Carlos: - Umas cinco horas.

Olivia: - Cinco horas?! (levantando) – Precisamos ir até a polícia.

Carlos: - Ei. Calma. O capitão dos bombeiros deixou um rádio conosco. Assim que as buscas iniciarem eles vão nos contar e marcar um ponto de encontro.

Olivia: (indo até a janela) – Meu Deus. Ainda está chovendo tão forte. Será que eles estão bem? O Yuri é muito frágil. (chorando)

Carlos: - Ei. Você pode se surpreender com ele. Precisamos ter fé. (abraçando Olivia por trás)

Olivia: - Preciso que você vá ao escritório amanhã, digo, hoje. Tem alguns compromissos que precisam ser adiados e outros que você precisa receber.

Carlos: - Quero te ajudar.

Olivia: - Vou ficar bem. Os pais do Zedu estarão lá. (pegando nas mãos de Carlos) - Eu vou ficar bem.

Carlos: - Só não quero que você desmaie novamente.

Olivia: - Foram as emoções e....

Carlos: - Eu entendo, mas precisa ter mais cuidado. A Giovanna e o Richard ainda dependem de você.

Olivia: - É verdade. Preciso ser forte por eles.

Carlos: - Principalmente pelo Richard. Ele acha que a culpa é dele.

Olivia: - As meninas estão dormindo em casa, então não preciso me preocupar. Será que podemos ir?

Carlos: - Creio que sim. Vou procurar uma enfermeira. (saindo do quarto)

Em casa, Ramona e Letícia dormiam no quarto de Giovanna, já Diogo dormia no meu quarto. A forte chuva acabou derrubando a energia de todo bairro. Richard acordou assustado e pediu para dormir com as meninas.

Giovanna: (levantando o cobertor) – Deita aqui comigo.

Richard: - (deitando ao lado de Giovanna)

Giovanna: - Pela manhã teremos boas noticias. Você vai ver.

Richard: - Acho que o Yuri tá dormindo na chuva?

Giovanna: - Ele é esperto e o Zedu também. Eles estão bem.

Richard: - Eu não consigo dormir.

Giovanna: - Consegue sim. Lembra que o papai cantava uma música?

Richard: - Sim. A das Nuvens.

Giovanna: (cantando) – Dorme bebê do coração, não tenha medo da escuridão. As nuvens irão aparecer para espantar tudo o que faz medo a você. Olhe as estrelas tão cintilantes, escolha uma e viaje para longe.

Richard: (fechando os olhos)

Ramona: (olhando para o lado, sorri e volta a dormir)

Acordei com frio, muito frio, nem parecia Manaus. Ainda continuava escuro, peguei em Zedu e ele estava tremendo, além de parecer febril. Fui até uma parte afastada para fazer xixi e encontrei um tipo de lona grande. Levei até onde o Zedu dormia e o cobri com aquilo. Não era um cobertor, mas servia para nos manter aquecidos. Abracei o Zedu o máximo que pude. No dia seguinte, acordei com muitas dores na costa, fiquei em pé e respirei fundo.

Zedu: - Tá tudo bem?

Yuri: - Tô. Apenas a minha costa tá doendo.

Zedu: - Eu disse que tava feio. (tentando sentar com dificuldade) – Merda. Merda. (se assustando ao ver seu pé) – Olha. Tá ficando preto.

Yuri: - Não tava dessa cor ontem. (verificando o pé de Zedu) – A gente precisa sair daqui agora.

Zedu: - Eu tô... tô... eu tô com medo, Yuri.

Yuri: - Não se desespera tá. (ficando em pé) – Eu vou ali em cima e já volto. Lembro que vi uma luz vindo dali.

Subi o monte que sustentava os restos mortais da velha ponte. Achei um tipo de elevador manual, peguei alguns objetos para simular o peso do Zedu e a estrutura aguentou. Fiquei muito animado e não perdi tempo para colocar o Zedu para dentro.

Zedu: - Será que isso vai funcionar?

Yuri: - Precisa. Você não vai conseguir subir sozinho e tem um carrinho de mão lá em cima, enferrujado, mas da para usar. (dando a volta e subindo o morro)

Zedu: - Meu Deus. Eu não posso morrer aqui. Me ajuda.

Yuri: (ofegante) – Eu... vou... vou puxar. (movimentando a alavanca) – Droga. Tá pesado.

Zedu: - Força Yuri! Você consegue!!!

Yuri: (fazendo força) – Eu... tá pesado demais.

Zedu: - Yuri! Eu confio em você.

Yuri: (chorando e fazendo força) – Merda!!! (conseguindo subir Zedu)

Zedu: - Conseguiu!

Yuri: (de joelho no chão) – Ainda bem. (deitando no chão) – Vou descansar só um pouco.

Zedu: (se arrastando no chão, se aproximando de Yuri e o beijando na boca) – Obrigado.

Yuri: - Eu vou lembrar disso um dia.

A minha tia foi em casa apenas para mudar de roupa e obrigar os meus irmãos irem até a escola. Naquela manhã, os noticiários só falavam dos dois estudantes que estavam perdidos na floresta. Ramona e Letícia também foram para a escola naquela manhã. Alguns alunos foram até elas e Brutus para saber informações sobre a gente.

Regina: - Gente. Que tragédia.

Karlinha: - Mas é por isso que precisamos ter cuidado para onde estamos indo.

Regina: - É verdade que eles foram mordidos por jacarés?

Letícia: - Eu não sei.

Lucas: - É verdade que eles estavam se pegando na floresta?

João: - Que eles eram amantes?

Alicia: - Cala boca babaca.

Diogo: (avançando em cima de Lucas) – Idiota.

Lucas: (se defendendo) – Viado.

Diogo: (jogando Lucas no chão) – Vou te mostrar quem é o viado.

João: (pulando em cima de Diogo) – Solta meu amigo.

Ramona: (batendo com o caderno em João) – Idiota. Solta ele.

Letícia: - Tem uma forma mais fácil, Ramona. (chutando o testículo de João que cai no chão)

Dona Ray: - Que bagunça é essa?!

Diogo, Ramona, Alicia, Letícia: (apontando para Lucas)

Dona Ray: - Não bastasse essa chuva, vocês ainda inventam de brigar na escola?

Lucas: - Não tive culpa tia Ray foi esse viado.

Diogo: (partindo para cima de Lucas e todos segurando Diogo)

Eu estava com sede, muita fome e cansado, mas precisei carregar Zedu por parte do caminho, e nem preciso dizer como estávamos sujos. Eu precisava de um banho urgente, e o Zedu também. Chegamos em uma área descampada onde havia uma pequena casa, dentro não havia nada, mas, pelo menos, poderíamos nos proteger da chuva que estava querendo sair. Juntei umas vasilhas velhas e deixei do lado de fora, de sede pelo menos a gente não morreria.

Yuri: - (sentando com dificuldade) – Engraçado, né? Quando a gente precisa que chova, não chove.

Zedu: - E quando a gente precisa que não chova?

Yuri: - Não chove.

Zedu: (tirando a camiseta) – Tá tão abafado aqui.

Yuri: - (tirando a camisa) – Sim. Mas não vai demorar muito para chover. Deve ter passado de meio dia, né?

Zedu: - Eu tô morrendo de fome. Ainda tem alguma coisa?

Yuri: - Eu vi um pé daquela fruta roxa? Como é o nome?

Zedu: - Jambo?

Yuri: - Isso. (levantando com dificuldade) – Vou pegar algumas. (saindo da casa)

A minha tia estava vestido para explorar a caverna do tesouro perdido. Ela encontrou os pais de Zedu no Parque e foram até o ponto de encontro. Eles percorreram o Rio e um dos bombeiros avistou o graveto com parte da minha camisa.

Bombeiro: - Achamos isso.

Tenente: - (pegando o pano) – Isso é de algum deles?

Olivia: - É de uma das camisas do Yuri. (se emocionando e gritando pelo sobrinho) – Yuri?! Yuri?!!

Tenente: - Calma senhora. É apenas uma pista. Os meninos foram inteligentes, mas não o suficiente para aguardarem no leito do igarapé.

Teresa: - Talvez ficaram com medo dos jacarés. Afinal, essa área está cheia deles.

Olivia: - Precisamos seguir na direção em que eles deixaram o tecido.

Teresa: - Será que eles estão bem?

Bombeiro: - Senhor. Já estamos prontos.

Tenente: - Agora a missão continua por terra. Estão preparados? Precisamos continuar antes da chuva.

Teresa: (pegando nas mãos de Olivia) – Nós vamos conseguir. Eles estão bem.

Olivia: - Vamos encontrar com eles sim.

Carlos ficou responsável de pegar meus irmãos na escola. No horário certo, lá estavam eles, parados na frente do colégio. O Carlos estacionou o carro e eles correram para saber alguma informação, mas nem o namorado da minha tia sabia de alguma coisa. Eles voltaram para casa tristes.

Carlos: - O que vocês querem almoçar?

Giovanna: - Estou sem fome. Eu vejo algo para mim depois. (subindo para o quarto)

Carlos: - E você? (pegando no ombro de Richard)

Richard: - O Yuri morreu?

Carlos: - Não, não. O Yuri não morreu.

Richard: - Como você tem tanta certeza?

Carlos: (se agachando e ficando da mesma altura de Richard) – As notícias ruins chegam rápido. O Yuri é esperto, e ele tá com o Zedu. Precisamos pensar positivo.

Richard: - Quando os meus pais morreram, o Yuri prometeu que ia cuidar da gente. Ele precisa voltar. (abraçando Carlos)

Carlos: (sem saber o que fazer) - Bem... ele... eu... acho que ele... ele vai manter a promessa que fez.

Richard: - Ele vai, eu sei que ele vai. (abraçando Carlos forte)

Carlos: - Ele vai sim, pequeno.

Richard: - Eu vou para o meu quarto. (saindo correndo)

Carlos: - Ei. Espera. (levantando) – Droga. Que situação Carlos. (tentando ligar para a minha tia sem sucesso) – Espero que esses meninos estejam bem. O que será que eu faço para esses meninos comerem?

Diogo foi para o nosso lugar especial e relembrou de todos os momentos que passamos ali, ele se surpreendeu com a chegada de Brutos. Ele pensou que o meu ex-amigo queria algum tipo de confusão e tentou sair de lá.

Brutus: (colocando o braço para que Diogo não conseguisse sair) - Eu... eu não sei o que fazer?

Diogo: - Olha. Eu não quero confusão.

Brutus: (chorando)

Diogo: (estranhando) – Olha cara. Eu realmente não quero confusão.

Brutus: - Eles eram meus melhores amigos. Eu os decepcionei.

Diogo: - Você deveria falar isso para eles.

Brutus: - Se acontecer algo com eles... eu... (limpando as lágrimas)

Diogo: - Você teve a oportunidade e fez uma merda seguida da outra. Se acontecer alguma coisa com o Yuri ou o Zedu, tenho certeza que eles não gostariam que você derramasse uma lágrima.

Brutus: - Você sabe o quanto é difícil?

Diogo: - O que? Não ficar ao lado dos teus amigos? Das pessoas que te apoiam? Não sei Bruno.

Brutus: - É Brutus.

Diogo: - Pouco me importa.

Brutus: - Vocês não entendem...

Diogo: - Olha, Brut... digo... Bruno. Eu não me interesso no teu drama familiar. O meu namorado e o teu suposto melhor amigo estão perdidos, feridos ou quem sabe mortos. Pega essa tua autopiedade e enfia no cú. Você acha realmente que a gente dá a mínima para as coisas que você sente? (empurrando Brutus) – Você acha que tem alguma relevância? (empurrando Brutus mais forte) – Você é um merda, que fez o Yuri sofrer. Sabe quanto é difícil para ele? Sabe?! (empurrando Brutus que cai no chão) – Quer saber? Você não vale a pena. (saindo)

Brutus: (apertando os punhos e deixando escorrer algumas lágrimas)

Nossa. Nunca pensei que ficaria tão feliz ao comer frutas, acho que comi nove jambos. O Zedu começou apenas quatro, mas vomitou muito depois. A febre dele só aumentava e para completar uma chuva forte caiu. Aproveitei para pegar água, bebemos e decidi dar banho no Zedu. O levei para fora da casa e o sentei em uma cadeira velha. Lavei tudo o que eu pude, naquele momento a última coisa que passou na minha cabeça foi sexo. O Zedu não tava falando, mas eu sabia que seu ferimento doía muito, conseguia ver o medo e a dor nos olhos dele.

Yuri: (ajudando Zedu a sentar) – Pronto. Tomamos banho.

Zedu: (chorando)

Yuri: - Zedu. Não chora.

Zedu: - Eu não quero morrer, Yuri.

Yuri: - Não vamos. Nem eu, nem você.

Zedu: - Tá doendo muito. Eu não queria ser frouxo, mas tá doendo.

Yuri: - Você não está sendo frouxo. Para, por favor, não fala assim.

Zedu: - Desculpa.

Yuri: (abraçando Zedu) – Você não precisa se desculpar. A gente vai sair dessa, eu prometo.

Zedu: - Eu tô cansado, Yuri. Eu não posso continuar.

Yuri: - Eu... eu não posso ir sozinho. Eu... eu não vou conseguir sem você.

Zedu: - Eu sou um fardo, ok. Você tá melhor sem mim.

Yuri: - Quem disse? (se afastando) – Você que tá me dando forças para continuar. Não desiste. Aguenta mais um pouco.

Zedu: (chorando) – Eu sou um maricas. Perdão. (deitando)

Yuri: (em silêncio, pega o mp3 de Zedu e coloca uma música no aleatório. Deita ao lado de Zedu e coloca um dos lados do fone nele)

Digimon, digitais

digimon são campeões

digimon digitais digimon são campeões

============

Yuri: (parando a música) - Sério?

Zedu: (olhando para Yuri com uma das sobrancelhas levantadas) - Que foi? Eu tive infância tá.

Yuri: (dando com os ombros e apertando play)

============

Zedu (cantando junto com Angelica):

Eles vão se transformar

para ao seu mundo salvar

Juntos combatem o mal

São os guerreiros da paz

Desse lugar virtual os digimons são demais

==========

Zedu: - Canta comigo. Vamos.

Yuri: - Tá. Chato.

==========

Zedu e Yuri (cantando junto com Angelica):

Digimon, digitais

digimon são campeões

digimon digitais

digimon são campeões

Basta o perigo chegar

Eles virão pra salvar

São os amigos da paz os digimons são demais

Digimon digitais

digimon são campeões

digimon digitais

Digimon

Os bombeiros seguiram as pistas que eu e Zedu estávamos deixando. A minha tia e os pais de Zedu continuavam a criar esperanças. O responsável pela busca falou que eles iriam acampar naquela clareira, a minha tia é tudo, menos uma pessoa da floresta. Ela levou tudo que é produto para facilitar sua vida.

Olivia: - Teodora. (pegando nas mãos da mãe de Zedu) – Vai dar tudo certo.

Teodora: - Eu tenho esperança. Eu sinto que o meu filho está bem, assim como o seu sobrinho.

Olivia: - Eles são tão amigos. Isso deve estar ajudando.

Teodora: - Só me preocupo com o tempo. E eles indo mais para dentro da floresta.

Olivia: - Acho que eles devem ter um plano. Os dois estão deixando boas pistas.

Teodora: - Ainda bem. (olhando para o rosto de Olivia)

Olivia: - Tem alguma coisa no meu rosto?! (ficando desesperada) – Tira.

Teodora: - Querida com o tanto de repelente que você colocou nem um inseto tamanho GG chegaria perto do seu rosto.

Olivia: - Odeio a natureza. Eu sei que ela é necessária pra nossa sobrevivência, mas não rola. Vou descansar, estou acabada.

Teodora: - Meu marido já dormiu, não sei como ele consegue.

Olivia: - Cada um reage de um jeito. Boa noite. (indo para a barraca e pegando o celular) – Sem sinal. Droga. Será que o Carlos está se saindo bem com os meus sobrinhos?

Carlos era um homem esforçado, bom negociante e ótimo em lhe dar com clientes, mas criança não era a sua praia. A casa de Olivia parecia uma zona de guerra. Giovanna e Richard não colaboravam também.

Carlos: (juntando coisas do chão) – Esses meninos não podem ter feito toda essa bagunça.

Giovanna: - Carlos. A janta tá pronta? Estou preocupada com o Richard, ele não come nada.

Carlos: (falando baixo) – Ele poderia aproveitar a falta de fome e não bagunçar tanto.

Giovanna: - Oi? Você disse algo?

Carlos: - Não. (assustado) – Eu... eu... acho que vou comprar alguma coisa.

Giovanna: - Ah tudo bem. Vou dar uma olhada nele.

Carlos: - Ufa. Pega leve cara. (olhando pela janela) – Cuidado Olivia.

Letícia encontrou com Arthur e alguns amigos dele. A minha amiga tentou se enturmar, mas estava complicado, a turma de Arthur era formado na sua maioria de universitários e produtores culturais.

Arthur: - Está tudo bem?

Letícia: - Ah, eu não te contei, né?

Arthur: - Não.

Letícia: - Dois amigos meus se perderam no Parque do Mindu.

Arthur: - Nossa. Aquele área é grande mesmo. E ninguém sabe de nada?

Letícia: - Estão fazendo buscas. Mas até agora nada.

Arthur: - Quer ir pra casa?

Letícia: - Quero.

Ramona estava em casa deitada. Ela olhava fotos antigas nossas em suas redes sociais. Ela criou uma hashtag #forcazedueyuri e várias pessoas haviam espalhado mensagens de solidariedade. De repente, ela recebe uma mensagem de Brutus.

Brutus: (mensagem de texto) – Fala comigo.

Ramona: - Será que eu respondo? (escrevendo uma mensagem, mas apagando) – Droga. Droga. Eu não vou responder. Não vou.

Naquela madrugada, o Zedu acordou delirando. Eu fiquei muito assustado e não sabia o que fazer. Eu o abracei, ele tremia e estava muito quente. Aos poucos ele foi se acalmando. No dia seguinte, colhi mais frutas e tomamos café. Tomamos água e o calor típico da cidade começou a nos castigar. Eu empurrava o carrinho de mão com muita dificuldade. Depois de seis horas, conseguimos alcançar uma clareira. Havia um prédio abandonado.

Yuri: - Outro lugar abandonado. (colocando a mão na cabeça)

Zedu: - Yuri. Eu... eu... eu to passando mal. (vomitando)

Yuri: (ajudando Zedu a se virar) – Deus.

Zedu: - (vomitando)

Do nada dois cachorros enormes aparecem e começam a latir, eles ficam parados, mas cada vez latem mais alto. Peguei um pedaço de ferro que estava no chão.

Yuri: - Passa. Passa. Cachorrinhos bonitos. (segurando o ferro, mas com medo)

Zedu: - Yuri. Eles vão atacar.

Cachorros: (correndo em direção de Yuri e Zedu)

Yuri: (segurando o bastão e esperando o ataque)

Policial: (dando um tiro para cima)

Cachorros: (fugindo para o mato)

Yuri: (olhando para trás)

Olivia: (correndo em direção a Yuri, chorando e gritando) YURIII!!!!!!!!

Yuri: - Zedu. Eles estão aqui.

Todos chegam perto de mim, a tia me abraça e beija, eu retribuo cada gesto de carinho e não seguro o choro também. Os pais de Zedu vão até ele, mas ele estava desmaiado. Eu realmente não consegui falar nada, apenas chorava. Os paramédicos que vieram com a equipe de resgate deram mais atenção ao Zedu, afinal sido mordido por jacarés.

Olivia: (abraçando Yuri) – Meu amor.

Yuri: (chorando) - Tia, desculpa, mas eu não consegui achar ele.

Olivia: - Ele quem?

Yuri: - Precisamos encontrar o Richard.

Olivia: - O Richard está bem amor. (beijando o rosto de Yuri) – A gente o encontrou.

Yuri: - Eu... eu... fiquei tão preocupado. (chorando) - Desculpa.

Olivia: - A culpa não foi sua. Vou te levar para casa e tudo vai ficar bem.

Bombeiro: (apontando uma arma sinalizadora para o céu e falando no rádio) – Estamos aqui. Sigam o sinal.

Teodora: - O que o meu menino tem?

Ulisses: - Isso está certo? Ele não responde.

Paramédico: - Calma. Ele está inconsciente por causa da febre, mas precisamos levá-lo ao hospital agora.

Bombeiro: - Os helicópteros estão a caminho. Primeiro vamos levar o garoto machucado.

Paramédico 2: - E você? (se aproximando de Yuri)

Yuri: - Estou bem, apenas com alguns machucados, mas tudo superficial. Por favor, ajudem o meu amigo.

Olivia: (tirando água e comida de dentro da bolsa) – Amor, você deve estar faminto. (dando para Yuri)

Yuri: (tomando água desesperado e comendo um bolo)

Tenente: (pegando na costa de Yuri) – Parabéns. Você ajudou seu amigo.

Yuri: - Eu fiz o que eu pude. Não deixaria o Zedu só.

Teodora: (abrando Yuri) – Obrigada, filho. Você fez a minha vida mais feliz.

Um grande helicóptero pousa em uma área aberta e os paramédicos levam Zedu. Ficamos eu, minha tia e alguns bombeiros. Depois de alguns minutos, outro apareceu e nos levou. Pela primeira vez eu andei de helicóptero, por um momento tudo parou na minha cabeça.

Olivia: - Seus irmãos vão ficar tão felizes.

Yuri: - O quê? (Não ouvindo nada por causa do barulho do helicóptero)

Bombeiro: (colocando um tipo de fone nos ouvidos de Olivia e Yuri) – Conversem assim. Vão entender melhor.

Olivia: - Eu disse! (gritando) – Que seus irmãos vão ficar felizes, principalmente o Richard. Ele ficou tão culpado por causa do teu sumiço.

Yuri: - O que?! (chorando) – Eu fiquei tão preocupado.

Olivia: - O importante é que vocês dois estão bem e tudo vai se resolver agora.

Yuri: - Eu... eu.... Eu vou matar o Richard. (parando de chorar e ficando com raiva) – Ele sempre faz essas coisas. Eu vou comprar uma coleira e amarrar esse menino!!!

(Todos olhando)

Olivia: (com um sorriso amarelo no rosto) – Primeiro vamos ver esses machucados. Depois a gente castiga o Richard.

Yuri: (olhando para o lado) – Nossa. Como a cidade é bonita.

Por alguns minutos eu esqueci de tudo, apenas admirei toda aquela beleza. Estávamos próximos ao hospital, e eu fiquei tão aliviado por tudo ter terminado bem. O Zedu recebia o tratamento médico, eu sobrevivi a tudo sem muitos machucados graves. Descemos e fui encaminhado para fazer exames. Uma costela fraturada e uns pontos em alguns ferimentos. E precisaria ficar em observação aquela noite. Busquei informações sobre o Zedu e descobri que ele iria operar o pé por causa das bactérias na mordida.

Em casa, os meus irmãos receberam a notícia em festa e queriam logo me ver. O Carlos prometeu que de tarde no horário de visita os levaria até o hospital. Richard era o mais aliviado voltou até a comer muito.

Carlos: - Garoto. Você devorou tudo.

Giovanna: - Isso é uma draga. Se deixar ele come até amanhã.

Richard: - A boca foi feita para comer.

Giovanna: - Crianças.

Richard: - Chata.

Carlos: - Voltaram ao normal mesmo. (rindo)

Giovanna: - Acho que deveríamos comprar um presente para o Yuri. Ele gosta de Nutella.

Carlos: - Uma cesta feita de Nutella.

Giovanna: - Não, né. Com o calor de Manaus vai derreter tudo.

Richard: - É inteligentona, então dá uma ideia melhor?

Giovanna: - Uma cesta com Nutella dentro.

Richard: - Nossa que original.

Giovanna: - A mais velha sou eu. Está decidido.

Richard: - Vou caçar um inseto bem bonito para levar.

Giovanna: - Inseto? Desde quando o Yuri gosta de inseto?

Richard: - O que importa é a intenção.

Giovanna: - Claro.

Carlos: - Crianças. Vocês deveriam terminar de comer para descansarem. Eu compro a Nutella, e também acho um presente massa para você Richard.

Giovanna: - Perfeito.

Richard: - Tudo bem. (comendo)

Diogo assim que recebeu a notícia saiu da escola e foi com as minhas amigas até o hospital. Ele estava nervoso e preocupado comigo, eu não sabia qual seria a reação dele ao descobrir sobre mim e o Zedu. Eu acabei apagando na cama.

Olivia: (abraçando primeiro Letícia e depois Ramona)

Ramona: - Estamos tão felizes.

Letícia: - Eles vão receber visitas?

Diogo: - Ele tá bem? Ficou machucado?

Olivia: - Calma, meninos. (rindo) – O Yuri está bem, ele ficou desidratado e com alguns arranhões. O Zedu está em cirurgia, a mordida do jacaré foi feia, mas os médicos falaram que ele está fora de risco.

Letícia: - Que bom. Isso é tão bom.

Ramona: - E a visita, Olivia?

Olivia: - Às 17h.

Diogo: - Vou esperar aqui. Falta pouco.

Letícia: - Vamos almoçar? Depois a gente volta.

Ramona: - Acho uma boa ideia.

Letícia: (pegando no ombro de Diogo) – Vamos. Ele está bem, descansando. Depois voltamos.

Diogo: - Tudo bem. Vamos.

Olivia: - Eu vou dizer a ele que vocês passaram aqui.

Ramona: - Podemos aproveitar para comprar balões ou presentes, não sei. O que vocês acham?

Letícia: - Uma ótima ideia.

Brutus ficou sabendo do nosso resgate pela televisão. Ele até pensou em ir ao hospital, mas recebeu a visita de João e Lucas. Os dois ficaram falando merdas sobre mim e o Zedu. Brutus apenas balançava a cabeça e dava risadas sem graça.

João: - A melhor parte é que o nosso plano contra o viado gordo continua.

Lucas: - Até fiquei triste por um tempo, mas seria um gay a menos na terra. (rindo)

João: - Eu já vi até um projeto no YouTube que podemos usar. O que você acha Brutus?

Brutus: (pensativo)

João: - Brutus, caralho?!

Brutus: - O que?!

Lucas: - O cara tá viajando. (rindo)

Brutus: - Vou no banheiro. (saindo)

João: - Acho que ele tem algum problema.

Lucas: - Então vamos aproveitar que ele não tá aqui. (se aproximando de João e o beijando)

Brutus: (pegando no bolso) – Droga deixei meu celular.

João: - Quero te comer sem capa hoje.

Lucas: (beijando João)

Brutus: (abrindo a porta e ficando assustado com a cena. Ele não fala nada, apenas observa e depois sai novamente) – Que merda. O que foi isso?!

João: (olhando para a porta)

Lucas: - O que foi? O Brutus tá no banheiro. Podemos aproveitar um pouco.

João: (beijando Lucas)

Sim, o Brutus viu algo que não devia. Ele ficou muito confuso e se trancou no banheiro. Depois de alguns minutos retornou e falou para os colegas que precisava sair. Enquanto isso, Carlos levava os meus irmãos para o hospital. Quando Giovanna me viu, ela correu e me abraçou.

Giovanna: - Fiquei tão preocupada.

Yuri: - Eu também. Fiquei com medo de nunca mais encontrar vocês.

Giovanna: - Eu já estava até planejando transformar teu quarto em um closet.

Yuri: - Claro. (rindo)

Giovanna: - Te trouxemos alguns presentinhos. (colocando uma cesta em cima da cama de Yuri)

Yuri: - Olha. Adoro. (abraçando Giovanna) – Obrigado.

Richard: (sem graça na porta, meio que tentando se esconder)

Yuri: - Ei, mostrinho. Eu não ganho um abraço não? (estendendo a mão para Richard)

Richard: (corre e abraça Yuri) – Desculpa. (chorando)

Yuri: (abraçando Richard) – Ei, tudo bem. Não precisa ficar triste. Eu estou bem, estou aqui.

Richard: - A culpa é minha. Você e o Zedu se machucaram por minha causa.

Yuri: (limpando as lágrimas de Richard) – Eu faria qualquer coisa pra te proteger. (abraçando Richard forte)

Richard: - Yuri. Tá... tá.... Muito.... Tá muito forte....

Yuri: (abraçando Richard mais forte) – E se você sumir novamente, eu juro por Deus que vou te abraçar muito mais forte que isso.

Olivia: (separando os dois) – Tá bom, chega de demonstração de amor. (rindo)

Carlos: (entrando com Diego, Letícia e Ramona) - Olha quem eu achei lá fora.

Ramona: - Yuri!!! (abraçando Yuri)

Letícia: - Miga, menos.

Ramona: - Me deixa. (abraçando Yuri) – Pensei que nunca mais fosse ver nosso gordinho.

Diogo: (chegando perto de Yuri) – Oi. (pegando na mão de Yuri)

Yuri: (sem graça) – Oi.

Olivia: - Carlos, crianças e meninas. Vamos falar com os pais de Zedu?

Giovanna: - Não quero, tô bem de boa aqui.

Ramona: (puxando Giovanna da poltrona) – Amiga, sua louca, precisamos falar sobre a peça da Cinderela.

Giovanna: (sendo levada do quarto) – Calma.

(Todos saem do quarto)

Diogo: (lagrimando) – Eu... fiquei... (abraçando Yuri)

Yuri: - Eu sei. Desculpa. Não queria deixar ninguém preocupado.

Diogo: - O bom é que você voltou pra mim.

Yuri: - Pois é.

Diogo: (beijando Yuri)

Yuri: (beijando Diogo) – Ei. Precisamos conversar.

Diogo: (sentando ao lado de Yuri) – O que foi?

Yuri: - Eu... eu... e....

Brutus: - Yuri.

Diogo e Yuri: (virando)

Yuri: - Brutus?! O que você tá fazendo aqui?

Brutus: - Preciso conversar com você.

Diogo: (indo para cima de Brutus) – O que a gente já conversou Bruno?! (empurrando)

Brutus: (imobilizando Diogo) – Eu não quero machucar ninguém, ok. O Yuri é meu amigo.

Diogo: (conseguindo sair e imobilizando Brutus) – Que tipo de amigo fica ridicularizando o outro?

Yuri: - Ei. Vocês dois. Chega! Diogo, larga o Brutus. Eu quero saber o que ele tem para falar.

Diogo: (resistindo um pouco, mas acaba soltando Brutus)

Yuri: - Diogo. Posso ficar a sós com ele?

Diogo: - Amo...

Yuri: - Por favor. Acho que a gente precisa dessa conversa.

Diogo saiu muito a contragosto. Em outra ala do hospital, a Alicia foi pega tentando entrar no pós-operatório de Zedu. A jovem se fantasiou de enfermeira, mas acabou sendo pega pelos seguranças do hospital.

Alicia: - Me solta. (tentando sair das mãos do segurança)

Segurança: - Essa ala não pode ser invadida. Onde pegou essas roupas. (segurando Alicia)

Alicia: - Eu já disse. Só quero ver meu namorado. (lutando para sair das mãos do segurança)

Teodora: - Alicia?!

Alicia: - Dona Teodora ajude-me. Esse brutamontes não me deixa ver o Zedu.

Teodora: - Mas o José Eduardo está em observação. Ele não pode receber visitas no momento.

Segurança: - A senhora conhece essa moça?!

Teodora: - Eu temo que sim. Ela namora o meu filho. Pode soltá-la.

Segurança: (soltando Alicia)

Alicia: - Grosso.

(Entrando Carlos, Olivia, Letícia, Ramona, Giovanna, Richard)

Ramona e Letícia: - Alicia?

Ramona: - O que você está fazendo aqui?

Letícia: - E que roupa é essa?!

Alicia: - Estava tentando ver o Zedu, mas aquele armário ambulante... (gritinho de raiva)

Diogo: Alicia?

Olivia: - Diogo? E, o Yuri?

Diogo: - O Brutos está com ele. Estão conversando.

Brutos tentou falar algumas coisas, mas não chegava a lugar algum. Eu sentia que ele estava arrependido. Eu respirei fundo e tentei ser o mais compreensível possível.

Yuri: - Olha. Você errou, eu pensei que fossemos amigos.

Brutus: - E eramos... quer dizer.... Somos. Olha, quero me desculpar por tudo o que eu fiz.

Yuri: - Eu não sei o que o Lucas e o João te falaram, mas você sempre foi um grande amigo. Um dos poucos que me tratou bem. Não me julgou pelo meu tamanho.

Brutus: - Quero te pedir perdão, eu sei que fui um idiota....

Yuri: - Um babaca, ridículo e infeliz.

Brutus: - Eu sei, eu sei e eu sei. Quero apenas que tudo volte como antes.

Yuri: - Você conseguiria ser amigo de um gay?

Brutus: - Não. Eu conseguiria ser amigo de uma pessoa que só tem qualidades. (abraçando Yuri) – Você ser gay não significa nada para mim. Desculpa.

Yuri: - Tudo bem. Você tá perdoado.

Brutus: - Mais uma coisa. O Lucas e o João estão tramando alguma coisa contra você. Vou continuar perto deles até descobrir. Não vou deixar ninguém mexer com o meu grandão.

Yuri: - Pode deixar. Pode deixar.

Depois que todos foram embora, a minha tia continuou ao meu lado. Esperei ela dormir e fui atrás do Zedu. O encontrei dormindo sozinho em um quarto próximo ao meu. Deitei ao seu lado e peguei um dos lados do meu fone para colocar em seu ouvido.

Zedu: - Espero que seja aleatório.

Yuri: (assustado) – Besta. Que susto. Nunca mais faz isso.

Zedu: - Desculpa.

Yuri: - Você tá bem?

Zedu: - Vou sobreviver. O médico disse que vou precisar repousar um pouco, além de tomar algumas injeções mensais.

Yuri: - Fique tão aliviado. (chorando)

Zedu: - Oh, Yuri. (se emocionando) – A gente conseguiu. Quer dizer, você conseguiu e me salvou. Obrigado por não deixar eu desistir.

Yuri: - Jamais. Vamos ouvir a música?

Zedu: - Podemos, mas dessa vez não vai ser aleatório. Vamos ouvir algo legal.

Toda vez que eu olho em seus adoráveis olhos

Eu vejo um amor que nem o dinheiro pode comprar

Um olhar seu

E eu desfaleço

Eu rezo para que você

Fique aqui

======================

Yuri: (beija Zedu)

Zedu: - Obrigado mesmo.

Yuri: - Você não tem o que agradecer... você salvou a minha vida mais do que pode imaginar.

=====================

Qualquer coisa que você quiser

Você consegue

Qualquer coisa que você precisar

Você consegue

Qualquer coisa ou nada

Você consegue

Garota

=================

Diogo: (olhando vídeos que fez com Yuri):

Yuri: - Para de filmar, bobo.

Diogo: - Eu só quero registrar o motivo da minha felicidade.

Yuri: - Você é muito bobo. (Beijando Diogo)

==================

Todas as vezes em que eu te abraço

Eu começo a entender

Tudo sobre você que diz que sou o seu homem

Eu vivo minha vida

Para estar com você

Ninguém pode fazer

As coisas que você faz

===================

Minha tia acorda e começa a me procurar. Ela me encontra beijando Zedu, mas não fala nada. Ela olha e a mãe de Zedu está chegando perto. Ela puxa a Teodora e pede para que a mãe de Zedu a acompanhe até a cafeteria.

Olivia: - Vamos tomar um café.

Teodora: - Acabei de vir de lá.

Olivia: - Mais um não faz mal. Afinal passamos por tantas coisas esses últimos dias. Eu pago.

Teodora: - Claro. Pode ser.

==================

Qualquer coisa que você quiser

Qualquer coisa que precisar

Qualquer coisa

Eu me alegro ao dar meu amor a você

E eu sei que você sente isso do mesmo jeito

================

Brutus: (arrumando uma câmera no seu quarto) - Esse plano vai dar certo. Eu não vou deixar mais ninguém te machucar grandão, prometo.

Na casa de Alicia, ela também chorava ao pensar em Zedu. Apesar de controladora, ela tinha um coração e sofria ao lembrar de seu namorado.

Alicia: (abraçando uma camiseta de Zedu) - Meu amor. Amanhã eu vou te ver, prometo.

=================

Qualquer coisa que você quiser

Você consegue

Zedu e Yuri: (se beijam intensamente)

Dhiego Ramos
Enviado por Dhiego Ramos em 01/08/2019
Código do texto: T6710248
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.