'ELE ESTÁ ENTRE NÓS' - do livro 'Giulia - Quando a Luz se apaga'

"Violoncelo", ele dissera da última vez em que retomara a razão. "Violoncelo tem o poder de acalmar minha alma. Sempre que eu estiver fora, meu amor, deixe que eu ouça o som de um violoncelo e, talvez, eu retorne". Celeste ficara ali, parada, sentada à sua frente. A noite estava ronronando e chiando com suas cigarras e o céu ainda estava rosado. Ela fechara os olhos, deixando que o ar cálido a abraçasse. Apesar daquela implacável e angustiante imobilidade em seu semblante, ela se aconchegava em seus braços absolutamente inertes. Era como se ele não estivesse ali. Sua essência, a mais fulgurante, vívida, reluzente havia se extraviado e não encontrava o caminho de volta àquele corpo ao qual, agora, ela se agarrava com unhas e dentes, pois estava determinada a não deixá-lo partir. Vc tem meu amor. - Disse ela no seu ouvido. - Volte, por favor. Não posso ficar só. Vc compreende. Sei que está aí, em algum lugar. Aperte minha mão, amor. Diga-me que está aí, em algum lugar. - Sua voz embargada, a tristeza caindo sobre todo seu ser enquanto as mãos afagavam aqueles cabelos agora grisalhos, lisos que ganhavam brilho sob a luz da luminária que pendia do teto de telhas colonias. Ele não tivera tempo de envernizar as telhas como havia planejado. As telhas, as portas dos quartos, as janelas dos quartos e dos cômodos daquela casa que ele mesmo construíra com seu martelo numa das mãos e os pregos no canto da boca, do alto da escada, em meio ao jardim. Ele, assim como a casa, perdiam o viço, o verniz, o brilho, a vida sem que Celeste nada pudesse fazer além de observar numa muda revolta. E Celeste que sempre fora tão temente a Deus! Não me culpem. Lançava um olhar quase colérico às estrelas espalhadas por entre um céu rosado, pincelado de um azul escuro com nuvens que se aglomeravam logo ali, adiante, cinzentas e ameaçadoras. Mas, deixei de crer em milagres. Como puderam deixar que isso voltasse e o levasse de mim??? Como eu poderei ficar aqui sem ele??? Devolvam meu marido, eu imploro! Abanava a cabeça como a espantar um espectro. Estava francamente atormentava em meio à penumbra, cercados por delicadas e magníficas plantas tropicais que ainda resistiam ao desleixo de Celeste que, exausta, já não possuía forças para cuidar de nada além dele. Era Giulia quem regava as plantas, os arbustos e varria o jardim como vira sua tia fazer durante toda sua vida. Era Giulia quem assumia as tarefas domésticas como se houvesse sido contratada por uma grande multinacional, exercendo um cargo de extrema confiança. Era puro contentamento a menina. Sentia-se orgulhosa em poder ser útil e dava o melhor de si, lavando, passando, cozinhando, preparando as refeições e, principalmente, cuidando com extremos de ternura, do tio, seu pai torto. Preparava os pratos que aprendera desde sua adolescência. Amava massas. Estava, nos últimos tempos, enlouquecida por massas e não compreendia - e não fazia questão alguma em compreender - aqueles olhares curiosamente afáveis, ao redor da mesa posta, sobre ela e seu apetite voraz. "Eu, heim! Nunca me viram??? Tá gostoso, ué!"

Conversava, agora, com as pequenas margaridas e as bromélias e contava-lhes segredos e sorria baixinho. Celeste, do alto da sacada, observava a filha que andava de um lado ao outro do jardim, varrendo o chão, catando folhas e entulhando-as no saco preto de lixo, arremessando-o em meio à calçada, em dias de coleta. Quem a via, garbosa, queixo ereto e sorriso triunfante, não duvidada de que estariam diante de um membro real da família Tomazzini.

- Ela não é uma amor, Enzo? - E Celeste apertava aquelas mãos entre as suas. Apertava com tanta força que ele, meio que instintivamente, retribuía, com menor entusiasmo, ao aperto. Parecia querer dizer que ainda estaria por ali. Bem distante, talvez, lutando por emergir. - Não sei não. - Deixava escapar um pensamento. Ela fitava Giulia com ares de desconfiança. Uma desconfiança repleta de euforia contida. - Ela está diferente, meu amor. Ah, está sim! Meu bem! - Afirmara num frenesi. - Vc já percebeu isso? Não??? Ora! Dê uma olhada! Enzo, faça-me o favor de dar um boa olhada em sua filha! - Ordenava-lhe sem desfitar os olhos dela, lá embaixo. Ele não reagia, o coitado. Imóvel como uma estátua, olhos distantes fixos no horizonte e aquele sorriso grampeado em seu rosto que arrancava arquejos de dor e, por vezes, horror do coração exaurido de Celeste. Por duas ou três vezes, ela não o sentia ali e, em seu lugar, algo de maligno insinuava-se naquele sorriso estático, irritantemente imutável. - ENZOOOO! - Sacudia-lhe jogando seu próprio ombro contra o dele, sentados, bem próximos um do outro, em um par de cadeiras de ferro, revestidas com almofadas em estampas floridas ao estilo 'primavera exuberante'. Ele, antes de sumir, amava aquele jeito dela de se envolver pelas flores e borboletas e pela suave fragrância de Lavanda. Será que, de onde ele estava, ainda conseguia sentir seu cheiro? Seu amor? - Olha lá! Vc não consegue ver! - Apontava o dedo à Giulia logo ali abaixo, no quintal, colhendo de um galho alto da árvore, uma manga num gesto audacioso. Correra à bica ao lado da garagem, salivando enquanto a manga era devidamente lavada antes de ser desnudada e degustada, de uma forma quase que erótica pelas mãos ansiosas que descascavam a fruta e os dentes e lábios que a envolviam e sugavam seu néctar num espetáculo de dar gosto. Celeste dera uma risada, inclinando-se para trás. Giulia a ouvira e, de onde estava, erguera os olhinhos inocentes e acenara aos tios. Ela estava sentada sobre a ardósia, pernas cruzadas, trajando seu antigo vestidinho de crepe, com fitinha rosa logo abaixo do busto. Estava hipnotizada pela manga e por seu cheiro que a enlouquecia. Estranhava-se, pois odiava mangas. 'Sujam os dentes, tia. Estes fiapos hediondos grudam entre os dentes. Dá muito trabalho. Gosto não', dissera à tia não fazia muito tempo. Mal havia acabada de dilacerar a pobrezinha e jogar seu caroço completamente dissecado, vangloriando-se, de braços erguidos, por ter acertado em cheio, a caçamba do lixo, quando lançara seu olhar insano a outra, logo ali, ao seu alcance, maduríiissima, implorando por ser lascivamente devorada por ela e seu apetite a cada dia mais esganado. - Eu te disse, amor. Ela está diferente e isso tem nome, meu bem. - Ah...Celeste estava tão feliz dentro de sua profunda tristeza e solidão. "Converse com ele. Estimule-o. Creio que ele é capaz de ouvir. Nada foi cientificamente comprovado, mas eu creio. Fale com ele, Celeste". Celeste abanava a cabeça como a concordar com alguém que estivesse à sua frente, sentado na terceira cadeira disposta em torno da mesinha com o tampo de vidro. Lembrava-se dos conselhos do neurologista, responsável pelo tratamento de Enzo. Um homem alto, feições refinadas, embora grandes, quase greco-romanas. Cabelos grisalhos nas têmporas e um bronzeado de pele maravilhoso. Como se não bastasse, trazia ainda consigo aquele sorriso tranquilo nos lábios. Um homem e tanto, pensara Celeste enquanto ele a incitava a não desistir do homem de sua vida. E ainda era dono de um imenso coração! Um primor de médico. "É irreversível. Sim. Não há como mentir. Mas, eu creio em milagres. E vc?". Eu também, doutor. Ela o respondia num murmúrio, olhos cintilantes, vidrados na garotinha cujas faces agora pinceladas de um amarelo alaranjado, mal se importando com as mãos meladas ou as roupas respingadas pelo suco que escorria pelos cantos de sua boca carnuda e lambuzada. Mais parecia, aos olhos de Celeste que a vira de cima da sacada, corpo curvado sobre as pernas cruzadas, iluminada apenas pela luz tênue do poste da calçada, uma vampira grudada à jugular de sua vítima, num sacudir de corpo bizarro, até sugar a última gota de seu sangue, - Eu creio em milagres! - Exultava, abraçando-se a ele, beijando-lhe as bochechas rosadas, afagando seu cabelo para trás. Sentira uma brisa de esperança tocar em seu rosto quando ele inclinara-se em sua direção. Um ligeiro e sutil movimento. E, então, ela o beijara na testa, certa de que tudo voltaria ao normal. Com as duas mãos em seus maxilares, ela o encarava, procurando-o dentro daquele olhar vago e com toda a energia de seu amor imperecível, perguntara, o que sua intuição gritava aos seus ouvidos. - Enzo, meu amor! Vc está pronto para uma grande mudança? É! É isso, amor! Uma visita esperada por todos aqueles anos. Lembra, amor, quando conversávamos sobre o futuro de Nando e...? - Enchia-lhe de beijos, agarrando-o pela cintura. Voltara os olhos ternos à Giulia que, agora, corria ao portão, cheirando à manga. Era a própria manga em frente ao portão, sorriso estonteantemente franco, de uma alegria absurda. Fernando, do outro lado das grades de ferro com ponteiras douradas, sorria diante daqueles olhos desmesuradamente abertos e do entusiasmo quase pueril com que passara a ser recebido por ela, todos os dias, de volta a casa. Ela saltitava, eufórica, ouvindo o tilintar das chaves encontrando espaço na fechadura e...click. Ele subira um degrau e aqui estava ele, diante dele, envolvido em seu abraço e seguro por suas pernas de bailarina que o enlaçavam pela cintura, apertando-o contra si. Ela estava morta de saudades e dera de ombros quando a bolsa de couro dele fora ao chão. Documentos sem a menor importância se comparados ao tempo que te esperei, ronronava em seu ouvido.

Acostumava-se ele, prazeirosamente, em ter aquela mulher tão ardente quanto carinhosa e dedicada, à sua espera. Ocorrera-lhe que poderia viver assim para o resto de sua vida e que, a ideia de casar-se com ela, já não lhe parecia tão estapafúrdia. Viver ali, naquela casa, juntos aos pais, cuidando deles, ao lado dela, contando com o apoio dela. "Seria fantástico!", sorria diante da ideia de unir-se a ela para sempre. - É meu velho! - Celeste monologava lá em cima, da varanda de seu quarto, sem jamais se desvencilhar das mãos dele, sentindo o pulsar do coração de seu homem. - Prepare-se para voltar e trate de voltar logo, porque a visita tem hora certa para chegar! Está me ouvindo, bonitão?? - Dera uma risada tão estridente e gostosa que fora ouvida pelos vizinhos e por seus filhos, ali, parados, cabeças erguidas, embaixo da sacada, sorrisos nos rostos, abraçados um ao outro. Celeste chegara a sentir a fragrância da manga a invadir suas narinas. Rira-se mais ainda. Giulia lavara o rosto e as mãos na torneira próxima aos carros na garagem, conquanto a roupa estivesse invariavelmente perdida, com manchas circulares de um laranja, quase amarelo efêmero.

- Tudo bem, mãe? - Nando perguntara com os olhos questionadores e aquela expressão de quem estava diante de uma louca e que deveria ter cuidado com o que seria dito. Celeste simplesmente não conseguia parar de rir. Talvez pelas expressões de um espanto divertido nos semblantes dos filhos, ali, tão apaixonados e unidos. Talvez por ver a luz que se irradiava de Giulia e de seu corpo e de seus poros. Talvez estivesse rindo tanto a fim de espantar aquela nuvem escura, logo acima de suas cabeças como um imenso inseto medonho. - Mãe! - Ele gritara francamente preocupado. - O pai tá bem?

- Sim! - Bradara a longos haustos, em meio à música triste, dilacerante, arrebatadora. A voz dilacerante, irresistível, triste do violoncelo. Um silêncio vibrante e eloquente seguira-se ao seu brado. Erguia os braços movendo-os como um maestro em frente a um teatro lotado. A brise em seus cabelos esvoaçando. Um sorriso de gratidão, os olhos cerrados. Fernando e Giulia entreolharam-se, abanando a cabeça, sobrancelhas arqueadas. Por pouco, Celeste não entoara um cântico de louvor ao Criador. - Estamos bem! - Gritara, cantarolando, numa oitava acima de sua voz. - E te digo mais, meu anjo! - Dissera, num tom mais grave, lançando, agora, um olhar cheio de mistério aos olhos totalmente atônitos de Giulia e Nando. Inclinava-se, perigosamente, sobre a balaustrada em estilo romano. Giulia, instintivamente, levara as mãos carameladas à barriga. Aquilo a acalmava. Fernando alertava, aos berros, quanto aos perigos da construção em franca decadência. Celeste ria como quem houvesse emborcada uma garrafa de vinho branco de uma só vez, goela abaixo. - Não tenham medo! - Agora, parecia querer dar início a uma Ária. Debruçava-se sobre o mármore branco e frio, delicada, suave, olhos que sonhavam...- De agora em diante. - Anunciava ao mundo como Nero diante de seu fabuloso e destrutível espetáculo tremeluzente. - Nossos dias serão cheios de alegria. Sim! Não me olhem como se eu fosse louca! - Ria-se quase numa histeria. - Teremos visitas...em breve.

Giulia baixara os olhos turvos, enquanto Nando sorria à mãe e perdiam-se entre olhares de um amor mútuo e eterno. De súbito, Giulia, olhos inquietos, calculava o tempo em que levaria para chegar ao banheiro, sentindo um líquido quente e ácido a lhe subir pelo esôfago, chegando até sua boca. Argh! Que nojo! Não vai dar tempo! Lançara um olhar intrépido à porta da sala de estar e quase quebrara o pescoço quando o fizera. Chegara a dar dois passos em direção à entrada da casa. Estacara num repente dramático, erguendo um dos braços, curvando o tronco violentamente para frente, enquanto o outro braço recostava-se em seu ventre.

- Preciso... - Não completara a frase, estarrecida, olhos esbugalhados, ante a torrente em tons de um amarelo, alaranjado e um toque vigoroso de um verde da Prússia que jorrava de sua boca. Sentia-se impotente, ali, de joelhos sobre o chão. Mãos espalmadas que apoiavam seu corpo e os urros seguidos de outros jorros menos violentos. Deus...faz parar. Ele tá me vendo. Ele tá me vendo! Um último jorro e seu rosto pálido coberto por seus cabelos. Sentara-se ao lado da poça hedionda. Porca. Eu te odeio.

E as mangas tão suculentas! As mangas que manchavam o chão de ardósia antes tão limpinho. E Giulia que limpava os cantos da boca com o dorso da mão, afastando-se dele, envergonhada, confusa, faminta novamente. Isso acontece, amor, ela o ouvira com aquela voz compreensiva, cheiro de perfume barato e feminino, enjoativo. Sentira repulsa por seu toque, louca por beijá-lo. Mas, a boca estava suja pelos restos da fruta doce, agora amarga. Diz que não me traiu! Murmurava entre dentes, curvada em frente à bica onde costumavam encaixar a mangueira e lavar os carros, por horas, aos sábados ensolarados. Diz que foi só uma visão imbecil dos meus nervos descontrolados! Por favor! A água caía em profusão em seu rosto, pescoço, colo e escorria pelo restante do corpo. As mãos em concha e os pensamentos desordenados juntos aos hormônios em ebulição a faziam perder o controle. Água para tudo quanto era lado. Seus cabelos agora estavam úmidos, em desalinho. Em seu rosto, traços de suspeita.

- Molhada e sexy...- Ele lhe oferecia o braço estendido e um sorriso cafajeste. Ela voltou-se para ele com os olhos faiscantes, num murmúrio ansioso. Palavras desconexas. - Vc tá pálida. Vem. - Ele a tomara em seu colo. Ela dera um risinho a contragosto, evitando seu olhar profundamente fascinado, conquanto ela ainda exalasse o inebriante odor de manga de seu vestido manchado. Seguiam, ela em seu colo, aninhada em seu pescoço, sob os olhares atentos e o coração palpitante de Celeste que via apenas o que queria ver, ao hall da sala de estar. Sumiam do alcance da visão de Celeste. Vc vai me aceitar assim, Nando? Ela o perguntava em sua voz muda, sentindo o perfume de sua loção pós-barba misturado a um outro cheiro mais forte e adocicado. Contivera o ímpeto de morder seu pescoço e arrancar-lhe a pele selada por outra. E depois que eu engordar? Vai continuar a flertar com essa vagabunda da secretária ou vai me tratar com a atenção que merecemos? Ele sentia sua respiração ofegante na curva de seu pescoço, ávido por tomar um banho e deitar-se ao seu lado e contar-lhe como fora o seu dia. Pularia, de certo, a parte em que fora seduzido pelos fartos seios de Gabriela, a nova secretária, no entanto, diria, com riqueza de detalhes, como fora forte em repudiar seus beijos, pois não desejava outros além dos dela.

Ela, calada, olhos vidrados nos dele, arquejando de paixão e temor, despia-se, deixando cair o vestido sujo ao redor de suas pernas.

- O que vc tem, Giulia? Conta pra mim. Não temos segredos, lembra? - Não temos, Fernando? Ele a via nua e, a cada dia de convívio, encontrava nela mais motivos para continuar ao seu lado. Tem certeza disso? Se eu ficar feia, vc vai me largar? Vou ter que sair desta casa? Eu não tenho outro lar, Nando. Meus pais não me veem mais. Vc está pronto para ser pai? Porque, agora, não há como voltar atrás. Ele já está aqui. Levava a mão ao ventre reto, branco, alisando-o em círculos.

Ele a puxara contra si, fazendo-a rolar sobre os lençóis. Ela ouvira seus risos sinceros, um após o outro, enquanto brincavam sobre o colchão. Cócegas. Ela as odiava e ele, amava aquele seus olhos raivosos e chutes e tapas e risos forçados que terminavam num sorriso plácido, tranquilo. Seus olhos inocentemente provocadores, sua boca semiaberta.

- Não tem outra além de vc, amor...- Ele suspirava quando a penetrara suavemente, ouvindo seus gemidos, seus lamentos, seus xingamentos,

provando de seu furor ainda mais aflorado. Mostrava-se a cada encontro, mais provocante, mais lasciva, mais cativante e sensível.

- Não me deixa, Nando. - Sua voz rouca e grave falava em seu ouvido enquanto ele dava vazão à sede por seu corpo. Seu filho e eu precisamos de vc...amor, pensara, olhos fixos no teto e nas estrelinhas foscas que tremiam sob o vai e vem de seu corpo sob o dele. - Te amo...

- Também...te...AAAMO! - E ela sentira aquele jato morno e inebriante, parte dele, a inundar seu interior já abençoado por sua semente. Sorria, feliz e estranhamente irrequieta.

Morgana Milletto
Enviado por Morgana Milletto em 05/10/2019
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