LEO - CONTRA A PAREDE - CAPÍTULO 12

CAPÍTULO XII – CONTRA A PAREDE

Quando Gilda chegou às seis horas, os irmãos estavam esperando por ela, sentados juntos no sofá da sala.

- Oi, crianças que eu amo! – ela disse, animada indo beijar os filhos. – Melhorou, minha baixinha?

- Estou bem sim, mãe.

- Estão com cara de fome, disse indo para o corredor.

- Mãe! – Bruno chamou.

- Que é, querido?

- A gente quer falar um minutinho com você, dava?

Ela voltou-se e só aí percebeu que as caras dos dois eram mais do que de fome. Estavam sérios e estranhos.

- Dava, mas... eu posso tomar meu banho primeiro?

- É importante e, se você tomar o banho depois, vai te ajudar a relaxar.

Intrigada, Gilda foi sentar-se ao lado do filho no sofá.

- Sou toda ouvidos. O que foi que vocês fizeram? Comeram todo o pudim da geladeira? – ela brincou.

- Não fomos nós que fizemos dessa vez, mãe, falou Cristina. – Foi você.

- Espera, Cris, vamos com calma, interrompeu Bruno, segurando a mão da mãe. – Dona Gilda, o que a gente quer frisar muito bem, antes de tudo, é que nós amamos você de paixão e nada nem ninguém nesse mundo vai separar a gente, certo?

- Se Deus quiser. Eu morreria sem vocês, falou ela, ainda por fora.

- Você nunca mentiu pra gente e nem nós pra você; portanto, essa tem que ser uma conversa bem franca, ok?

Gilda ficou olhando para os dois, já começando a adivinhar o assunto. Olhou para Cristina muito séria e perguntou:

- Você viu aquele rapaz novamente, não foi?

A moça não respondeu.

- Mãe, o assunto é comigo também, disse Bruno. – Não tem nada a ver com aquele cara que a gente nem sabe quem é, mas, de certa forma, ele está colocando dúvidas na cabeça da Cris e essas dúvidas me incluem porque incluem você.

- E o que é que você quer saber?

- Quem foi na verdade Leo Torres, mãe?

Gilda passou as mãos pelos cabelos e levantou-se, nervosa.

- Por que vocês não tiram esse nome da cabeça de vocês de uma vez por todas e encerram esse assunto? Ele está morto há dezesseis anos!

- Mas tem alguém querendo ressuscitá-lo, falou Cristina. – Alguém que sabe muito sobre ele e sobre você.

- Ninguém sabe mais de mim e Leo Torres do que eu mesma, Cris! A não ser quem viveu naquela época e já estão todos mortos agora, santo Deus!

- Então não foi o próprio Leo Torres que falou comigo naquele casarão?

- Não! Só se foi um fantasma, Cris! Quantas vezes eu vou ter que repetir? Leo Torres está morto! – exaltou-se Gilda.

- O problema, mãe, não é o cara lá na casa do Samuel, voltou Bruno. – A nossa pergunta é: o que esse homem foi de tão importante pra você, além de namoradinho de adolescência? No que ele marcou tanto você? E por que esse carinha do casarão sabe tanto que anda até grilando a Cris?

- Eu me recuso a falar sobre isso com vocês! É a minha vida! Ninguém tem o direito de arrancar meu passado de dentro de mim, nem vocês!

- Ele é meu pai, não é, mãe? – Bruno perguntou de repente.

Gilda ficou muda e seus olhos se encheram de água. O rapaz se aproximou da mãe e a segurou pelos ombros, olhando para ela com carinho.

- E aí, dona Gilda? Até parece que pra você isso é um pecado. Dá pra ver no seu rosto que você amou esse cara demais. Aí, você teve um filho dele... Isso te envergonha? Eu fui um erro?

LEO – CAPÍTULO 12

“CONTRA A PAREDE”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

CONTINUE NOS PROTEGENDO

COM SEU ESCUDO DE MISERICÓRDIA!

BOA TARDE E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 18/06/2020
Reeditado em 19/06/2020
Código do texto: T6981101
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