MAR DE AMOR II - PARTE 18

MAR DE AMOR II

PARTE XVIII

Luciano olhou para o pai, abismado.

- Ah, é? Você está de acordo com isso?

- Eu não tenho que estar de acordo com nada, Luciano! Eu não estou de acordo com muita coisa que já aconteceu. Eu não estou de acordo com o fato de você ter abandonado a escola, não estou de acordo com o fato de você ter se tornado modelo fotográfico, não estou de acordo com o fato de você ter pintado o cabelo de loiro, mas você fez tudo isso a minha revelia, não fez?

Luciano ficou em silêncio.

- O fato de sua mãe namorar ou não um homem mais novo não vai mudar nada na sua situação agora. O que está em discussão aqui é o seu destino. O que você vai fazer com a sua vida que já está bem fora do rumo.

Luciano se encostou no sofá e abaixou a bola por um instante. Breno ergueu-se e foi até a estante, apoiando-se nela por um momento e respirando fundo.

- Se... como o problema aqui é você, eu digo que tudo está dependendo de você. Se você der sua palavra de honra... você já tem dezoito anos e não é mais criança, pode dar sua palavra de homem, já... Eu espero ter feito dois filhos homens que têm palavra de honra...

Ele olhou para Marcos que continuou olhando para ele firme e depois para o filho mais novo que apenas esperou.

- Se você me assegurar que vai criar juízo, me obedecer sempre em tudo, arrumar um trabalho decente...

- Isso eu já tenho. Eu sou modelo e isso dá muita grana...

- Que seja, mesmo contra os meus princípios... Você se safou dessa porque seu irmão está do seu lado e vai ser seu empresário nessa loucura. Se não der certo, a culpa será mais dele do que sua.

Marcos ergueu as sobrancelhas e olhou para o irmão que sorriu para ele.

- Só que essa atividade dá muito tempo livre e esse seu tempo livre deve e será ocupado com alguma coisa útil.

- Como assim? – Luciano perguntou.

- No seu tempo livre, nada de noitadas, nem de namoradas, não quero saber de você gastando o que não tem, porque você não tem, como ninguém aqui tem sobrando. Nada de bebida, nem cigarro nem...

- O Marcos fuma!

- Ele compra o cigarro dele, que nem é tanto assim, Luciano!

- Eu posso fazer isso também com meu dinheiro!

- Não pode não! E você nem fuma, fuma?

- Não, mas posso começar!

- Não pode não!

- Mas pai!

- Enquanto você estiver morando comigo, não vai começar a ter vício nenhum! Vai começar a me ajudar juntar dinheiro pra gente dar uma entrada pequena num apartamento pra podermos sair da casa do seu tio e no tempo livre, vai ficar comigo, no consultório, me assistenciando.

- Eu não entendo nada de consultório de dentista!

- Não tem mistério nenhum. Você não vai atender pacientes. Vai atender telefone, preencher fichas, anotar recados. Tudo simples e fácil. Eu vou poder dispensar a Cleide que faz isso por mim três dias por semana.

- Você já vai fazer isso agora?

- Não sei. Depende do rumo que vai levar essa conversa. Não estamos aqui pra decidir isso?

- A gente... não podia discutir essa parte depois, pai?

- Sua mãe está aqui pra levar você, Luciano.

- Mas eu não quero ir...

- As condições são essas que eu acabei de falar, filho. Ou você aceita seguir minhas regras... ou vai embora e tudo fica como estava antes. Você continua dependendo da sua mãe no Rio de Janeiro e ela decide o que fazer da sua vida.

Luciano olhou para a mãe e depois para o irmão e finalmente para o pai de novo, indeciso.

- E se a mãe dormisse aqui essa noite pra eu poder... pensar nisso? É muita informação pra eu decidir de uma vez, vocês hão de concordar comigo.

Breno olhou para Rosana e ela para ele. Marcos sorriu sutilmente e percebeu que atrás daquela indecisão toda do irmão havia algum plano escondido. Resolveu ajudar:

- Acho... uma boa ideia... É muita decisão a ser tomada ao mesmo tempo. Uma mudança de vida não se decide assim de uma hora pra outra. Dorme aqui, mãe.

- Dormir aqui? – Rosana perguntou. – Vocês têm quarto de hóspedes?

Os três riram.

- Não, mas um de nós pode dormir na lavanderia, disse Breno, ainda rindo.

Riram mais ainda. Luciano levantou-se e deu a ideia.

- Falando sério, onde dormem cinco, dormem seis. A mãe pode dormir na minha cama com o Marcos no quarto dele e eu durmo com o pai na cama dele. É de casal...

- Ou vocês dois... podiam dormir juntos... na cama dele, mãe... Marcos jogou. – Como amigos... já estão acostumados...

Rosana e Breno se olharam e ela disse, timidamente.

- Não sei... Não sei se seria uma boa ideia. Nem sei se vou ficar mesmo pra dormir aqui.

- Fica... Breno disse.

Ela e os rapazes olharam para ele surpresos, cada um com seu motivo.

MAR DE AMOR II

PARTE 18

SONHAR É DE GRAÇA

APROVEITE E ABUSE

MAS...

BONS PENSAMENTOS NOS ACOMPANHEM!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...

ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!

BOM DIA!

PAZ E BEM

Velucy
Enviado por Velucy em 19/11/2020
Reeditado em 17/08/2021
Código do texto: T7115120
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.