As aventuras de Honey Bel capítulo 1: A agente Honey

 

Vimos na introdução como Honey Bel, uma garota vendedora pouco entusiasmada pela sua profissão, mete-se numa briga para defender uma mulher agredida pelo marido, leva a melhor e é abordada por um homem misterioso - mas que para ela parece o Príncipe Encantado - que deseja lhe fazer uma proposta. Veremos adiante qual é a proposta.

 

 

CAPÍTULO 1

 

A AGENTE HONEY

 

 

“Isto parece um sonho”, pensa Honey. “Aqui a sós no reservado do Sacha’s, comendo uma “pizza” de provolone em companhia desse homem bonitão e misterioso, com voz de baixo. Será que ele é casado?”

— Entenda, Honey — disse ele, acendendo um cigarro de combustão eletrônica. — O que vou lhe dizer é estritamente confidencial. Se você não aceitar a minha proposta tem toda a liberdade de recusá-la... mas não comente com ninguém.

Ela olhava-o bem nos olhos (olhos azuis, vejam só que maravilha) e comenta entusiasmada:

— É claro que não! Eu não vou falar nada, senhor... senhor... desculpe, como é mesmo o seu nome?

— Fred — diz ele, sorrindo pela primeira vez. — E esqueça essa história de senhor.

— OK, Fred. Fred... que bonito nome... — murmurou Honey, com corações nas pupilas.

Ainda bem que ele tirou os óculos, pensa ela. Que olhos bonitos ele tem! E que voz bonita! E que corpo bonito... e que... puxa, tudo nele é bonito! Até a roupa...

— Você deve estar curiosa. — diz ele, e ela custa a prestar atenção — Mas a sua coragem física me impressionou. Você parece talhada para ser uma agente.

— Uma... uma o que?

— Uma agente do Serviço Secreto, é claro. Tem que gostar de aventuras, é muito excitante e você cumpre o seu dever de patriota.

— Ser uma agente... mas isso não é perigoso?

— Você ganha dez mil créditos por mês. Não vale a pena enfrentar o perigo? Depois, uma garota corajosa e eximia lutadora como você...

“Corajosa... exímia lutadora... gente, ele acreditou nisso”, pensou Honey. “Ou será que eu sou mesmo isso? Se eu treinar um pouco mais...”

— Meu Deus! Dez mil créditos por mês! É verdade mesmo?

— Vejo que você não me acredita. Olhe, vou lhe dar 500 créditos de adiantamento. Aproveite para comprar uma roupa melhor, livre-se dos seus compromissos e se apresente amanhã no endereço que eu vou lhe dar. Está bem assim?

— Oh, é claro que está! Está sim! Se está! — disse ela, falando que nem o Piu-Piu.

 

 

................................................

 

 

— É só isso que você tem para apresentar? — queixou-se a supervisora Paula, aborrecida. — Assim você não vai longe.

— Aqueles olhos azuis... aqueles olhos azuis... — murmurava ela.

— O que?

— Hein? Oh, nada, é que eu... bem, o que é que a senhora falava mesmo?

— Você parece que vive no mundo da Lua. Afinal, você quer vencer no mundo das vendas, ou não?

— Oh, me desculpe... eu tive um contratempo hoje... mas afinal... acho que não vou querer mais trabalhar com vendas.

— Não mesmo? Talvez seja melhor assim — disse a outra, visivelmente aliviada. — O que você pensa fazer então?

Súbito ela lembrou-se que era uma agente secreta.

— Eu não sei. Talvez eu me case com o Príncipe Encantado.

— O que? Você ainda acredita em príncipe encantado?

— É claro que acredito! — exclamou ela, com olhos sonhadores. Num impulso Honey tirou os sapatos e deu um rodopio de valsa. — Quem sabe eu sou uma nova Cinderela à espera do príncipe que me calce o sapatinho certo?

— Eu... — e a outra não soube o que dizer.

— Adeus! Deseje-me boa sorte!

E Honey saiu numa corridinha para a escada, descalça, os sapatos na mão.

— Boa sorte. Mandarei o crédito do que você tem a receber — gritou a Paula, antes que Honey sumisse degraus abaixo.

 

 

imagem pinterest

 

A Sino Doce está bastante entusiasmada! Mas, ser uma agente secreta será tão simples assim? No próximo episódio saberemos mais alguns detalhes:

CAPÍTULO 2

A MISSÃO

 

Miguel Carqueija
Enviado por Miguel Carqueija em 19/03/2024
Reeditado em 20/03/2024
Código do texto: T8023123
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.