CHUVAS DE NOVEMBRO

Sopra Afberi e cobre os céus

que faça vir as chuvas com moderação,

o necessário para a terra

sem que causem devastação.

A minha´alma sofre pelas vidas

que vão ceifadas pelas comportas

enxurradas nada são benditas

e ficam ali as chuvas mortas.

Águas impuras, crianças indefesas,

pobres criaturas que choram

suas lágrimas formam grandes represas

e seus sonhos molham.

O Senhor do senhor das chuvas

tenha plena compaixão

sacie de fato as plantas e as uvas

sem que os mate no verão.

Afberí é o anjo da chuva, que rega a terra,

ele forma as nuvens densas e escuras

e cria um clima de verdadeira guerra

na atmosfera, batalha nas alturas.

Mas que lá lembrem do seu arco de cores,

sinal da paz, do fim da sua ira,

não é orvalho o orvalho, são os destruidores,

e que o fraco nunca fique na sua mira.

Amo a chuva de novembro, as densas águas,

me embalo a noite com o seu som harmonioso

que apaga dentro em mim todas as mágoas

e modifica meu temperamento genioso.

Mas não ficaria tranquilo dormir assim,

sabendo que outros não tem a mesma sorte

que não podem sonhar como um sonho de mim

o avesso de tudo são águas de morte.

Cuide da terra, mas cuide dos humanos,

venham as chuvas, venham para regar

isso não frustraria em nada os teus planos

se as vidas indefesas pudesse poupar.

Gosto do céu azul e da luz do teu sol,

me agrado do céu cinzento no seu tempo

pois é lindo ver a paciência de um caracol

e a velocidade do meu pensamento.

Que tudo esteja em seu devido lugar,

que pague pelos erros o próprio infrator

que usufrua da chuva sem nada mudar

a terra cultivada pelo seu criador.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/10/2010
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T2542714
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.