Alvos tapetes!

Alvos tapetes!

Vi a mão do Criador...

Enfeitando a vida.

Ao sair para comprar o pão,

Conversa ouvi...

Falavam do cramunhão.

Estiquei meus ouvidos

Espichei o nariz...

Meti o meu dedo na prosa...

E falei: _Olhem o presente...

Que temos bem a nossa frente!

Os abordados ficaram petrificados...

Abobalhados pararam para ver...

No chão um tapete bordado...

Por flores dos Ipês carregados

Que enfeitavam a vida...

Dos transeuntes apressados.

Não viam meus irmãos...

Que Deus ali estava presente

Tentando falar com a gente:

_ Olhem para o alto...

Não olhamos apressados.

Correndo atrás de não sei o quê?

Então no seu infinito amor

Sabendo que seus filhos...

Andam de cabeça para o chão,

Enfeitou-os com aquele...

Tapete florido, na esperança.

De que ali pudessem vê-lo,

Estampado o seu infinito amor.

*Hoje pela manhã senti o sopro do Criador.

Betinamarcondes
Enviado por Betinamarcondes em 30/07/2011
Reeditado em 30/07/2011
Código do texto: T3127988
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