Maria


Ó minha grande mãe Maria,
Segura a minha mão pequena,
E dê-me a tua graça serena,
Pois o cajado está pesado,
E o braço da cruz muito dura.
O dia não nasce e a noite permanece,
No meio deste oceano vazio,
Por mais que eu lute, nada acontece.

Venha brilhar no lugar do sol matutino,
Seja a minha bússola inspiradora,
Para sair deste sofrimento supremo,
Guia-me neste mar de ilusão,
Ó sagrada e delicada senhora,
Para que não me perca,
Nem tão pouco te esqueça.

Seja o meu símbolo de amor,
Que a tua paz me reconduza,
A sonhada e tão doce casa,
Dos anjos dourados que a seguem,
Por todo este planeta-mundo.

E que volte a brilhar em mim a branca luz,
Dos tempos de criança inocente,
Em que nos teus braços rezava,
E no teu colo dormia e sonhava,
Com os prodígios do futuro,
A serem feitos no longínquo presente.

Este presente hoje banhado de lágrimas,
Deste teu filho peregrino e errante.
Que a tua energia volte a passar por mim,
E que me revigores este corpo sombrio,
Que ele volte a brilhar no ritmo do vosso nome,
Amor dourado de uma dedicada e grande mãe,
Linda por natureza e sagrada no meu coração.

 
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 01/08/2015
Reeditado em 29/05/2020
Código do texto: T5331644
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