Exéquias para HILDA
EXÉQUIAS – 12/NOV/2016 - Campo da Esperança - Capela 4
Velório de HILDA – (+11/NOV/2015 – HUB – BRASÍLIA – DF)
Lidercio Januzzi – MESCE
- Manual do MESCE Pe. Lubel, p. 41 – Celebração na Capela
RITOS INICIAIS e ACOLHIDA
― Irmãos e irmãs na fé: a morte traz tristeza, cor e angústia. É difícil perder alguém a quem se ama. Essa perda, contudo, não é para sempre. A morte, para nós que cremos em Cristo, é apenas uma passagem para uma nova vida. Professemos agora a nossa fé no Senhor que dá a vida invocando-O para que esteja conosco nesse momento de dor e esperança.
- PERDÃO
― Estamos reunidos para orar por nossa irmã HILDA, que partiu desse mundo para a casa do Pai. E para que a nossa oração seja plena de fé, purifiquemos os nossos corações pedindo que de dentro dele sejam retirados todos os pecados que cometemos. Peçamos também que Deus perdoe as fraquezas e as falhas desse nossa irmã HILDA, a quem estamos velando.
Senhor, tende piedade de nós;
Cristo, tende piedade de nós;
Senhor, tende piedade de nós.
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.
- LITURGIA DA PALAVRA
- 1ª Leitura (1 Cor 15, 20-22)
- Salmo de Meditação – Salmo 23
- Evangelho – (Jo 11,17-27)
- PARTILHA
“... não há por que temer a sombra, porque ela nos lembra de que é sombra da luz. (...) não tenha medo da morte, porque ela nunca nos atinge: enquanto temos vida, a morte nos é alheia. E, quando ela chega, já não estamos aqui para recebê- la.”
A sabedoria do povo mexica, nos causa admiração a nós que nos julgamos melhores e mais civilizados que os povos pré-colombianos conquistados.
Diante da realidade da morte, é comum reagirmos com desespero, revolta, indiferença, solidariedade ou tristeza. Mas, quando pedimos e recebemos de Deus o dom da fé descobrimos o sentido da morte.
No Antigo Testamento, os israelitas, perplexos e desnorteados, interpretavam a longa vida como recompensa de uma vida justa. A morte prematura era vista como castigo pelo pecado. Salomão, no entanto, reformula a questão: o que importa é viver de acordo com a sabedoria, isto é, viver segundo o projeto de Deus. A morte serena e na provecta idade de 81 anos de nossa HILDINA é, portanto, devida à sua participação na luta pelo Direito e pela justiça, e isso a introduz doravante na vida plena.
São Paulo nos lembra na sua Carta aos Romanos, que Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Mas Deus o ressuscitou para sempre, condenando o sistema que o matou. Pela fé e pelo Batismo, HILDA participa da morte e ressurreição de Jesus. A transformação é radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e ressuscita para vier uma vida nova, construindo uma sociedade nova que promova a justiça, o Direito e a vida.
Humanos, vivemos o eterno paradoxo de esperar a morte e conviver com a aparente derrota por ela representada. As benesses da moderna medicina evoluem para nos evitar o padecimento, mas quando a morte chega, os corações dos viventes que tanto amaram quem hoje partiu para nunca mais voltar se dilaceram numa dor sem-fim.
Mas, nesta hora de tristeza e saudade, Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus Pai para dar a vida definitiva aos homens.
A fé, ou seja, a certeza inabalável da vida eterna em CRISTO JESUS nos conforta, nos reanima, nos devolve o entusiasmo, agora que todos nós nos unimos ao irmão CHIQUITO, à filha IVONE, aos netos FED, GREG e FAICINHO, à bisnetinha LIAH e todos os seus familiares e experimentamos o sofrimento causado pela perda da nossa querida HILDINHA.
As palavras e atos de Jesus foram confirmados por sua ressurreição: Deus o ressuscitou com seu poder e O glorificou.
Com nosso irmão CHIQUITO, nossa querida HILDINHA percorreu, por mais de seis décadas, seu caminho junto à Igreja militante em sua vida terrena, viajando neste vale de lágrimas.
Agora, com a luz de Cristo, nossa querida HILDINA é guiada rumo à casa do Pai, sua verdadeira morada como cidadã do céu que sempre foi.
Da mesma forma, hoje, somos todos, também celibatários em viagem por este mundo terreno, convidados a vencer a morte com Cristo, buscando a Justiça, a nossa salvação, lutando contra o mal, vencendo o medo diante da morte e aceitando-a como porta que nos conduz à ressurreição.
CIC 298
Resplandecer a luz a partir das trevas (Gn 1,3) é dar a luz àqueles que a desconhecem.
CIC 335
“In Paradisun deducente te angeli” para o paraíso te levem os anjos. Da infância até a morte a vida humana é cercada pela proteção angélica.
CIC 958
Comunhão dos falecidos: pensamento santo e salutar é rezar pelos defuntos para que lhes sejam perdoados os pecados (2Mc 12,46). Nossa oração ajuda a falecida e torna eficaz sua intercessão por nós. “Teaching is inseparable from learning” (The Art of Teaching). Ensinar é aprender, orar é receber. Do Credo nós proclamamos nossa fé na “comunhão dos santos” entre nós vivos ou peregrinos e ela defunta junto com os santos bem aventurados na presença de Deus.
CIC 1032
Nossa oração pelos defuntos seja como a de Judas Macabeu (2Mc 12,46): um sacrifício expiatório pela falecida, como essas exéquias e as Santas Missas rezadas por sua alma imortal. Que a finado HILDINHA possa chegar à visão beatífica de Deus. Portanto, mais que as justas homenagens humanas, façamos por sua alma:
ESMOLAS e INDULGÊNCIAS - São João Crisóstomo. (CIC 1354)
Na Santa Missa, a anamnese recorda-se a Paixão de Cristo pela nossa redenção;
Na intercessão, a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda Igreja:
- na Terra: nós, os vivos;
- no Céu, nossos irmãos falecidos. (CIC 1371)
Fiéis defuntos morreram com Cristo e não estão, ainda, plenamente purificados para que possam entrar na Paz de Cristo.
Santa Mônica (mãe de Santo Agostinho):
“Enterrai este corpo onde quer que seja”! Não tenhais preocupação com ele! Tudo o que vos peço é que vos lembreis de mim no altar do Senhor, onde quere que estejais! (CIC 2300
Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade. O enterro é obra de misericórdia corporal.
(ORAÇÃO DOS FIÉIS, aspersão da água benta e ORAÇÃO FINAL)