Desejos ( samba )

Quem dera sem luz na escuridão

Quem dera ser verso no papel

Ser o violão de um menestrel

Ser nuvem de chuva no sertão

Quem dera ser fé na ilusão

Quem dera ser tinta no incolor

Quem dera ser remédio na dor

Quem dera ser livre na prisão

Quem dera ser tudo e nada ser

Conter os segredos de Pandora

Quem dera viver mais o "agora"

Deixando o futuro a deus querer

Quem dera ser voz no infinito

Quem dera ser mito na história

Quem dera esquecer toda a memória

Quem dera apagar todo o escrito

Quem dera ser desamor profundo

Quem dera ser carta de adeus

Quem dera ser tudo aos olhos teus

E nada aos olhos desse mundo.

Carlos Felipe Sarmento
Enviado por Carlos Felipe Sarmento em 06/03/2018
Código do texto: T6271875
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