Desejos ( samba )
Quem dera sem luz na escuridão
Quem dera ser verso no papel
Ser o violão de um menestrel
Ser nuvem de chuva no sertão
Quem dera ser fé na ilusão
Quem dera ser tinta no incolor
Quem dera ser remédio na dor
Quem dera ser livre na prisão
Quem dera ser tudo e nada ser
Conter os segredos de Pandora
Quem dera viver mais o "agora"
Deixando o futuro a deus querer
Quem dera ser voz no infinito
Quem dera ser mito na história
Quem dera esquecer toda a memória
Quem dera apagar todo o escrito
Quem dera ser desamor profundo
Quem dera ser carta de adeus
Quem dera ser tudo aos olhos teus
E nada aos olhos desse mundo.