TENHO SEDE!

     Somente Jesus pode nos dar de beber da água viva, saciar completamente a nossa sede. A água do seu Santo Espírito que jorra para a vida eterna.

     Muitos creram na palavra da samaritana a respeito do que lhe havia falado Jesus e mais ainda ao ouvirem e terem uma experiência com o próprio Cristo.
     Nós, somos, portanto, testemunhas da sua palavra, testemunhas dos seus feitos e prodígios realizados a nosso favor. Fomos saciados com a água do seu Espírito Santo que transborda em nós, de nós, para que outros também possam experimentar desse encontro pessoal com Jesus, com a pessoa de Jesus. Experimentar da salvação, saciar-se com a água do seu Santo Espírito, experimentar de uma nova vida, restaurada pela fé, uma vida de esperança, na firmeza das coisas que não passam, nas coisas eternas.
     Jesus cansado da viagem, senta-se no poço, era meio dia. Vendo a samaritana diz: “Dá-me de beber.”. Jesus sentiu sede... Essa passagem nos lembra Jesus na cruz, que diz “tenho sede!”. Seus algozes dão-lhe de beber vinagre, não saciaram a sua sede. Entretanto, ao transpassarem Jesus com a lança, eis que do seu lado aberto jorra sangue e água.
     Misericórdia infinita que sacia a nossa sede, que perdoa até mesmo aqueles que o transpassaram. Os que o transpassaram com o seu desprezo, com a sua indiferença, com os seus pecados... Misericórdia que se derrama aqueles que não atenderam ao seu pedido de saciar a sua sede, sede de salvar os seus, de salvar almas de salvar a humanidade. Sede, sede de derramar-se a todos, bons e maus, justos e injustos. Esse Deus que por sua morte gera vida em nós, esse Deus que se entrega, se doa, doa a sua própria carne, o seu sangue, a sua vida para nos salvar. Salvar a nós que o transpassamos com a lança rude e fria do nosso pecado, das nossas más escolhas. Nós que desprezamos o seu corpo e sangue para saciarmos aos desejos da nossa carne, para matar a nossa sede de prazer, para saciar os nossos anseios carnais, entregues ao mundanismo, ao pecado que destrói a nós mesmos, que nos desconfigura, que destrói o templo sagrado que é o nosso corpo.
     Ah samaritana, se conhecesses o dom de Deus, tu mesmo lhe pedirias e Ele te daria a água da vida. Tu, oh samaritana que passastes a tua vida buscando saciar a sua sede no poço dos prazeres mundanos, naquilo que o mundo lhe oferecia. Provastes de tantas águas e nenhuma a saciou. Provastes de tantos amores e nenhum foi capaz de saciar a tua sede de amor. Mas, enfim pudeste experimentar da água viva, daquele que a dá de beber. Experimentaste do próprio Jesus e da água do Espírito Santo, que jorrou do seu lado aberto na cruz, quando por ti e pela humanidade Ele se ofertou inteiramante.
     Ó Santo espírito, ó água viva! Ó Jesus, Esposo da minha alma, rocha da minha Salvação. O que fazer senão ofertar também a minha própria vida, numa entrega total das minhas vontades. o que fazer senão anunciar a Tua salvação.
     Como é que Tu, Jesus, sendo Deus, pede de beber a mim pobre pecadora. Como é que Tu Jesus, sendo Deus se humilha a nós na cruz. Olhas para os que te feriram e pede água, como podes se inclinar a nós, pobres miseráveis, culpados da vossa morte e ainda assim ter sede de nós, sede da nossa alma e querê-la para si.
     Oh mistério insondável da cruz! Oh mistério insondável de amor! Oh misericórdia infinita, da qual não somos merecedores. Oh Deus tão grande que a nós todos quis salvar. Oh sangue! Oh água! Oh fonte de misericórdia inesgotável que jorra para nós, eu confio em vós!
 
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 15/03/2020
Reeditado em 15/03/2020
Código do texto: T6888860
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