Pai
Pai, ó pai, não há porque de orgulhar-me. Minha reles consciência, ínfima diante da tua obra, senta aos teus pés e saboreia cada palavra, que em instantes unge a minha cabeça. Construo, oh pai, um saber que se postra diante da tua imensidão, diante do inominável, indefinível, inefável. Ó santíssimo Deus, quero, ó amado pai, que estando tu em mim, esteja eu, oh pai, em ti; da mesma forma meu senhor que perco-me encontre-te e da mesma forma com que me amas, eu ame, oh pai, a ti. Mas esta tamanha imensidão me abarca em espaços além da imaginação. E que seria eu, ó Deus, que seria eu? Quebranto-me ante a tua doce melodia e harmonia; vejo o quão frágil sou ante a ti. Senhor, senhor, senhor, faz tu de mim teu servo, fazes de mim teu escravo, fazes, oh pai, o que queres. Estou inteiramente em tuas mãos e saboreio cada verso teu em mim. Em tudo e por ser em tudo és por, também, estar em ti... Meu suprassumo amor, a ti dedico estes pequenos versos de amor.