A ROUPA SUJA
A ROUPA SUJA
Esfregando-se as roupas sujas
Para tirar as suas sujeiras
A qual o teu corpo
Impregnaram-lhes
Deixando muitos resíduos,
Porém, por piedade
Daquele imenso e grandioso amor,
Que por fora
Denota-se a brancura
Mas, por dentro
Uma grande mancha
Contudo, o coração
Retratas toda a realidade
Conduzindo o seu presente
Com a sombra e a lembrança
Do seu passado
E com saudades do antigo amor,
Levando a parar no tempo,
E no anoitecer...
O pensamento voa longe
E ao amanhecer... O dia raia
E tudo volta ao normal,
A realidade,
Onde as coisas se consistem
Dentro da nova verdade.
Seca-se a roupa,
Paira o tempo,
Assopra o vento,
Vem o esquentar do sol,
Vem raiando o novo dia
E a roupa, agora lavada,
Seca-se num imenso varal
Virada para o sol.