A ROUPA SUJA

A ROUPA SUJA

Esfregando-se as roupas sujas

Para tirar as suas sujeiras

A qual o teu corpo

Impregnaram-lhes

Deixando muitos resíduos,

Porém, por piedade

Daquele imenso e grandioso amor,

Que por fora

Denota-se a brancura

Mas, por dentro

Uma grande mancha

Contudo, o coração

Retratas toda a realidade

Conduzindo o seu presente

Com a sombra e a lembrança

Do seu passado

E com saudades do antigo amor,

Levando a parar no tempo,

E no anoitecer...

O pensamento voa longe

E ao amanhecer... O dia raia

E tudo volta ao normal,

A realidade,

Onde as coisas se consistem

Dentro da nova verdade.

Seca-se a roupa,

Paira o tempo,

Assopra o vento,

Vem o esquentar do sol,

Vem raiando o novo dia

E a roupa, agora lavada,

Seca-se num imenso varal

Virada para o sol.

borgesmilagres
Enviado por borgesmilagres em 29/11/2007
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