Serenidade!

Senhor,

o que acontece comigo?

Sempre fui serena, calma, tranqüila.

Será que cansei de ser pateta,

de levar patadas de todos?

De ser a tola?

Enfim, não estou gostando do produto final.

Sei que sempre pedi mais intolerância.

Sim, porque passei minha vida toda sendo tolerante demais.

Até a médica disse-me que estava sofrendo de hostilidade reprimida.

Mas, já não sou eu que vive em mim.

Não sei mais o que pensar.

Não suporto mais nada de ninguém.

Também não acho que deva suportar.

Paradoxo total.

Por isto, sempre digo, cuidado com o que pedes a Deus.

Não fales com discurso inflamado.

Afasta-te das mãs palavras.

Cuidado!

Deus poderá ouvir-te.

E, pior, atendeste.

Levarás então uma cruz que não era bem a que querias, mas que a pediste porque deixaste te levar pela fúria momentânea de teu coração.

Cuidado!

E, por mais difícil e tolo que pareça, é a serenidade que devemos pedir ao Senhor a todo momento, a todo instante. Ela nunca é excesso. Ela é, na verdade, sabedoria.

Francilangela Clarindo
Enviado por Francilangela Clarindo em 10/02/2008
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