Inteligência suprema

Ainda que tão pequena seja,

Diante do intangível hálito do teu universo,

Compreende o que nossa Terra almeja

E auxilia-nos no progresso.

Se o alimento não é bem distribuído

Sacia antes a fome de Amor...

Eleva o excluído,

Convida para tua ceia o esbanjador.

Enquanto o planeta aquece,

Sob o ritmo da poluição,

Aceita a nossa prece

E acalentai-nos o coração.

O verde da natureza,

Não deixai enturvescer.

Inspira-nos também a pureza,

Alcançável pelo morrer e renascer.

A água, outrora cristalina,

Não mais pode rejuvenescer.

Ai quem nos dera que ao transpor a colina

Pudesse em fluídos excelsos se converter,

Banhar a humanidade e não deixar-nos perecer.

Se a urbanização aglomera os corpos,

Não permita oh Senhor

Que o egoísmo afaste grupos.

Fortalece a verdade prometida pelo Cristo-o Espiritismo regenerador.

Afasta dos homens a idéia de inferno e de divino castigo.

Ensina-lhes que a consciência é o maior carrasco

Deus, o maior amigo.

Que o céu é íntimo e a caridade a salvação.

Vai nos fazer sublimar esse mundo de prova e expiação.

Sei que mal merecemos essas bênçãos, pai.

Mas compreende nossa dor

Por ver a Terra a ser destruída,

Pelos seres que muito ama:

O próprio homem com inteligência imbuída.

Colibri
Enviado por Colibri em 06/04/2008
Reeditado em 13/04/2008
Código do texto: T934175