Guardião

Ser de alma extrema honrada

que doa-se de forma exasperada

protegido pelos deuses do olimpo.

Na vida teria ouro e vinho tinto

mas abdica dos luxos e prazeres

e concentra-se nos seus deveres.

Mensageiro e poeta das estrelas

por quem dedica os seus feitos nobres

que provocam felicidade e, com humildade

sorri para os desafios que lhe desafiam

vencendo-os sem pestanejar sua glória

não os derrota, porém mostra-lhes que são incoerentes

com o presente que por hora é irreverente

hora consequente, hora intangível

hora impaciente, hora impossível! Todos, distúrbios da mente.

Porque se tudo for seguido da paz de espírito

a mente sossega em seus cantos doentes

e revela-se na pura luz da alma ilustre

o caminho escolhido pelo guardião sem fuste.

O caminho é claro e lúcido,

simples e incrusto.

Em seu âmago infinito

sentado em seu templo atento

esperando o novo desafio

enquanto o vento lhe sopra os cabelos

indicando por vezes novos tempos

surgem momentos dignos de caminhar o descaminho

fruto da luz da negra escuridão és o alto desafio

no fundo da visão unilateral, vê-se o falso percurso

que fere seu crepúsculo infuso tingindo-o de sangue vívido

tirando-lhe a ingenuidade do fixo tornando-se fluxo frígido

que aquece-se num amor híbrido de fogo, água, terra e vento

formando agora um ser de novo intento

viver seu antigo objetivo, mas agora sem mais qualquer sofrimento.

FlávioDonasci
Enviado por FlávioDonasci em 30/05/2008
Código do texto: T1012754
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