"GRITO! //// Deixei de Ser um Ser!"

Impaciênte ser eu sou!
Perdida diante de fatos,
Megulho na ância do lamento,
Palavras jogada sem conter
De verdades calada pelo tempo
Ah!... pensamento infindável!
Viaja em asas de sentimento
Flui no ínfimo lamento
Rasga-me o peito em dor.
Lava-me a mente insâna
Devora-me existência humana
Larga-me ao vasto chão imundo!
Nada, nun nada, posso ser!
Tira-me alegria e prazer!
Ajusto-me a solidão de meu desejar,
Falta-me jogo de cintura,
Como um cristal de brilho, revogado,
Alójo-me em dor e sentimento,
Ah!...alma insâna,
Entrega-se a vida profâna,
Dá asas ao meu sobreviver!
Etério que sou nesse momento,
Farto-me de lama e lamento,
Buscando meu lastimável viver
Estrego-me ao plágio do momento!
Sofro alienatóriamente em meu peito,
A ausência de meu ser!
Canso de voltas passadas
Abra-me som molestador,
Acho-me diante da vida
Sem querer estar diante do terror,
De ver fagulhas de minh'alma.
Aterrizar morbida,
Entre flores e espínho,
Não sou mais um ser!
Não mais viverei!
Agora pálida como cêra,
Mãos depositadas em meu peito
Lábios roxo sem sentir,
Qualquer movimento de seu beijo,
Nada importa o presente ou passado,
Fui eu um simples ser jogado,
Em uma cova onde fecha as muralhas
De um destino que seria assim traçado,
De um amor, um dia desejado,
Nada importa deixei de ser, um ser!
Entregue a escura e vasta cova,
Alcova de não mais saber!
Nada,nada importa, deixei de ser, um ser!


Claudia/18/01/2006