Delírios Noturnos #1

A noite é a tela na qual pinto meus delírios e também o palco no qual transmuto-me e desvairo pantominas em frente ao espelho, pupilas dilatadas e silêncio na casa;

Inspiro anseios e sopro desespero, um trago, dois tragos, o quê lhe trago?

Old news baby. E quando o sol acorda, eu só quero morrer um sono tranquilo até que escureça novamente e eu acorde sendo bom o bastante pra ser seu, seu bom e velho bom menino, aquele que de certa forma não sou eu;

Pois ser quem sou é tão difícil quanto não sê-lo, e aos que me censuram, eu peço apenas que o façam me olhando nos olhos.

Covardia me causa nojo.

Amar-me é tão fácil quanto não fazê-lo, e aos que me odeiam, digo apenas que não me conhecem.

Ignorância me irrita.

Àqueles de olhar nublado eu digo que chovam, e aos que nada sentem por nada, apenas que morram.