SOLIDÃO

A vida nem sempre é o que se espera.
Nem sempre traz de presente o que se desejou.
No espaço vácuo de um quarto
entre quatro resumidas paredes,
me consumo na solidão.
Solidão que por anos e anos me seguiu,
Assim como segue um fiel discípulo
seu grandioso mestre.
Solidão que machuca...
Tantas perguntas sem respostas,
Tantas explicações sem origens.
São momentos de máxima solidão.
Às vezes me parece,
me vem a memória de conhecer muitos.
Mas se me perguntarem para onde eles foram,
Direi apenas: "Que todos?
Conheço muitos, mas na verdade,
ninguém me rodeia."

Eritania Brunoro
(18.08.1992)